Dial P for Popcorn: janeiro 2011

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Frases Inesquecíveis do Cinema


"Frankly, my dear, I don't give a damn."




Rhett Butler (Clark Gable), "Gone With The Wind" (1939)

Grandes Divas do Ecrã





"Dress shabbily, they notice the dress. Dress impeccably, they notice the woman - Coco Chanel!"

"Why that little... slut! Bitch! Secretary!"

Katherine Parker (Sigourney Weaver), "Working Girl"

domingo, 30 de janeiro de 2011

PERSONAGENS DA MINHA VIDA #13


E estamos de volta às "Personagens da Minha Vida", a caminho do final! Hoje trazemos a 13ª edição e um dos bloggers que mais felicidade me deu que colaborasse na nossa rubrica (ainda mais agora que ele está de volta à blogosfera com um novo projecto).



"Se a minha vida fosse transportada para o ecrã, que personagem seria eu?"

O objectivo da rubrica é colocar as pessoas a pensar em personagens, tanto cinematográficas como televisivas, que partilhem características, sejam físicas ou psicológicas, com eles.



Desde já agradeço ao BRUNO CUNHA (Nekas, que agora escreve para o recém-criado Frank and Hall's Stuff) por ter aceite o desafio de voltar a escrever na blogosfera.



- Personagens da Minha Vida #13 -




Passo a palavra ao Bruno, para que ele explique então as suas escolhas:

Desde já referir, que não foi nada fácil conseguir escolher personagens que me definissem. Vi-me perante um grande dilema e inúmeras escolhas e reparei que escolho bem personagens para definir as outras pessoas mas não a mim. Bem, aqui estão as minhas escolhas embora para me conhecerem têm de estar comigo...


Penso que Totó não necessita de apresentações. É um rapaz que adora cinema e aparece em "Cinema Paradiso". Bem, escolhi esta personagem pelo meu amor ao cinema. Existe um Totó em cada um de nós e de todas as personagens que escolhi, esta foi a que veio logo à minha cabeça!

"(500) Days of Summer" foi um filme que me encantou talvez pela surpresa que foi. Mas mais que o toque pop e incomum do realizador Marc Webb que até à data deste filme só se tinha aventurado nos videoclips foi a personagem de Joseph Gordon-Levitt, Tom Hansen, um promissor rapaz que, como eu, acredita no amor. Acredita no amor da sua vida e acredita que a felicidade vem com isso mesmo. Não podia estar mais de acordo!

Enquanto muitos elegem "The Lion King", eu diria "Toy Story" como o melhor filme de animação de sempre! Uma verdadeira fábula de amizade e como Woody, eu, acredito nos meus amigos, acredito nos nossos momentos. Como Woody, sou, muitas vezes, uma espécie de líder do grupo que nunca terá receio de se arriscar pelos seus amigos.

Agora, começa a minha parte mais obscura. E começa com o famoso Alvy Singer de "Annie Hall". Bem, eu sou um pouco assim. Um pouco compulsivo, irónico, desastrado, inteligente, romântico, venenoso e sarcástico. Gosto de ser como sou é bem verdade e gosto de que me digam que sou boa pessoa mas, por vezes, gosto mesmo de ser mau! (Num sentido inofensivo!)

Dr. House é mais uma das minhas facetas por integrar o lado sarcástico, inteligente e irónico. Posso não ser tão expert em nomes de doenças e fármacos mas sei que sei umas coisinhas. Ah, e também gosto de ser sarcástico como House. A única diferença, é que eu sou melhor pessoa! :)

A última personagem que escolho é Terrence de "Yes Man!" Porquê? Porque gosto de aventuras, gosto de viver a vida ao máximo e, tal como Terrence, gosto de dizer Sim! à aventura.






(vídeo no YouTube: EM BREVE)


As Personagens voltam amanhã...

sábado, 29 de janeiro de 2011

A MORTE DA 7.ª ARTE (Variação Tom Cruise)

"O Dial P For Popcorn tem o prazer de vos apresentar o nosso mais recente colaborador! Axel Ferreira, nosso colega e amigo, aceitou o convite para a elaboração de uma crónica mensal. Com uma visão peculiar e distinta da realidade cinematográfica, A Morte da 7.ª Arte deixa apenas uma promessa: Ninguém a poderá evitar."


“Mel Gibson Está Morto” dizia Zaratrustra.

A primeira coisa que ocorreu à primeira pessoa a quem mostrei a minha primeira crónica por vontade própria, foi dizer-me: e o que é que há de novo? Nada além daquilo que sempre foi evidente para mim. Quase tudo o que é feito no Mundo cinemático é mau e, contra toda a razão, quase toda a gente gosta do que é mau. E como estou farto de falar sobre isso, este mês está “Um Tempo Para Cavalos Bêbados” (ou “Zamani Barayé Masti Asbha”), mas já ninguém liga ao bom cinema iraniano. O que eu queria dizer era que vou falar do que me der primeiro na minha real revolta contra o mundo do cinema, não fosse esta a morte dessa arte.


