Dial P for Popcorn: Cannes
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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O Azul é a cor mais quente



O vencedor da Palme d'Or deste último Festival de Cannes, "Blue is the Warmest Color", de título original "La vie d'Adèle - Chapitres 1 & 2", de Abdellatif Kechiche e protagonizado por Léa Seydoux e Adele Exarchopoulos, ganha o seu primeiro trailer internacional.



Penso que basta a menção de "vencedor da Palma de Ouro" para ser presença obrigatória nos filmes a ver deste ano. Se ainda não consta, devia constar. Deve chegar até nós via Lisbon & Estoril Film Festival. Abre nos mercados americanos a 25 de Outubro. 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

"All is Lost", aclamado em Cannes, ganha primeiro trailer




Novo "Life of Pi" ou novo "The Grey"? De qualquer forma, o meu bilhete já está comprado. 


Parece que entregaram ao Robert Redford o papel de uma vida. E vá, o "Margin Call" não é nada mau para primeiro filme do J.C. Chandor. Espero que as críticas excelentes de Cannes sejam bom indício.

sábado, 25 de maio de 2013

O filme mais bonito do ano, pelo menos.




Belíssimas críticas em Sundance e Cannes. Está na minha lista dos mais antecipados do ano. A ver se é desta que Bradford Young consegue a nomeação aos Óscares. It's about time.

domingo, 12 de maio de 2013

A Take está de volta! Cannes! CCOP! Leitura imperdível.



De volta um dos projectos queridos da blogosfera, a revista Take Cinema Magazine. Nesta edição - a 30ª - é dado o devido destaque ao Festival de Cannes, com colaboração do CCOP, do qual somos membros.

Parabéns à equipa Take pelo belo trabalho, que pode ser visto online AQUI
E agora já sabem, pessoal, toca a ler.

terça-feira, 12 de março de 2013

12 anos depois, Baz volta a abrir Cannes



Há doze anos, "Moulin Rouge!" abria então a secção competitiva do Festival de Cannes de 2001. Depois de críticas mornas, estreou nos Estados Unidos com maior entusiasmo e construiu a sua base de fãs para conquistar oito nomeações aos Óscares, vencendo duas estatuetas.


É bom ver então Baz Luhrmann de volta ao certame francês uma dúzia de anos depois para apresentar o seu novo filme, "The Great Gatsby", que tem incitado grande expectativa (afinal, é a adaptação de uma das maiores obras literárias de sempre pelo realizador mais artístico e criativo do cinema moderno). Temo que o resultado final nunca agradará à crítica especializada que se desloca ao festival, mais dada a cinema de autor e ao triunfo do conteúdo sobre a apresentação - uma fina linha que Luhrmann nunca soube navegar, dado que os seus filmes são sempre melhores espectáculos audiovisuais do que propriamente excelentes narrativas - e "Gatsby" acabará por sofrer, tal qual como sofreu "Australia" (eu bem me lembro de como os críticos desfizeram a película - tudo bem, Luhrmann e a sua megalomania mereceram - e arrumaram com qualquer buzz que pudesse originar). Bem, para já, esperemos pelo melhor. 


Pelo menos, mais não seja, Cannes garante um filme de alto nível de prestígio para abrir o seu festival, com um rol de estrelas de Hollywood - DiCaprio, Mulligan, Maguire, Fisher, Edgerton - para abrilhantar a passadeira vermelha.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Como que a comprovar o que disse num artigo anterior...



Por mais voltas que se dê, é ao cinema americano que o mundo recorre. Spielberg vai seguir as pisadas de Moretti como Presidente do Júri do Festival de Cannes.  Não há mais americano que isto.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

[Antevisão] THE HUNT de Vintenberg e MUD de Jeff Nichols

Aclamados na Edição de 2012 do Festival de Cannes, tardam a chegar a Portugal duas das maiores promessas de 2012. Infelizmente já não entrarão no conjunto de filmes elegíveis para os TOP 10 de 2012. The Hunt estará nos cinemas portugueses a partir do dia 7 de Março, Mud (o novo filme de Jeff Nichols, realizador de Take Shelter) ainda não tem data de estreia para Portugal.






























quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

[Trailer] INSIDE LLEWYN DAVIS, dos irmãos Coen


Foi hoje divulgado o primeiro trailer do novo filme dos Irmãos Coen. Chama-se Inside Llewyn Davis e é baseado no livro de memórias de Dave Van Ronk "The Mayor of MacDougal Street". Conta com a participação de Oscar Isaac (no papel de Llewyn Davis), Carey Mulligan, Justin Timberlake, Garrett Hedlund, John Goodman, F. Murray Abraham e Adam Driver. Deverá ter estreia mundial na edição de 2013 do Festival de Cannes.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

MOONRISE KINGDOM (2012)



Ando há semanas para vos falar de Moonrise Kingdom. Mas a falta de tempo para, com calma e prazer, vos escrever sobre este delicioso filme, têm afastado esta crítica do Dial P for Popcorn. A mais recente referência que o Jorge fez ao filme aqui no blogue foi o empurrão que me faltava. Em primeiro lugar, dispo-me de fanatismos e créditos, e como humilde espectador de cinema, digo-vos que Moonrise Kingdom foi o primeiro filme de Wes Anderson que tive o prazer de ver. Não tinha noção do pedaço de génio que este rapaz é, confesso. Mas com Moonrise Kingdom, conseguiu convencer-me. Wes Anderson é grande. E daqui a uns anos vai ser enorme. E, com sorte, no final da sua carreira, vai ser imortal.


Começa pela forma como utiliza câmara de filmar. A fotografia de Moonrise Kingdom é uma delícia. Indescritível, charmosa, elegante. A característica do filme que mais me empolgou. Um argumento muito bem escrito, que se percebe, foi tranquilamente amadurecido, conta-nos uma história de um amor proibido, quando a tenra idade ainda justifica actos impulsivos e inconsequentes. A paixão obsessiva que une estes dois jovens é a força motriz de toda a acção. Sam é um rapaz ostracizado pelo seu grupo de escuteiros, que se apaixona por Suzy ao primeiro olhar. Suzy, uma rapariga incompreendida dentro de uma família disforme, aceita o convite de Sam e, juntos, decidem partir para, longe de complexos, julgamentos e preconceitos, viverem de forma intensa o amor que os une.


Nesta história de amor, Wes Anderson consegue colocar Bruce Willis e a Edward Norton em personagens que, não sendo de uma exigência técnica extrema, conseguem ser marcantes nas suas longas carreiras. E percebe-se facilmente a influência do realizador na forma harmoniosa como as suas personagens encaixam no elenco infantil. Moonrise Kingdom é um presente que Wes Anderson embrulha com requinte antes de o entregar ao espectador. Tem o potencial para se transformar, dentro de alguns anos, numa obra de culto. Aceitam apostas?

Nota Final:
A-


Trailer:



Informação Adicional:
Realização: Wes Anderson
Argumento: Wes Anderson
Ano: 2012
Duração: 94 minutos

sábado, 19 de janeiro de 2013

THE PAPERBOY (2012)



Estreou em Portugal na última semana de 2012, depois de uma muito badalada estreia mundial na edição de 2012 do Festival de Cannes. The Paperboy, com o brilhante título português "Um Rapaz do Sul", é fogo de vista. Uma capa. Um conjunto de nomes que luzem, mas que não são ouro. Mas tudo isto se explica se olharmos para o homem que decidiu pegar e adaptar o bem sucedido livro de Peter Dexter. Ele mesmo, Lee Daniels, o homem por detrás daquela nódoa negra do cinema chamada Precious. The Paperboy não é tão mau quanto o foi Precious (fazer pior seria crime), mas é dos filmes mais insípidos e incompetentes de 2012.


Paperboy é um filme sobre uma amarga história de amor. Fiquei com curiosidade de pegar no livro, pois acredito que, por detrás deste mau filme, está um livro com conteúdo e interesse. Ward (Matthew McConaughey) é jornalista do Miami Times e decide investigar o assassínio de um famoso polícia na sua terra natal. Determinado a provar a inocência de Hillary Van Wetter (John Cusack), o seu regresso a casa coloca Charlotte Bless (Nicole Kidman) na vida de Jack (Zac Efron), o seu irreverente irmão mais novo, que rapidamente se envolve na investigação de Ward para se aproximar desta mulher fatal.


