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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Grandes Melodias do Ecrã (IV)


Inspirado pela mais recente edição do Ninho de Cucos do nosso caro Gustavo, a minha escolha de Grande Melodia do Ecrã desta semana é uma canção curiosíssima - nomeada (merecidamente) para o Óscar de Melhor Canção de 1999 - de um dos musicais mais arrojados e inovadores do cinema: "South Park: Bigger, Longer, Uncut", dos criadores da famosa série "South Park", Trey Parker e Matt Stone.

É fácil hoje em dia desprezar o trabalho que é feito por estes senhores (tal como Seth MacFarlane ou Matt Groening, só para citar dois exemplos fáceis de associar) todas as semanas na televisão mas não são todos os que se podem gabar de ter no seu currículo uma nomeação aos Óscares, quatro Emmys (por "South Park") e um Grammy e quatro Tonys (por "The Book of Mormon"). Basicamente, só lhes falta o Óscar para vencer todos os principais troféus das grandes indústrias do entretenimento.

Cá vos deixo, então, com "Blame Canada":


domingo, 28 de outubro de 2012

Dêem à Amy Poehler todos os prémios


Extraordinária performance de uma personagem que ela ajudou a crescer e a transformar-se, todas as semanas, perante os nossos olhos, no pequeno ecrã. 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

"Homeland" - Temporada 2


É já no próximo domingo, dia 30 de Setembro, que regressa à televisão americana a série que arrecadou os principais prémios na categoria de Série de Drama da 64th Primetime Emmy Awards (Melhor Série de Drama, Melhor Actor Principal e Melhor Actriz Principal). Aqui fica o entusiasmante trailer da segunda temporada!

domingo, 23 de setembro de 2012

Falando de Emmys...

Like a pro. Quem não gosta da Parker Posey é louco.



(via The Film Experience)


Não faço previsões


Mais logo decorre a entrega dos Emmys, os prémios major da televisão americana (como o João já fez questão de relembrar) e para variar, este ano, não faço previsões. Não as faço porque, pela primeira vez desde que comecei a acompanhar atentamente, não vou seguir a cerimónia. 


Ao invés de fazer apostas, vou deixar cá cinco desejos para logo (não interessa se se realizam ou não):


"Mad Men" vence de novo e vira recordista de Emmys para Melhor Drama: olhem, eu sou um confesso admirador de todos os nomeados da categoria (menos "Downton Abbey", que segunda temporada desastrosa!) e até considerava dar o prémio a todos. "Breaking Bad" e "Homeland" são ferozes competidores, de facto, mas o drama de época de Matthew Weiner continua a ser do mais alto quilate de produção televisiva. A quinta temporada é capaz de ser a minha favorita, em pé de igualdade com a enorme terceira temporada e assim sendo não hesito em dar-lhe, mais uma vez, o título de melhor série da televisão norte-americana. Uma achega: "The Good Wife" devia estar entre estes nomeados. Enfim.


Amy Poehler vença algum dos prémios para o qual está nomeada: é assim, eu não sou muito de defender que se apele a factores externos para justificar uma vitória neste tipo de cerimónias, mas se há alguém que merece que se tenha um bocado de pena do que se passa na vida pessoal e se aproveite e se premeie essa pessoa com um troféu, é Amy Poehler. Isto porque na categoria de Melhor Actriz, não há uma concorrente melhor que ela. Sim, também gosto da Julia Louis-Dreyfus no "Veep", mas o episódio que submeteu foi o único em que achei que a usaram no máximo das suas capacidades. A Melissa McCarthy e a Tina Fey estão nas nomeadas para fazer figura (se bem que Tina tem um episódio excepcionalmente bom este ano, fosse para o ano e era ela que vencia, por ser a última temporada de "30 Rock"), a Edie Falco foi nomeada para premiar a melhoria substancial da série dela este ano e a Zooey tem mais anos para ganhar (a isto junta-se o facto que meia Hollywood - aliás, meio mundo - a acha irritante). Portanto resta a Lena Dunham. Pessoal, eu gosto muito de "Girls", é muito bem escrita e realizada, mas a Lena Dunham, apesar de competente, não é das melhores actrizes de sempre. Já na outra categoria a que vai a votos, Poehler só perde para Chris McKenna ("Community"), mas tendo em conta aparentemente que tem vindo a crescer um  movimento anti-"Modern Family" (mais um ano ou dois e a coisa começa a estalar) e um Emmy para "Community" seria quase um sinal do apocalipse, vá lá, se roubarem o Emmy à Amy para Melhor Actriz, ao menos dêem-lhe para Melhor Escrita.