Pois aqui vai, sem grandes rodeios e creio que sem grandes surpresas, um dos princípios mais errados que existe no mundo do cinema, a adoração dos actores. Como é evidente a maioria dos actores são um bando de idiotas abastados e egomaniacos. Aos que se revoltaram já nesta frase, pensem só no seguinte: Shiloh Jolie-Pitt, e eu que tanto queria fazer um bonito jogo de palavras, mas a coisa chega a ser tão metafísica para mim que eu não me creio capaz de realizar qualquer tipo de gozo sobre isto, de qualquer maneira faz-me lembrar a marca de chinelos da minha avó. Sendo sincero, se visse este nome num romance burlesco qualquer teria a sensação de ser demasiado forçado e irrealista para nomear fosse o que fosse, chinelo ou não. E estes homens e mulheres acham-se no pleno direito de escolher filmes, alterar argumentos, dar nomes risíveis a meninos do terceiro mundo e, veja-se a enorme ousadia, formar opinião pública. E vocês dizem que estou a exagerar, que escolhi logo duas personagens que devem ter, entre os dois, um filme e meio aguentáveis. Digo-vos com toda a sinceridade que podia ter escolhido pior, neste mundo de cientologistas sem expressão facial, fantasias adolescentes vampirescas, 20 a 22 James Bonds, actrizes meritórias pelas suas excelentes glândulas mamárias, sex symbols quinquagenários, homens de acção de boca torta, homens de acção de boca direita mas que mesmo assim não sabem falar e que agora até são governadores… Como poderia eu ousar dizer menos desta gente? Revolto-me contra qualquer pessoa que esteja sempre a avaliar performances, dizer que este ou aquele papel foi brilhante, a interpretação genial e mais o que for… Os actores não passam dos bonecos animados que estão à frente da câmara, banais e sem personalidade (se aspirarem a ser bons actores). Não podem passar disso. Já se perdeu a ideia do que é um bom filme, um bom argumento, uns bons planos, uma boa montagem. Já ninguém quer saber do homem que escreve ou faz, de todos os blogs de cinema que vejo, tantos falam extensamente do Harrison Ford e do Keanu Reeves, fazem-lhes resumos de carreira, melhores momentos, filmes marcantes, um pedestal infindável de dados fascinantes sobre a irrelevância absoluta. E o Philip K. Dick? O homem cujos contos deram origem a inúmeros argumentos de filmes? Nunca vi uma palavra escrita sobre o homem. Ele podia não fazer filmes, podia não ser bonito nem fazer cenas de sexo no grande ecrã mas as histórias dele sempre foram qualquer coisa de brilhante. Não seria muito mais interessante escrever sobre uma pessoa genial? Não seria de maior valor fazer retrospectivas sobre personagens tão marcantes como George Gershwin? Ninguém quer saber do Óscar para melhor argumento original, mas toda a gente sabe quem ganhou melhor actor, melhor actriz, melhor actor secundário, melhor actriz secundária e até melhores efeitos especiais (e desde já, e desculpando-me pelo aparte, quero agradecer à academia dos Óscares por seleccionar os filmes que não devo ver).



A sobrevalorização desta gente, a importância que se lhes dá é algo de muito perigoso. Não podem ser estas as referências do mundo moderno. Estas pessoas tornaram popular a hipocrisia de ter pena pelos pobres e ganhar dinheiro à custa deles. Houve até uns tempos em que a coisa mais cool do mundo era dizer mal do Presidente Bush na televisão, chegaram até a fazer música sobre isso, a coisa tomou tal dimensão que agora tomamos isso como verdade absoluta. Independentemente de o homem ser uma besta ou não, eu não quero que seja esta gente a definir isso. Quero ainda menos que eles se achem capazes de dizer seja o que for sobre isso. Eu não vou ao cinema ver estes personagens, se bem que alguns deles me façam ficar um pouco como no “Die Geschichte vom weinenden Kamel” ou melhor dizendo “A História do Camelo que Chora”, mas também já ninguém liga ao bom cinema alemão sobre mongóis. Alguns deles atacam de facto a minha sensibilidade, em alianças conjuradas no inferno, que até dão vontade ao Orson Wells, já na cova, de nunca ter feito brincadeiras na rádio. Alguns deles chegam a pensar que são tão bons que até fazem filmes gore com Jesus Cristo. O que não deixa de ter a sua piada, Nietzsche disse que Deus estava morto, este homem matou-o.

Não quero dizer de maneira nenhuma que não haja actores bons e maus, não devem é ser tomados para além da sua normal relevância. Olhando para aquele que eu acho uma referência na interpretação de personagens, o grande Peter Sellers, ele era conhecido por ser um homem sem personalidade, ele era apenas as personagens que interpretava. Os actores são isso, o último grau da arte, o último instrumento necessário, nada mais. Não são os homens das ideias, não são os homens que compõem, não são essencialmente sequer os homens que decidem o que eles próprios devem fazer, nem sequer isso lhes compete. Não digo para não falarem dos homens e mulheres que vêm nos filmes, mas se quiserem ter o mínimo de coerência e forem verdadeiros apreciadores da arte, existe uma lista extensa de ilustres desconhecidos que têm muito mais lugar na história. E agora vou ver de novo “Yi Yi” ou “um um”, pena já ninguém ligar ao bom cinema japonês…


Axel Ferreira

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Cinema Numa Cena

Bem-vindos a mais uma rubrica semanal aqui no Dial P for Popcorn - "O Cinema Numa Cena" tenta mostrar as nuances de uma interpretação fora-de-série numa cena pivotal do seu filme.


Começo por vos dizer que não vi "... And Justice For All". Vou ver, em breve, mas não resisti não vos deixar aqui esta cena. A emoção que Al Pacino transmite durante o seu discurso é tão intensa e marcante que, no meu ignorante conhecimento sobre a área do Direito, deveria ser obrigatório para qualquer aspirante a advogado.


Quem me apresentou esta cena, explicou-me que Al Pacino é, em "...And Justice For All", um advogado carismático que tem que defender um Juiz que, assumidamente, violou e abusou de uma jovem rapariga.

Não há muito mais para dizer. A cena, fala por ela própria. Fantástica!

Os meus prémios estão quase aí!




Eles vêm aí!

Dentro de dias começam os "Dial A for Awards", a minha espécie de cerimónia (rubrica seria mais apropriado) que honra, por categorias, o que de melhor se fez em 2010. Tentemos encerrar isto por volta da 83ª cerimónia dos Óscares. Até lá, espero ter anunciado os meus nomeados a todas as categorias. (uma pequena dica: as fotos em torno da estatueta são de alguns filmes proeminentemente destacados nas minhas categorias).

Ainda por vir aqui no blogue - e não esquecido:
  • o fim das "Personagens da Minha Vida"
  • a continuação na minha rubrica de adulação a Meryl Streep
  • o retorno das rubricas do costume, incluindo: "Pessoas da Década"
  • acompanhamento extensivo da corrida aos Óscares, com análise categoria-a-categoria
  • havemos de continuar a nossa "Revisão da Década" e "O Ano em Revista"

Continuem a passar por cá e não percam as novidades.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

THE SAVAGES (2007)


Foi ao ver o mais recente filme de Woody Allen que me lembrei deste óptimo filme. The Savages é uma história muito bem contada. É um filme inteligente, bem trabalho, com um óptimo leque de actores. Entre eles, um dos meus favoritos: Philip Seymour Hoffman.