A história é interessante e, até, rebuscada. Trabalho de Peter Dexter, só. Os erros de Lee Daniels começam logo pela escolha do protagonista. Zac Efron não passa de um azeitolas de olhos azuis. E se o objectivo era fazer dele um b-side de Robert Pattinson (demonstrar que, também Zac, é mais do que um sex symbol das miúdas apaixonadas por posters de parede), mais valia ter ficado quieto. Foi mau para ele. Foi mau para Zac Efron. E foi péssimo para Nicole Kidman, que se viu enrolada no meio desta confusão de ideias e intenções, pior que uma barata tonta, a desfilar vestidos XXS e perucas ressequidas. Salva-se um homem, no meio deste naufrágio. John Cusack. Um papel interessantíssimo enquanto vilão (surpreendentemente bom, inesperadamente refrescante), que traz qualidade, intensidade e acção, a um filme que se arrasta forçado ao longo de todas as cenas. Há ainda um satisfatório Matthew McConaughey (do qual não sou especial adepto) e uma banda sonora consistente e apropriada. E é tudo.



Nota Final: 
C-


Trailer:



Informação Adicional:
Realização: Lee Daniels
Argumento: Peter Dexter
Duração: 107 minutos
Ano: 2012

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

AMOUR (2012)




Atrevo-me a dizer-vos que, enquanto Michael Haneke produzir cinema, arrisca-se seriamente a conseguir títulos, honras e unânime reconhecimento por esse mundo fora. Onde o cinema chegar, a magia de Haneke vai chegar. Amour é a prova viva de que com dois acordes se faz uma canção de amor intemporal. É a prova viva de que com poucas palavras se consegue escrever uma obra-prima. Amour é a prova de que o verdadeiro amor tem pouco a justificar. É intrínseco e naturalmente perceptível por um público suficientemente maduro para o entender. Amour é uma jogada de Haneke que tem tanto de irreverente quanto de clássico.


Uma paradoxo baseado num eterno e profundo amor. Esta é a premissa do filme premiado com a Palma de Ouro de Cannes em 2012 (a segunda para a Haneke nas últimas quatro edições do festival). Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são um casal octogenário que desfruta do prazer dos últimos anos de vida. Na Paris que nos habitou romântica e cultural, são um casal feliz com aquilo que a vida lhes deu. Tudo parece belo e idílico, até que um trágico acontecimento abala a homeostasia do casal. Anne sofre um acidente vascular cerebral que lhe paralisa metade do corpo e que a atira, de forma brutal e impiedosa, para a dependência do marido. A partir deste momento, que marca um volte-face em todo o filme, assistimos ao dia-a-dia de um casal que luta por se manter à tona da água. Assistimos à luta diária, estóica e silenciosa, de um homem a quem roubaram a felicidade e a companhia de uma vida. Assistimos à luta diária, estóica e dolorosa, de uma mulher atraiçoada pelo destino. 


Com uma brutal interpretação por parte dos dois protagonistas (em especial de Emmanuelle, com uma personagem assombrosa), todo o filme se passa num acolhedor e familiar apartamento parisiense, onde não se sente o realizador, onde o espectador faz parte da própria arquitectura do espaço físico do filme, vivendo e percebendo a história na primeira pessoa. É um dos melhores filmes deste ano. E (mais uma vez) a prova de que, na Europa, não há ninguém ao nível de Michael Haneke.

Nota Final: 
A


Trailer:



Informação Adicional:
Realização: Michael Haneke.
Argumento: Michael Haneke.
Ano: 2012
Duração: 127 minutos

domingo, 27 de maio de 2012

CANNES 2012 - OS VENCEDORES


Michael Haneke vence a sua SEGUNDA Palma de Ouro em quatro anos (em 2009 venceu com O LAÇO BRANCO), desta feita com o filme AMOUR. Aqui fica o video da entrega do Grande Prémio do Festival de Cannes 2012. Aqui fica a lista dos vencedores da edição deste ano:




Palma de Ouro para Melhor Longa-Metragem
Amour, de Michael Haneke


Grande Prémio
Reality, de Matteo Garrone


Prémio do Júri
The Angels' Share, de Ken Loach


Caméra d'Or
Beasts of the Southern Wild, de Benh Zeitlin


Melhor Realizador
Carlos Reygadas por Post Tenebras Lux


Melhor Actor
Mads Mikkelsen (The Hunt)


Melhor Actriz
Cosmina Stratan e Cristina Flutur (Beyond the Hills)


Melhor Argumento
Beyond the Hills, de Cristian Mungiu


Palma de Ouro para Melhor Curta-Metragem
Sessiz-be deng, de L. Rezan Yesilbas



domingo, 13 de maio de 2012

Antevisão: 65.º FESTIVAL DE CANNES




E chega o momento alto do meu ano cinematográfico. O mais prestigiado festival de cinema do Planeta, onde aparecem estreias exclusivas, onde todos desejam estar e cujo reconhecimento popular apenas perde, injustamente, para os prémios da Academia Americana, apresenta este ano um promissor, luxuoso e consistente cartaz.