Eu adoro o Jim Parsons, mas por favor não lhe dêem outro Emmy: é assim, o Jim Parsons é bestial e um excelente actor, mas o Sheldon Cooper este ano parecia ter quase saído de um cartoon, de tão estereotipado que é. Salvo um ou outro episódio com alguma profundidade emocional, o Sheldon só apareceu este ano para inúmeras punchlines e ser motivo de risota pelos seus pânicos e medos habituais. Numa categoria que tem o Larry David mais acessível de sempre, um Louis C.K. de luxo e uma estrela de cinema como Don Cheadle numa interpretação bastante curiosa em "House of Lies" (nem peguemos em Jon Cryer e Alec Baldwin), é um insulto que se dê um terceiro Emmy a Parsons (ele que roubou um Emmy a Carell o ano passado) por brincar com um tambor. No. way.


Finalmente, um prémio grande da indústria para Julianne Moore: é um escândalo que esta mulher não tenha um Globo de Ouro, um Óscar, um BAFTA e um SAG com o seu nome gravado por "Far From Heaven". Nem preciso de escrever mais, a sua Sarah Palin vai para a história como uma das grandes interpretações televisivas não só do ano, mas da década. Se a Nicole Kidman lhe rouba o Emmy (ou a Connie Britton, também) por uma interpretação tão hórrida como a dela no telefilme "Hemingway and Gellhorn", lamento dizer que a sanidade da Academia está por um fio.


Proibir mais vitórias de "Modern Family" nas categorias secundárias: olhem, eu gosto de "Modern Family". Não sou o maior defensor da série, é um facto, acho que a terceira temporada foi na maior parte das vezes intragável mas quando a comédia funciona, é do melhor que há em televisão. Dito isto: estou farto que a Academia ache que todos os actores têm que ser nomeados. Não fizeram isso com "Friends", por exemplo. Não fizeram isso com "Sex & the City", "Will & Grace", "Seinfeld", "Cheers"... e a lista continua. O último exemplo recente que me lembro desta situação é o de "Everybody Loves Raymond" e o de "Frasier", que passavam a vida a entupir categorias onde actores muito melhores caberiam. Por favor, quem me disser que a Patricia Heaton mereceu os dois Emmys e as mil nomeações que teve acima da Courteney Cox, por exemplo, que se atire para dentro de um poço e lá fique. Voltando a "Modern Family"... Gente, eu acho que  o Ty Burrell, a Julie Bowen e o Eric Stonestreet merecem ser nomeados. E mereceram as três nomeações e a vitória que conseguiram. A sério que acho. Mas os outros? São típicas nomeações por arrasto. Estou para ver quando vai acabar e que consequências isso tem. Por exemplo, se isto continua mais um ano e "Parks & Recreation" for cancelado para o ano, vamos ter uma das personagens mais extraordinárias da televisão actual - Ron Swanson - completamente ignorado pela Academia, que preferiu abrir umas vagas para mais uns tristes de "Modern Family" não se sentirem excluídos? Santa paciência! Por tudo isto, eu peço à Academia que se lembre de dar o prémio ao Max Greenfield (era tão lindo!) e à Kristen Wiig. Os dois merecem. Muito. E são as melhores interpretações das suas categorias. Provavelmente ganharão de novo Ty e Julie, o que para mim também está muito bem.


E vocês: que cinco desejos esperam ver cumpridos na noite de hoje? Alguma surpresa que prevêem?




64TH PRIMETIME EMMY AWARDS


É hoje o dia da cerimónia que distingue os melhores da televisão americana. 



E ele está preparado para vencer. #BreakingBad

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Moore. Harris. Kidman. Owen. HBO em 2012.

Vamos ter batalha aguerrida pelos Emmys na categoria de telefilme este ano, com a HBO a trazer-nos televisão prestigiante uma vez mais aos nossos ecrãs em 2012: 


Nicole Kidman e Clive Owen são Martha Gellhorn e Ernest Hemingway em "Hemingway & Gellhorn", realizado por Philip Kaufman. A eles se junta um elenco composto por Parker Posey, Robert Duvall, David Strathairn, Tony Shalhoub, Connie Nielsen e Molly Parker, entre outros.