Hoffman é um actor peculiar. Nada bonito, nada sensual, nada charmoso, pouco fotogénico. Por isso mesmo, a sua figura em Hollywood é impar. Tal como a sua qualidade. Acho mesmo que é um actor de extremos: ou se adora, ou não se gosta (penso ser dificil detestar Hoffman). Eu adoro a personalidade que o tipo tem. A sua pose no ecrã, o carisma com que trabalha cada personagem. The Savages foi o filme em que me rendi por completo.


Os Savages são uma família completamente destroçada. Lenny Savage, o chefe de família (Philip Bosco), conseguiu afastar os seus filhos devido ao seu mau carácter e egoismo, nunca cultivando o espirito de união e sacrifício entre todos. Tal atitude, levou a que Jon (Philip Seymour Hoffman), um bem sucedido professor universitário e Wendy (Laura Linney), uma aspirante a escritora que procura ainda o seu espaço na área do teatro, se separem-se, e uma família desse origem a três solitários indivíduos.


A nossa história começa com a morte de Doris, companheira de Lenny. Devido debilidades físicas do seu pai, Wendy decide pôr de lado o seu orgulho e tentando ajuda-lo. Para tal, precisa da força do seu irmão, que fechado no seu mundo dos livros e das teorias filosóficas, acaba por ceder ao convite de Wendy. É a doença do seu pai que os une, passado muitos anos, e que os leva a reflectir sobre as atitudes do passado, o egoísmo em que viviam e o real valor que a família tem.


The Savages é um filme intemporal. É um filme do século XXI, das novas famílias, do resultado das exigências do mundo actual. É também um filme que analisa a problemática do envelhecimento. Das pessoas que, no final de uma vida, se vêem sozinhas, abandonadas, desprezadas. Uma mensagem forte, num filme duro e sentimental. É um filme que nos acompanha por muitos dias, que dificilmente se consegue esquecer.

Nota Final: B+

Trailer:



Informação Adicional:
Realização: Tamara Jenkins
Argumento:
Tamara Jenkins

Ano:
2007

Duração:
114 minutos

UPDATE: Nomeações Óscares - Comentário


Adoro que no mês de todos os prémios (portanto uma das minhas partes favoritas de acompanhar a corrida aos Óscares) eu pareço uma tartaruga a tentar acompanhar os outros - chego sempre tarde à festa. Bem, ontem foi o computador que não colaborou. No entanto, cá estou para deixar a minha análises às nomeações que foram anunciadas ontem à hora do almoço.




MELHOR FILME
127 HOURS
BLACK SWAN
 INCEPTION
THE FIGHTER
THE KIDS ARE ALL RIGHT
THE KING'S SPEECH
THE SOCIAL NETWORK
TOY STORY 3
TRUE GRIT
WINTER'S BONE

Previsões: Nada mal, 9/10, falhando apenas "Winter's Bone" - que ridiculamente estava no meu rascunho inicial e trocando-o por "The Town", que eu teimosamente insistia que seria nomeado desde Setembro. Enfim - ao menos era a minha alternativa. O resto era fácil de prever.

Comentário: Muito honestamente, são os dez títulos que se esperava ver e qualquer um deles merece cá estar. Contudo, haverá sempre gente insatisfeita pela não inclusão de alguns filmes como "The Ghost Writer", "Another Year", "Shutter Island", "The Town", "Rabbit Hole" ou "Blue Valentine", mas esses seriam sempre excluídos.

Vencedor: A luta é entre "The King's Speech" e "The Social Network" e eu diria que se ao PGA o filme sobre a realeza juntar o SAG esta semana e, possivelmente, o DGA (já contando que vai limpar os BAFTA), temos um cabeça de corrida - "The King's Speech".




 MELHOR ACTOR
Javier Bardem em BIUTIFUL
Jeff Bridges em TRUE GRIT
Jesse Eisenberg em THE SOCIAL NETWORK
Colin Firth em THE KING'S SPEECH
James Franco em 127 HOURS

Previsão: Também aqui só falhei um (4/5) e mais uma vez por teimosia, apostando em Ryan Gosling em vez de Javier Bardem, mesmo tendo-me fartado de falar nessa possibilidade num dos meus artigos passados (não conseguia acreditar que Michelle Williams conseguisse a nomeação e Ryan Gosling não, portanto apostei que ele conseguiria e ela não; passou-se exactamente o contrário).
Comentário: Diga-se o que se quiser, são cinco grandes interpretações. O problema é que havia à vontade mais cinco excelentes para premiar (e Ryan Gosling ficar de fora é qualquer coisa que me perplexa, porque é a melhor interpretação do ano, masculina ou feminina). Outras pessoas desapontadas de relevo: Robert Duvall afinal não conseguiu aguentar um ano de buzz a descair, Aaron Eckhart nunca conseguiu originar buzz para a sua interpretação, Leonardo DiCaprio não conseguiu tracção para nenhum dos seus dois filmes  e Mark Wahlberg era daqueles que eu achava que podia surpreender com uma nomeação (não sucedeu, desta vez).

Vencedor: Colin Firth já tem o prémio embrulhado e pronto a ser enviado via correio para Londres.




MELHOR ACTRIZ
Annette Bening em THE KIDS ARE ALL RIGHT
Nicole Kidman em RABBIT HOLE
Jennifer Lawrence em WINTER'S BONE
Natalie Portman em BLACK SWAN
Michelle Williams em BLUE VALENTINE

Previsão: Podia tão facilmente ter feito o pleno aqui se não me tivesse armado em esperto (Julianne Moore? Onde estava a minha cabeça?) mas vá, foi uma aposta engraçada (4/5). Michelle Williams, previsivelmente, conseguiu ficar com o quinto lugar (a disputa era menor do que a de Gosling pelo mesmo sítio na outra categoria).

Comentário: Tenho que dar os parabéns - é uma categoria recheada de interpretações brilhantes, todas elas. É uma pena que já esteja tão decidida, porque uma corrida destas merecia maior competição. O maior destaque entre os ausentes vai, claro, para Lesley Manville e, em menor grau, para Julianne Moore e Hilary Swank. Foi um grande ano nesta categoria, com várias interpretações impressionantes (de Rapace a Swinton).

Vencedor: Gostava de dizer que ainda estamos numa corrida a dois, mas Natalie Portman tem nesta altura a vantagem na corrida sobre Annette Bening.




MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO
Christian Bale em THE FIGHTER
John Hawkes em WINTER'S BONE
Jeremy Renner em THE TOWN
Mark Ruffalo em THE KIDS ARE ALL RIGHT
Geoffrey Rush em THE KING'S SPEECH

Previsão: Vou admitir que não estava à espera deste cenário - nunca pensei eu que fosse Andrew Garfield a ficar de fora da corrida para dar lugar a John Hawkes (que se sabia ser uma forte possibilidade, mas pensava eu que seria no lugar de Ruffalo ou Renner). Falhei só essa (4/5).

Comentário: Andrew Garfield. Andrew Garfield. Andrew Garfield. Quando se dá duas interpretações tão enormes no mesmo ano ("The Social Network" e "Never Let Me Go") e se toma como seguro na categoria (coisa que a ausência nos SAG indiciava, agora que penso nisso - afinal, actores votam em actores e "The Social Network" não me parece ter sido muito querido para esses lados), perdendo a nomeação... É mau. De resto, são cinco excelentes nomeados. Nada a apontar. Feliz por Mark Ruffalo. Mesmo. Já merecia há muito. E por John Hawkes. É uma bela (e merecida) surpresa. Outros queixosos de registo: só me consigo lembrar mesmo de Sam Rockwell.

Vencedor: Historicamente, é bom não descontar Rush para já mas se Christian Bale também juntar o SAG ao Globo e ao BFCA, nada o impede de lhes juntar depois o Óscar, penso eu.




MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA
Amy Adams em THE FIGHTER
 Helena Bonham-Carter em THE KING'S SPEECH
Melissa Leo em THE FIGHTER 
Hailee Steinfeld em TRUE GRIT
Jacki Weaver em ANIMAL KINGDOM

Previsão: Volto a dar-me uma reprimenda por ter sido cobarde e não ter confiado na intuição - Jacki Weaver veio a ser nomeada e não Mila Kunis (aliás, o apoio a "Black Swan" foi muito sedado; igual se passou com "Inception"). Portanto, 4/5.

Comentário: Fico tão feliz pela nomeação de Jacki Weaver que consigo perdoar uma fraude na categoria (Steinfeld) e duas interpretações razoáveis no meio de três extraordinárias (Steinfeld e Bonham-Carter). De qualquer forma, as primeiras quatro já eram esperadas; o quinto lugar balançou ali um pouco entre Kunis, Weaver, Hershey e até Manville veio cá parar. A disputa de votos entre as senhoras de "Black Swan" deve ter ajudado à exclusão mútua. Fico contente.

Vencedor: A única corrida que ainda não tem vencedora garantida. Melissa Leo é neste momento a favorita, mas a verdade é que a maré ainda pode favorecer tanto Amy Adams como Helena Bonham-Carter. Contudo, no fim de contas, acho que Hailee Steinfeld também tem grandes hipóteses de ganhar (à la Anna Paquin por "The Piano").



MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL
Mike Leigh, ANOTHER YEAR
Christopher Nolan, INCEPTION
Scott Silver, Paul Tamasy e Eric Johnson, THE FIGHTER
Stuart Blumberg e Lisa Cholodenko, THE KIDS ARE ALL RIGHT
David Seidler, THE KING'S SPEECH

MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO
Danny Boyle e Simon Beaufoy, 127 HOURS
Aaron Sorkin, THE SOCIAL NETWORK
Michael Arndt, TOY STORY 3 
Ethan e Joel Coen, TRUE GRIT
Debra Granik e Anne Rossellini, WINTER'S BONE

Previsão: Orgulhosíssimo de ter acertado as duas categorias na íntegra (5/5 em ambas), o que acho que pouca gente conseguiu! 

Comentário: Fico plenamente contente que Mike Leigh tenha voltado a não ser esquecido pelo ramo dos Argumentistas (tal como aconteceu em 2008, a sua Actriz foi ignorada mas o seu Argumento não) e o mesmo digo de "Winter's Bone" em Melhor Argumento Adaptado. Duplamente contente me deixa que "Another Year" tenha arrumado "Black Swan" dos nomeados, o que teria sido uma bela injustiça. "Toy Story 3" conseguiu pontuar mesmo na categoria de Melhor Argumento Adaptado (a primeira nomeação da Pixar nessa categoria). Títulos que alguns esperavam ver e não se sucedeu: "The Ghost Writer", "Black Swan", "Blue Valentine" e "Rabbit Hole".

Vencedores: Enquanto que Argumento Adaptado tem um dono certo (Aaron Sorkin vai vencer o seu milésimo prémio por "The Social Network"), Argumento Original ainda está por decidir, com três genuínos candidatos - no final, penso eu, "The King's Speech" vai juntar este aos outros (muitos) prémios que deve ganhar este ano.




MELHOR REALIZADOR
Darren Aronofsky em BLACK SWAN
Joel e Ethan Coen, TRUE GRIT
David Fincher em THE SOCIAL NETWORK
Tom Hooper, THE KING'S SPEECH
David O'Russell, THE FIGHTER

Previsão: Como todo o mundo (excepto acho que Steve Pond, que foi o único dos principais videntes que previu este acontecimento), quis prever que os irmãos Coen iam aparecer na lista de nomeados (como apareceram). Apareceram mas não arrumaram com O'Russell e sim com Christopher Nolan (4/5).

Comentário: Engraçado que anteontem quando redigi as previsões estava convencido que na lista surgiria ou Aronofsky ou Nolan, nunca os dois, um deles ia falhar - e então por algum tempo tinha arredado Aronofsky dos meus nomeados. No entanto, antes de publicar as minhas previsões, achei ridículo sequer ter pensado que isso poderia de facto acontecer. Como estava enganado... E Nolan, três vezes nomeado para o DGA, três vezes não nomeado para os Óscares. E só há-de lá ir quando seguir a estratégia dos grandes realizadores modernos para adquirir reconhecimento na Academia: emburrecer os seus filmes (sim, estou a falar de Spielberg, de Fincher, entre outros). Ao menos que se contente em ser nomeado por Melhor Filme e Melhor Argumento Original. Mais alguém acha curioso o facto de ele ser nomeado pela coisa que faz pior e pela que faz melhor é ignorado?

Vencedor: Com a sova que "The Social Network" levou nas nomeações ontem, até este prémio começo a pensar que não está seguro. Ainda assim, deve ser de David Fincher, nem que não seja para se voltar a repetir a situação caricata de 1998.