Começo pelo júri. O presidente será o peculiar Nanni Moretti, prestigiado realizador italiano, com nome feito no festival, vencedor em 2001 de uma Palma de Ouro (com o filme La stanza del figlio) e que contará, no seu grupo de jurados, com nomes como o do respeitável realizador Alexander Payne (Sideways, The Descendents, About Schmidt), dos actores Ewan McGregor, Diane Kruger, Hiam Abbass e Emmanuelle Devos e, ainda, do estilista Jean-Paul Gaultier.


Para não me dispersar, e porque não quero dar um passo maior do que a minha perna, como amador cinéfilo que sou, vou fazer uma breve análise sobre os principais nomes em concurso para o principal prémio do festival: A Palma de Ouro. É um ano rico. 2012 será um óptimo ano cinematográfico. Com um surpreendente número de candidatos americanos e com quatro antigos vencedores da Palma de Ouro (Haneke, Kiarostami, Loache e Mungiu), poderemos contar com uma luta saudável e renhida. O Cinema Português estará, este ano, timidamente representado pela actriz Rita Blanco, que participa em Amour, de Michael Haneke e pelo produtor Paulo Branco, um dos responsáveis pelos filme Cosmopolis, de David Cronenberg


Dos principais nomes em competição, vou salientar alguns. Alguns que, acredito, não nos irão defraudar. Cannes tem, de diferente, o facto de se enganar poucas vezes. De ser, menos vezes, injusto para com os seus premiados. Quem vence em Cannes, habitualmente, vence bem, vence com justiça. Não arrisco um vencedor. Porque não tenho competência para tal, e porque não me apetece atirar um nome ao ar. Mas há filmes muito bons a estrear nesta edição. Começo por destacar os antigos vencedores. Michael Haneke (vencedor com  a obra-prima The White Ribbon) apresentará AmourAbbas Kiarostami o filme Like Someone in LoveKen Loach leva a concurso The Angels' ShareCristian Mungiu (vencedor com o brilhante 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias) apresentará Dupa Dealuri.


Entre os realizadores americanos, há grandes nomes a concurso. Cosmopolis, de David Cronenberg, naquele que poderá ser o trampolim de lançamento de Robert Pattinson para a categoria dos actores respeitados, desejados e reconhecidos, é uma das mais aguardadas estreias. O regresso de Wes Anderson  (The Royal Tenenbaums, Rushmore) traz-nos Moonrise Kingdom (o filme de abertura), com um elenco de luxo (Norton, Willis, Murray, Swinton) e cujas expectativas são estrondosas é, sem dúvidas, um dos favoritos a vencer a Palma dourada. O brasileiro Walter Salles (Central do Brasil, Diarios de Motocicleta, Linha de Passe) apresenta uma das sensações de 2012, um relaxado, juvenil e irreverente On The Road, que será garantidamente um dos sucessos de bilheteira deste ano. John Hillcoat leva a concurso outro filme carregado de grandes actores. Tom Hardy, Gary Oldman, Guy PearceJessica Chastain dão corpo a Lawless (um dos filmes que mais desejo ver, de entre este pote de luxuosas estreias).


Depois de Gomorra, que lhe valeu o Grande Prémio do Júri de Cannes, Matteo Garrone regressa a Cannes com Reality, também ele a concurso na categoria da Palma de Ouro. Com um os melhores filmes de 2011, Take Shelter, o realizador Jeff Nichols apresentará novamente um fortíssimo nome, Mud, que, pelas primeiras impressões, me deixa antever um filme igualmente poderoso e marcante. Killing Them Softly, sobre o qual já deixei aqui as primeiras imagens, também estará a concurso. Jacques Audiard, com De rouille et d'os, leva a concurso uma dupla de actores fantástica (Marion Cotillard e Matthias Schoenaerts) e arrisca-se seriamente a vencer o prémio, com um filme que já espalha classe num assombroso trailer. Thomas Vinterberg (The Hunt), Yousry Nasrallah (Baad el Mawkeaa), Sang-soo Hong (Da-reun na-ra-e-suh), Sang-soo Im (Do-nui mat), Leos Carax (Holy Motors), Ulrich Seidl (Paradies: Liebe), Carlos Reygadas (Post Tenebras Lux), Sergei Loznitsa (V tumane), Lee Daniels (The Paperboy) e o veteraníssimo Alain Resnais, com Vous n'avez encore rien vu, encerram a lista de filmes em competição na Edição 65 do Festival de Cannes.