Já Julianne Moore encarna Sarah Palin no novo telefilme de Jay Roach ("Recount"), "Game Change", que acompanha os altos e baixos da campanha eleitoral de 2008. Mas Julianne Moore não é a única grande estrela do elenco, pois em "Game Change" também participam nomes como Ed Harris (como o Senador John McCain), Woody Harrelson, Sarah Paulson, Ron Livingston e Peter MacNicol.



E não esqueçamos ainda isto, acabado de estrear na HBO:



Caso para dizer: a HBO mima-nos demais. E agora pergunto: quem das duas enormes actrizes vocês acreditam que leve o Emmy para casa, seguindo os passos de Kate Winslet?

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

[ACTUALIZADO] EMMY 2011: Previsões e Vencedores


 


Depois de sabermos os vencedores dos TCA (Television Critics Association) (aqui) e dos Critics' Choice Awards (aqui), dentro de meia hora vamos conhecer os vencedores dos Emmy Awards 2011 (isto uma semana depois dos vencedores dos Creative Arts' Emmys terem sido anunciados), numa cerimónia transmitida na FOX (em Portugal na Sony Entertainment) e apresentada por Jane Lynch.

Entre os vários apresentadores das categorias temos nomes como Julianna Margulies, Gwyneth Paltrow, Amy Poehler, Rob Lowe, Will Arnett, Drew Barrymore, Maria Bello, Hugh Laurie, William H. Macy, Zooey Deschanel, Bryan Cranston, entre outros (podem consultar a ordem de apresentação e a lista de apresentadores completa aqui; só um dos nomes não foi anunciado, sendo mantido como surpresa - corre o rumor que será Charlie Sheen).

Nos artigos anteriores falei das categorias principais; aqui deixo as minhas previsões para os prémios de hoje (ordenadas pela ordem de apresentação dos prémios). Ao longo da cerimónia vou assinalando o que acertei e o que errei.

Actor Secundário - Comédia:
Ty Burrell, "Modern Family"

Actriz Secundária - Comédia:
Jane Lynch, "Glee"
Julie Bowen, "Modern Family"

Realização - Comédia:
Steven Levitan, "Modern Family" - "See You Next Fall"
Michael A. Spiller, "Modern Family" - "Hallowe'en"

Escrita - Comédia:
 Steven Levitan e Jeff Richman, "Modern Family" - "Caught in the Act"

Actor - Comédia:
Steve Carell, "The Office"
(Jim Parsons, "The Big Bang Theory")

Actriz - Comédia:
Laura Linney, "The Big C"
Melissa McCarthy, "Mike & Molly"

Competição - Reality-TV:
"The Amazing Race"

Escrita - Variedades:
"The Colbert Report"
("The Daily Show with Jon Stewart")

Realização - Variedades:
"Saturday Night Live"

Série - Variedades:
"The Daily Show with Jon Stewart"

Escrita - Drama:
"Mad Men" - "The Suitcase"
"Friday Night Lights" - "Always"

Actriz Secundária - Drama:
Margo Martindale, "Justified"

Realização - Drama:
"Boardwalk Empire" - "Pilot"

Actor Secundário - Drama:
Peter Dinklage, "Game of Thrones"

Actor - Drama:
Jon Hamm, "Mad Men"
Kyle Chandler, "Friday Night Lights"

Actriz - Drama:
Julianna Margulies, "The Good Wife"

Escrita - Mini-Série:
"Mildred Pierce"
("Downton Abbey")

Actriz Secundária - Mini-Série:
Maggie Smith, "Downton Abbey"

Actor - Mini-Série:
Edgar Ramirez, "Carlos"
Barry Pepper, "The Kennedys"

Realização - Mini-Série:
"Mildred Pierce"
("Downton Abbey")

Actor Secundário - Mini-Série:
Guy Pearce, "Mildred Pierce"

Actriz - Mini-Série:
Kate Winslet, "Mildred Pierce"

Mini-Série:
"Mildred Pierce"
("Downton Abbey")

Série - Drama:
"Mad Men"

Série - Comédia:
"Modern Family"

Este ano não faço nenhum liveblog portanto se alguém quiser seguir as minhas opiniões na cerimónia podem seguir-me no Twitter aqui.