MELHOR FILME ANIMADO
HOW TO TRAIN YOUR DRAGON
L'ILLUSONISTE
TOY STORY 3

Previsão: Felizmente, caí em mim e pensei que o terceiro voto iria mais depressa para o filme artístico estrangeiro do que para o americano engraçado mas sem substância. Acertei nos 3 (3/3).

Comentário: Só lamento mesmo não serem cinco nomeados porque "Tangled" foi excluído. E não merecia. Esta corrida foi das mais loucas que já vi: durante algum tempo, qualquer um dos três poderia ter sido o terceiro escolhido (já que "Toy Story 3" e "How To Train Your Dragon" eram imaculados) - e pareceu, por algum tempo, que "Despicable Me" teria ganho vantagem.

Vencedor: Não há como escapar à Pixar, pois não? "Toy Story 3" vai encerrar a senda vitoriosa da Pixar nos Óscares.




MELHOR FILME ESTRANGEIRO
BIUTIFUL (México)
HORS LA LOI (Algéria)
IN A BETTER WORLD (Dinamarca)
INCENDIES (Canadá)
DOGTOOTH (Grécia)

Previsão: Falhei uma (4/5) - que não devia ter falhado - "Dogtooth", preferindo jogar seguro com "Life, Above All". I should have known better.

Comentário: Nada a dizer - estes são os cinco títulos mais fortes da shortlist divulgada há uma semana. Poderia defender-se a presença de "Life, Above All" ou até "Confessions" por aí em vez de "Hors La Loi" mas parece-me estar bem como está. Uma palavra acerca de "Incendies": surpreende-me como surgiu em TODAS as listas de Melhor Filme Estrangeiro que por aí apareceram. Em todas. Incrível. Sem nunca ganhar.
Vencedor: Aí é que está uma boa questão, porque esta é a categoria em que a Academia mais torce o nariz aos filmes favoritos. Será que "Dogtooth" é mais favorito do que nós pensávamos? Não será "Hors La Loi" uma boa solução, na linha da continuidade com o que eles têm escolhido em detrimento dos grandes filmes de autor (este ano com Innaritú e Bier, o ano passado com Haneke e Audiard, há dois anos com Cantet e Folman e assim por diante)? Veremos. Para já, "In A Better World" tem a palavra.



MELHOR DOCUMENTÁRIO
EXIT THROUGH THE GIFT SHOP
GASLAND
INSIDE JOB
RESTREPO
WASTE LAND

Previsão: Previ correctamente que "Restrepo" não ia falhar aqui, mas quis prever (incorrectamente) que "Exit Through The Gift Shop" ia pôr a Academia de cabelo em bico (3/5). Ainda bem que me enganei, porque eu adoro esse documentário. O outro documentário que me surpreendeu foi "Gasland", que foi roubar o lugar do suposto favorito à vitória, "Waiting for Superman", que também não conseguiu a nomeação que se esperava para Melhor Música Original (já lá vamos). Interessante.

Comentário: Pouco há a dizer quando se tem aqui cinco dos oito melhores documentários do ano (os outros três seriam "Joan Rivers: A Piece of Work", "The Tillman Story" e "Catfish", claro). O choque, como já referi, foi mesmo a ausência de "Waiting for Superman", um dos injustiçados, digamos, do dia.

Vencedor: Um dos meus favoritos do ano, "Inside Job", tem agora caminho limpo para a vitória. Isto se um certo senhor chamado Bansky não se vier a intrometer... Espero que não, porque o Charles Ferguson já merece ganhar.






MELHOR FOTOGRAFIA
Danny Cohen, THE KING'S SPEECH
Jeff Cronenweth, THE SOCIAL NETWORK
Roger Deakins, TRUE GRIT
Matthew Libatique, BLACK SWAN
Wally Pfister, INCEPTION

Previsão: Adorava ter mantido a minha aposta no Cronenweth e clamar perfeição nesta previsão, mas não: decidi meter o Anthony Dod Mantle ao barulho e arruinar tudo (e depois quando devia ter excluído o "The Social Network" e apostado no "127 Hours", não o fiz; mas já lá vamos) e assim só obtive 4/5.
Comentário: Tirando "The King's Speech" (ao qual não reconheço qualquer valor fotográfico, sendo portanto uma nomeação que só veio por ser um dos grandes candidatos ao prémio), os outros quatro são magníficas obras de primoroso valor e estilo visual. Acho que falta aqui claramente "Shutter Island", que muitos (incluindo eu) ainda esperavam encontrar nomeado. Não sucedeu.

Vencedor: É a luta de quem já merecia ter vencido antes: Roger Deakins e Wally Pfister. Eu diria que o primeiro, oito vezes nomeado e só derrotado em 2007 por ter dois filmes igualmente excelentes (e um adversário também brilhante então, relembre-se), é o favorito. Isto, conjugado com o fraco apoio a "Inception" (que, lembre-se, era suposto limpar as categorias técnicas) e o surpreendentemente forte apoio a "True Grit", dá a Roger Deakins a vantagem.

MELHOR DIRECÇÃO ARTÍSTICA
ALICE IN WONDERLAND
HARRY POTTER AND THE DEATHLY HALLOWS, PART 1
INCEPTION
THE KING'S SPEECH
TRUE GRIT

Previsão: Nem me ponham a falar muito sobre a direcção artística dificílima que "Harry Potter and the Deathly Hallows, Part 1" envolveu (foram duas horas numa tenda!) - foi essa a previsão que falhei (4/5) e que eu já sabia que ia errar - parecia-me impossível que fosse falhar a nomeação.

Comentário: Depois de desabafar a minha semi-fúria pela nomeação de "Harry Potter" que é totalmente injusta, tenho a dizer que até me sinto bem em transferir a raiva que seria depositada no meu saco de pancada do ano, "Alice in Wonderland". Os restantes três filmes são impecavelmente decorados, uma produção artística de grande nível, por isso nada a dizer. Resta dizer que acho que havia lugar aqui para nomear "Shutter Island" ou "The Ghost Writer". Ou até mesmo "Black Swan". Aquele uso de espelhos foi uma jogada de génio.

Vencedor: "Inception"? "The King's Speech"? "Alice in Wonderland"? Bela questão. Penso que, para já, vamos apostar "The King's Speech".