Entre 16 e 27 de Maio de 2012, a capital do Cinema estará em Cannes. E nós, amantes da sétima arte, estaremos atentos aos resultados, reacções e, principalmente, aos vencedores, da mais prestigiada das festas do Cinema.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Antevisão de KILLING THEM SOFTLY, de Andrew Dominik

Chegaram as primeiras imagens de Killing Them Softly, do realizador Andrew Dominik (Realizador de The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford), no qual Brad Pitt se apresenta como estrela principal de um filme sobre homens de barba rija. Do pouco que este clip nos deixa ver, fico na expectativa de um filme duro, cruel e intenso, onde a acção será tema central. Com estreia marcada para a próxima edição do Festival de Cannes, a partir dessa altura começaremos a ouvir as primeiras reacções ao mais recente filme de Dominik.




domingo, 22 de maio de 2011

Cannes 2011 - PALME D'OR e outros prémios



E o grande vencedor do Festival de Cannes de 2011 foi: "The Tree of Life", de Terrence Malick.

Outros prémios:

Grande Prémio do Júri: (ex-aequo) LE GAMIN AU VÉLO (d. irmãos Dardenne) e ONCE UPON A TIME IN ANATOLIA (d. Ceylan)
Melhor Realizador: Nicolas Winding Refn / DRIVE
Melhor Actor: Jean Dujardin / THE ARTIST
Melhor Actriz: Kirsten Dunst / MELANCHOLIA
Melhor Argumento: FOOTNOTE (d. Cedar)
Prémio do Júri: POLISSE (d. Maïwenn)
Caméra d'Or: LES ACACIAS (d. Giorgelli)
Palme d'Or para Curta-Metragem: CROSS (d. Vroda)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

LOONG BOONMEE RALEUK CHAT (2010)


Loong Boonmee raleuk chat, vencedor da Palma de Ouro da última edição do Festival de Cannes, é um dos filmes mais estranhos e bizarros que alguma vez vi. Tudo bem que homens-macaco, espíritos a fazerem diálises peritoneais e, possivelmente o ponto alto do filme, uma mulher a ser penetrada por um peixe, certamente representam metáforas de algo grandioso. No entanto, a minha imaginação tem limites e eu não consegui perceber qual era o interesse daquilo que acabei de ver.


O filme conta a história dos últimos dias de Boonmee (Thanapat Saisaymar), um homem na casa dos cinquenta anos, com uma insuficiência renal grave, que lhe limita a actividade e a saúde. Cedo, no filme, Boonmee percebe que os seus dias estão contados e a morte se aproxima. Para o acompanharem na sua jornada final, e aqui é que a "festa" começa, a sua falecida mulher Huay aparece subitamente, vinda do mundo dos espíritos e, juntamente com a sua irmã Jen e o seu sobrinho Thong, partilham um jantar e memórias do passado. É aí que aparece mais uma das surpresas de Apichatpong Weerasethakul: Boonsong, filho de Boonmee, que desaparecera aquando da morte da mãe e, regressa agora, transformado em homem-macaco e atraído pela sensação de morte que o pai libertava.


E no meio desta história, temos uma pequena referência a uma princesa desfigurada, Wallapa Mongkolprasert, que deseja uma imagem bonita e atraente. A sua vontade leva-a a criar ilusões de beleza num lago, de onde uma voz sai e a atrai com palavras românticas e sedutoras. Mongkolprasert entrega-se ao lago e é então possuída por um peixe, com o qual faz amor, numa cena bastante peculiar...


De resto, fico por perceber o porquê da Palma de Ouro, que habitualmente premeia filmes de grande qualidade, ter orientado a escolha, no meu ignorante entender, para um filme cuja componente subjectiva se encontra ao nível de poucos (mas certamente brilhantes) iluminados. Eu nem sei que nota hei-de dar a isto. O conselho que vos deixo é: vejam o filme, retirem as vossas conclusões e, por fim, deixem-nos aqui a vossa opinião. Eu vou adorar saber o que têm a dizer sobre o filme!