MELHOR GUARDA-ROUPA
ALICE IN WONDERLAND (Colleen Atwood)
I AM LOVE (Antonella Cannarozzi)
THE KING'S SPEECH (Jenny Beavan)
THE TEMPEST (Sandy Powell)
TRUE GRIT (Mary Zophres)

Previsão: Só falhei mesmo a que todo o mundo falhou (4/5): a nomeação de "I Am Love". Eu bem me parecia que aquele guarda-roupa de Emma Recchi era vistoso demais para não ser nomeado (também me impressionou a mim, como verão nos meus prémios).

Comentário: Extremamente satisfeito por ter confiado na minha intuição e apostado na Sandy Powell, que mesmo fresquinha de ter vencido o ano passado continua todos os anos a fabricar roupas que a Academia engole passivamente. Com Colleen Atwood passa-se exactamente o mesmo. De resto, já sabíamos que Zophres e Beavan iriam sempre conseguir a nomeação (nunca para ganhar, claro) e só nos intrigava para quem ia o quinto lugar (que todos os anos nos proporciona algo interessante - como o ano passado, que foi para "Sherlock Holmes"). Um quinto lugar merecidíssimo, pois então.

Vencedor: Para continuar a tradição, Atwood e Powell só ganham quando ambas são nomeadas. E como ambas foram este ano e o ano passado Powell venceu Atwood, este ano é ao contrário: é Atwood que vence por "Alice in Wonderland". Infelizmente.




MELHOR BANDA SONORA ORIGINAL
127 HOURS (A. R. Rahman)
HOW TO TRAIN YOUR DRAGON (John Powell)
INCEPTION (Hans Zimmer)
THE KING'S SPEECH (Alexandre Desplat)
THE SOCIAL NETWORK (Trent Reznor e Atticus Ross)

MELHOR MÚSICA ORIGINAL
"If I Rise", 127 HOURS
"Coming Home", COUNTRY STRONG
"I See The Light", TANGLED
"We Belong Together", TOY STORY 3

Previsão: Na primeira categoria, podia ter ido com o meu instinto - e preferência pessoal - e apostado sem hesitar em John Powell, mas não o fiz e por isso acabei só com 4/5. Na segunda, errei duas mas só uma é que conta porque não foram cinco nomeados mas sim quatro (3/4) - o que é normal, porque como já expliquei, este ramo pode nomear de uma a cinco canções, tendo elas que para isso ultrapassar os 8,25 de pontuação mínima.

Comentário: Não querendo estar sempre a bater no mesmo, mas os nomeados de Banda Sonora Original deixaram-me felicíssimo. Não que goste de todos, contudo ter quatro nomeados excelentes e só um ("127 Hours") imerecidamente ali, ainda por cima quando esse um podia ter sido muito bem Rachel Portman ("Never Let Me Go") ou Danny Elfman ("Alice in Wonderland")... É muito bom. Além disso, eu até gostei de algumas músicas da banda sonora de "127 Hours". Só de algumas.

Na segunda categoria é que as coisas deram para o torto. Tirando a canção de "Tangled" (bem, mesmo com a canção de "Tangled"), este é o grupo de nomeados mais aborrecidos que há memória. "If I Rise" é abominável, além de não contribuir em nada para o seu filme; "Coming Home" é a pior música de toda a banda sonora de "Country Strong" (e eu a pensar que o factor Chris Martin iria ajudar "Me & Tennessee"); "We Belong Together" é um remix de tudo aquilo que Randy Newman já criou; e a canção de "Tangled", por muito que eu a adore, é, admita-se, um flashback nostálgico para os dias de "Beauty and the Beast". Enfim, uma tristeza. E Diane Warren ("Burlesque") não tem sossego. Seis vezes nomeada e quando tudo se desenhava para a sua vitória... ela nem nomeada é. Ao menos, se lhe serve de consolo, John Legend ("Shine", de "Waiting For Superman") também não foi.

Vencedor: Em banda sonora, começo a pensar que Alexandre Desplat terá algumas hipóteses de derrotar Trent Reznor ou Hans Zimmer, mas para já acho que "The Social Network" vai ganhar aqui. Em música original, caminho aberto para Alan Menken ou Randy Newman. Diria o segundo, para já. Randy Newman com "We Belong Together".

Ficam abaixo com um vídeo que reúne peças das cinco bandas sonoras nomeadas este ano:





MELHOR MAQUILHAGEM
BARNEY'S VERSION
THE WOLFMAN
THE WAY BACK

Previsão: O pior resultado que obtive (1/3) e que já esperava obter, tendo em conta que esta é a categoria mais louca da Academia - há sempre 1-2 filmes nomeados aqui anualmente que não percebo o que eles viram neles. 

Comentário: O ano passado "Il Divo" surpreendeu pela positiva com uma nomeação aqui e este ano "The Way Back" (a minha alternativa) faz o mesmo. Devia ter apostado nela com mais firmeza. O que acho que ninguém estava à espera era que "Alice in Wonderland" falhasse aqui (aliás, parabéns a quem não o nomeou para mais nada - infelizmente, o ramo dos Efeitos Visuais tinha que estragar a pintura e dar a nomeação que menos merecia de todas), mas falhou sim e "Barney's Version" - que ao menos parece beneficiar da maquilhagem usada - foi nomeado.

Vencedor: Qualquer um dos três, diga-se em boa verdade. Para já, vou com "The Way Back". Mas nunca se sabe. Este é o ramo que premiou "The Curious Case of Benjamin Button" há dois anos (maquilhagem inteiramente CGI, portanto).


MELHOR EDIÇÃO
127 HOURS
BLACK SWAN
THE FIGHTER
THE KING'S SPEECH
THE SOCIAL NETWORK

Previsão: Foi aqui que sucedeu o escândalo do dia, com "Inception" a ser ignorado e com todo o mundo a errar a previsão, tal como eu (4/5).

Comentário: Não posso dizer que não estava à espera de ver "127 Hours" ali porque estava. Estava. O que eu não esperava foi ver o melhor trabalho de sempre de Lee Smith fora das nomeações, com trabalhos preguiçosos como o de Anwar em "The King's Speech" nomeados na sua vez. Outra ausência digna de registo é a dos irmãos Coen, sob o seu pseudónimo Roderick Jaynes ("True Grit").
Previsão: Com o potencial vencedor fora dos nomeados ("Inception"), esta é uma categoria que pode cair para qualquer lado, inclusive para Baxter e Hall que devem assim vencer para "The Social Network". Esta deve ir para quem vencer Melhor Filme (servirá de indicador para o resto da noite).




MELHORES EFEITOS VISUAIS
ALICE IN WONDERLAND
HARRY POTTER AND THE DEATHLY HALLOWS, PART 1
HEREAFTER
INCEPTION
IRON MAN 2

Previsão: Acertei em quatro dos cinco nomeados uma vez mais, não prevendo que a cena do tsunami em "Hereafter" fosse suficiente para lhe garantir um lugar aqui (4/5).

Comentário: Volto ao mesmo: só uma cena agora já te garante uma nomeação? Enfim, ridículo. A juntar ao único filme com efeitos visuais em condições aqui ("Inception"), temos um filme de super-heróis (típico; até nem me importo que cá esteja), um filme com uma cena digna de registo para efeitos visuais (sem comentários), o sétimo filme de uma franchise sempre com os mesmos efeitos especiais (e é, particularmente, o filme com menos efeitos especiais de toda a saga) e um filme visualmente repugnante (fiquei estupefacto quando na reacção à nomeação quem tratou de "Alice in Wonderland" ainda ficou surpreendido por se duvidar que iriam ser nomeados, congratulando-se pelo magnífico trabalho executado - are you kidding?). Nada de "TRON: Legacy", nada de "Scott Pilgrim vs. The World" (bem, este já se esperava)? Estes nomeados são um riso. Até "Morrer como um Homem" tinha melhores efeitos visuais.

Vencedor: Espero que "Inception" seja incontestável nesta categoria. Espero.



MELHOR EDIÇÃO DE SOM
INCEPTION
TOY STORY 3
TRUE GRIT
TRON: LEGACY
UNSTOPPABLE

MELHOR MISTURA DE SOM
INCEPTION
SALT
THE KING'S SPEECH
THE SOCIAL NETWORK
TRUE GRIT

Previsão: Acertei três na primeira e dois na segunda categoria (3/5 e 2/5) e não esperava ter feito muito melhor, apesar de achar que fui burro em não apostar "Toy Story 3" em Edição de Som (era a minha alternativa) e de ter posto "The Social Network" na categoria errada (também era minha alternativa). 

Comentário: Uma lista francamente - e inesperadamente - diversa nas duas categorias, com ninguém excepto "Inception" a repetir a nomeação (algo que, penso eu, há mais de cinco ano que não acontece). Consigo apoiar fortemente as escolhas de "The Social Network", "True Grit" e "Toy Story 3" nas respectivas categorias, estou positivamente admirado pela preferência por "Salt", "TRON: Legacy e "Unstoppable", três filmes de acção que de facto receberam muitos elogios pelo seu tratamento de som e só não entendo a nomeação de "The King's Speech". Que mistura de som tiveram eles que fazer? Foi na cena das asneiras? Não percebo. Mais uma nomeação a mostrar quem é o favorito a vencer Melhor Filme, vá.

Vencedores: Em condições normais, "Inception" levaria os dois. Se falhar algum, é porque vai perder ou para "The Social Network" ou para "Unstoppable". Eles adoram um bom filme de acção.

Feitas as contas no final, foi um bom dia para mim, com 82 previsões certeiras em 105 (uma média de 78%) - se formos contabilizar as alternativas, dá 89 em 105. Se formos só a avaliar pelas categorias 'major', digamos, consegui 39 em 45 (41 em 45 com as alternativas). Nada mau no cômputo geral, a fazer tão bem como os maiores lá fora. Mas ainda sou muito amador. 

Surpreendido pelo grande amor a pequenos filmes independentes como "Winter's Bone" e "The Kids Are All Right", que, agora que penso, deve ter sido o quinto filme mais votado para Melhor Filme (atrás de "True Grit", "The Social Network", "The Fighter" e "The King's Speech"), com "Black Swan" a ficar perto - e a conseguir a última vaga em Melhor Realizador - e "Inception" atrás quase só a pontuar nas categorias técnicas. "True Grit", em particular, mostrou verdadeira raça, com 10 nomeações, três para os seus realizadores/produtores/argumentistas. O mais nomeado foi, como se sabe, "The King's Speech, com doze nomeações.

Deixo-vos agora aqui, aqui e aqui algumas hiperligações para sítios com as reacções dos nomeados ao anúncio das nomeações e abaixo seguem as três categorias para as quais não fiz previsões:

MELHOR DOCUMENTÁRIO, FORMA CURTA
KILLING IN THE NAME
POSTER GIRL
STRANGERS NO MORE
SUN COME UP
THE WARRIORS OF QUIGANG

MELHOR FILME ANIMADO, FORMA CURTA
DAY & NIGHT
LET'S POLLUTE
MADAGASCAR, A JOURNEY DIARY
THAT LOST THING
THE GRUFFALO

MELHOR FILME, CURTA-METRAGEM
GOD OF LOVE
NA WEWE
THE CONFESSION
THE CRUSH
WISH 143




E agora é convosco: o que acharam das nomeações para os Óscares?


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

IT'S ALWAYS SUNNY IN PHILADELPHIA - Temporada 6


Felizmente para o Dial P for Popcorn que eu e o Jorge somos tão diferentes em alguns gostos pessoais que temos. E começo esta revisão da sexta temporada "It's Always Sunny in Philadelphia" precisamente por este ponto porque, como já o demonstrei aqui, sou um fan incondicional desta série que, para mim, continua a ser o melhor da comédia dos Estados Unidos. O Jorge, legitimamente, nunca conseguiu gostar dela e acho que, nunca como agora, lhe dei tanta razão em relação à sua opinião sobre ela. Como tal, a crítica que lhe vou fazer é de alguém que tem um gosto de muitos anos por esta série e de quem está verdadeiramente desiludido com o que viu.

Também já o disse aqui que, para mim, não há ninguém a bater os Ingleses na comédia. Aliás, depois de nos trazerem séries como as de Monty Python ou Black Adder, podiam arrumar para sempre as botas e mesmo assim nunca ninguém os conseguiria bater.


E qual é o segredo desta série e do meu fascínio por ela? Estes dois tipos: Charlie Day e Rob McElhenney.

E porque é que a sexta temporada é, de longe, a pior temporada que alguma vez fizeram?