Nota Final: C

Trailer:




Informação Adicional:
Realização: Apichatpong Weerasethakul
Argumento: Apichatpong Weerasethakul
Ano: 2010
Duração: 114 minutos.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

IN THE MOOD FOR LOVE (2000)


Criado por Kar Wai Wong (Wong Kar-Wai) (que conta no seu currículo com o (também) aclamado Chucking Express e 2046), In the Mood for Love ("Disponível para Amar") fala-nos de uma peculiar história de amor.

Estamos em Hong Kong, no ano de 1962. Mrs. Chan (Maggie Cheung) e Mr. Chow (Tony Leung Chiu Wai) tornam-se vizinhos por mera curiosidade. Ambos casados, ele jornalista e ela secretária, estabelecem um primeiro contacto no dia das mudanças. Somos logo aí confrontados com a primeira curiosidade deste filme: nunca durante todo o filme, Mr. Chan e Mrs. Chow (respectivos companheiros) mostram a cara. São sempre filmados de costas, como se cada um deles transportasse um segredo ou até mesmo dando-nos a ideia de que são demasiado insignificantes para sequer haver necessidade de se mostrarem e de o espectador os conhecer.

Mr. Chan, como atribulado homem de negócios que é, passa grande parte do seu tempo em viagem. Vemos em Mrs Chan uma mulher que, embora solitária e carente enfrenta os dias com uma ilusória alegria, que criou como forma de distracção à ausência do marido. Mr. Chow, um homem apaixonado pela sua mulher começa inesperadamente a ser relegado para 2.º plano por esta. As discussões começam e cedo Mrs. Chow abandona o marido e desaparece do filme.


É então que a nossa história de amor começa. Mr. Chow começa a reparar em Mrs. Chan sempre que regressa do trabalho. Esta, com frequência, sai à rua pela hora do jantar para comprar massa para a refeição. Aos poucos Chow e Chan vão-se aproximando, ganham intimidade e rapidamente se tornam bons companheiros. Ambos sozinhos, abandonados pelos respectivos cônjuges, com sentimentos de dor e solidão comuns, encontram entre si e na sua amizade o pronto-socorro que precisavam. Os dias tornam-se alegres para ambos.

Momento do Filme: Poderia falar-vos de vários. Quase todo o filme é marcado por grandes cenas e grandes momentos. São várias as sequências em que somos obrigados a rendermo-nos à genialidade e grandeza de Kar Wai Wong. No entanto, há uma cena que dificilmente esquecerei: O diálogo entre Mr. Chow e Mrs. Chan durante um jantar, em que ele elogia a mala dela e ela elogia a gravata dele, ambos confirmam as suspeitas que já tinham. Os seus companheiros estavam juntos e, desde há muito, os traíam.

In the Mood for Love é a história de um amor proibido, contada por um verdadeiro poeta dos cinemas. Não bastava a história ser incrivelmente brilhante, Wong juntou-lhe ainda uma banda sonora maravilhosa (da qual vos deixo aqui a música mais emblemática). Uma direcção digna de um A-, marcada por planos que engrandecem ainda mais a história que nos é contada. O argumento de In the Mood for Love é, só por si, muito bom (A-). No entanto, o toque pessoal de Wong fez com que ele nos fosse apresentado de uma forma única, tornando este filme, num dos pontos mais altos de sempre da história do cinema asiático.



Nota Final: A-

Trailer:

Informações Adicionais:Realização: Kar Wai Wong
Argumento: Kar Wai Wong
Ano: 2000
Duração: 93 minutos

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Trailer de "FAIR GAME" de Doug Liman


Foi lançado ontem na Internet o trailer do novo filme de Doug Liman, que recebeu boas críticas em Cannes e que ganhou imenso buzz para os seus dois protagonistas, Sean Penn e Naomi Watts (que se considera uma das mais fortes candidatas a uma nomeação para o Óscar de Melhor Actriz).


(ainda estamos à espera que saia o poster oficial, este é o de Cannes)

Deixo-vos o trailer de "FAIR GAME" abaixo:



Quanto à minha análise? Parece mais um thriller político como tantos outros e só mesmo com grandes interpretações é que consigo perceber as boas críticas que o filme teve em Cannes. Espero ser agradavelmente surpreendido mas parece-me todavia mais um parente pobre de "Michael Clayton" que se tornou, para mim, no filme a copiar do género.