Porque pela primeira vez decidiram entregar toda a temporada (excepto um episódio) a outras pessoas, ficando unicamente com a parte da representação. É pouco, muito pouco, para as enormes potencialidades que Charlie Day ou Rob McElhenney (o criador da série) têm. Até esta sexta temporada, praticamente todos os episódios, para além de produzidos, eram escritos por quem protagonizava a série: indivíduos com uma piada natural imensa e perfeitamente confortáveis com aquilo que estavam a fazer.


Esta troca, que não consigo entender, levou a série a perder muito do humor que a caracterizava, retirou-lhe a característica dos episódios únicos e das short-stories que nos faziam entrar em aventuras diferentes a cada episódio e tornou-a em mais uma americanada chata e sem qualquer piada. Eu não gostei. Se algum de vocês, que acompanha a série desde o seu início, está a pensar ver esta temporada, o meu conselho é para que retirem muita da expectativa que, como eu, certamente têm. A sexta temporada de "It's Always Sunny in Phiadelphia" é má. Para darem cabo da série, mais valia terem ficado quietos.

UPDATE: Previsões Óscares - Finais



As nomeações para a cerimónia deste ano dos prémios da Academia das Ciências  e Artes Cinematográficas (AMPAS) - os Óscares - são conhecidas amanhã, por volta da hora do almoço (13:38 - podem seguir por aqui). Depois disso, cá viremos amanhã para comentar as previsões e as actuais nomeações (a ver se o blogue entra nos eixos):
  


 
Melhor Filme:
127 Hours
Black Swan
Inception
The Fighter
The Kids Are All Right
The King’s Speech
The Social Network
The Town
Toy Story 3
True Grit

(alternativa: Winter’s Bone)

Melhor Realizador:
Darren Aronofsky, Black Swan
Ethan Coen e Joel Coen, True Grit
David Fincher, The Social Network
Tom Hooper, The King’s Speech
Christopher Nolan, Inception

(alternativa: David O’Russell, The Fighter)

Melhor Actor:
Jeff Bridges, True Grit
Jesse Eisenberg, The Social Network
Colin Firth, The King’s Speech
James Franco, 127 Hours
Ryan Gosling, Blue Valentine

(alternativa: Mark Wahlberg, The Fighter)

Melhor Actriz:
Annette Bening, The Kids Are All Right
Nicole Kidman, Rabbit Hole
Jennifer Lawrence, Winter’s Bone
Julianne Moore, The Kids Are All Right
Natalie Portman, Black Swan

(alternativa: Hailee Steinfeld, True Grit)

Melhor Actor Secundário:
Christian Bale, The Fighter
Andrew Garfield, The Social Network
Jeremy Renner, The Town
Mark Ruffalo, The Kids Are All Right
Geoffrey Rush, The King’s Speech

(alternativa: Matt Damon, True Grit)

Melhor Actriz Secundária:
Amy Adams, The Fighter
Helena Bonham Carter, The King’s Speech
Mila Kunis, Black Swan
Melissa Leo, The Fighter
Hailee Steinfeld, True Grit

(alternativa: Jacki Weaver, Animal Kingdom)

Melhor Argumento Adaptado:
127 Hours
The Social Network
Toy Story 3
True Grit
Winter’s Bone

(alternativa: The Ghost Writer)

Melhor Argumento Original:
Another Year
The Fighter
Inception
The Kids Are All Right
The King’s Speech


(alternativa: Black Swan)

Melhor Direcção Artística:
Alice in Wonderland
Inception
The King’s Speech
Shutter Island
True Grit

(alternativa: Black Swan)

Melhor Fotografia:
127 Hours
Black Swan
Inception
The King’s Speech
True Grit

(alternativa: The Social Network)

Melhor Guarda-Roupa:
Alice in Wonderland
Black Swan
The King’s Speech
The Tempest
True Grit

(alternativa: Burlesque)

Melhor Montagem/Edição:
Black Swan
The Fighter
Inception
The King’s Speech
The Social Network

(alternativa: True Grit)

Melhor Maquilhagem:
Alice in Wonderland
The Wolfman
True Grit

(alternativa: The Way Back)

Melhor Banda Sonora Original:
127 Hours
Inception
Never Let Me Go
The King’s Speech
The Social Network

(alternativa: How to Train Your Dragon; Alice in Wonderland)

Melhor Música Original:
“You Haven’t Seen the Last of Me”, Burlesque
“If I Rise”, 127 Hours
“I See the Light”, Tangled
“We Belong Together”, Toy Story 3
“Shine”, Waiting for Superman

(alternativa: “Me & Tennessee”, Country Strong)

Melhores Efeitos de Som (Edição de Som):
Black Swan
Inception
The Social Network
TRON: Legacy
True Grit

(alternativa: Toy Story 3)

Melhor Mistura de Som:
127 Hours
Black Swan
Inception
TRON: Legacy
True Grit

(alternativa: The Social Network)

Melhores Efeitos Visuais:
Alice in Wonderland
Harry Potter and the Deathly Hallows: Part I
Inception
Iron Man 2
TRON: Legacy

(alternativa: Scott Pilgrim vs. The World)

Melhor Filme Animado:
How to Train Your Dragon
L’Illusioniste
Toy Story 3

(alternativa: Despicable Me)

Melhor Filme Estrangeiro:
Biutiful
In A Better World
Incendies
Life, Above All
Outside The Law

(alternativa: Even The Rain)

Melhor Documentário:
Client 9
Inside Job
Restrepo
Waiting for Superman
Waste Land

(alternativa: The Tillman Story)



 Se eu tivesse que arriscar nalgumas previsões arriscadas para amanhã, seriam estas dez:

  • Julianne Moore ou Hilary Swank consegue a nomeação para Melhor Actriz
  • "The Ghost Writer" é nomeado, pelo menos, por Melhor Argumento Adaptado
  • "How To Train Your Dragon" não recebe qualquer nomeação
  • "Despicable Me" é nomeado para Melhor Filme Animação
  • "The Way Back" ou "Blue Valentine" fazem grande estrondo com várias nomeações
  • "Four Lions" e "Fish Tank" são nomeados para Melhor Argumento
  • "Shutter Island" consegue várias nomeações, incluindo Melhor Edição e Melhor Filme
  • John Hawkes ou Barbra Hershey asseguram uma nomeação na respectiva categoria
  • "I Am Love" consegue alguma nomeação
  • "The Town" consegue várias nomeações, incluindo Argumento Adaptado e Realizador

E vocês?