   

EMMY 2011: Actor e Actriz - Comédia


 

Melhor Actriz - Comédia


Edie Falco, "Nurse Jackie"
Tina Fey, "30 Rock"
Laura Linney, "The Big C"
Melissa McCarthy, "Mike & Molly"
Martha Plimpton, "Raising Hope"
Amy Poehler, "Parks & Recreation"

Quem ficou de fora: Embora não seja uma comédia, o trabalho de Toni Collette esta temporada foi superior ao de todas estas actrizes - se bem que devia ser premiado na categoria de drama, não aqui. Como o ano passado, as duas roubadas são Patricia Heaton ("The Middle") e Courteney Cox ("Cougar Town"). Se a primeira não me chateia, até porque tem três Emmys já, a segunda é de me trespassar o coração. Vinte anos a trabalhar na indústria, duas séries de sucesso (uma de imenso sucesso) e continua a ser das poucas grandes actrizes da televisão sem uma nomeação no seu currículo.

Quem devia ganhar:Amy Poehler,  que é absolutamente brilhante e inesquecível como Leslie Knope sem nunca chegar a ser insuportável, algo que o seu tipo de personagem tende a ser.

Quem vai ganhar: Não há sequer outra possibilidade (a haver seria um dos mais gigantescos upsets da história da Academia) além de Laura Linney que com o piloto da sua série apresenta a personagem, deixa-nos entrar nas suas emoções e na sua dor e permite-nos avaliar, em primeira mão, o seu enorme talento enquanto actriz. Se formos pelo episódio em si, seria Martha Plimpton ("Say Cheese") ou Amy Poehler ("Flu Season") a vencer. A nomeação de Edie Falco (escolheu "Rat Falls") e Tina Fey (optou por "Double Edged-Sword"), tendo em conta o seu pedigree na indústria, não surpreende ninguém, pois são comodidades tidas em muita consideração e finalmente um prémio curioso para Melissa McCarthy (escolheu "First Date"), esta nomeação, pelo high-profile que a actriz teve todo o Verão à custa da sua série, do seu papel em "Bridesmaids" e do facto de anunciar as nomeações deste ano. Tudo isto culminou na sua nomeação e eu, que me recordava com alegria dela em "Gilmore Girls", fico feliz.

Melhor Actor - Comédia:


Alec Baldwin, "30 Rock"
Louis C.K., "Louie"
Steve Carell, "The Office"
Johnny Galecki, "The Big Bang Theory"
Matt LeBlanc, "Episodes"
Jim Parsons, "The Big Bang Theory"

Quem ficou de fora: Não sei que mais tem Matthew Perry ("Mr. Sunshine") de fazer para voltar a se estabelecer na televisão. Similarmente, qual é o problema da Academia com Jeff McHale? E só mais uma coisa: Matt LeBlanc? A sério? E Stephen Mangan, o verdadeiro protagonista da série, mil vezes melhor? Não? Já nem falo de Zachary Levi ("Chuck")...

Quem devia ganhar: Jim Parsons ou Louis C.K., os únicos verdadeiros comediantes da categoria. Se formos pelo episódio e mesmo até pela temporada, eu diria que Steve Carell merece ganhar.

Quem vai ganhar: Desde o momento que Steve Carell anunciou o seu fim em "The Office" e submeteu para avaliação "Goodbye, Michael" que o Emmy é dele.

EMMY 2011: Melhor Série - Comédia

 

MELHOR SÉRIE - COMÉDIA

THE BIG BANG THEORY
GLEE
MODERN FAMILY
THE OFFICE
PARKS & RECREATION
30 ROCK

Uma categoria sem grande história esta, com os regressos (todos esperados) de "30 Rock", que continua uma das séries favoritas da indústria, com 13 nomeações para a sua quinta temporada, "Modern Family" que é a nova coqueluche, premiada o ano passado com o Emmy de Melhor Comédia e este ano aumentou o seu total de nomeações para 17, o que só pode significar maior aprovação para a comédia que este ano levou com algumas críticas mas que continuou quase tão engraçada como na primeira temporada, "The Office", que está aqui, muito provavelmente, pela ainda grande fidelidade que a Academia tem a Greg Daniels e a Steve Carell, que está a despedir-se da televisão, para já e finalmente "Glee", que se tem tornado tão falada que até quase já mete impressão. A segunda temporada não foi assim tão boa, com altos e baixos, mas continua a não haver nada como a série em televisão e só por isso merece ser nomeada. A estas juntou-se finalmente (!) "Parks & Recreation", a melhor comédia em televisão hoje em dia e "The Big Bang Theory", que anda a ser prevista nesta categoria há três anos e só agora, à quinta tentativa, conseguiu ser nomeada. É, das seis, a série com mais seguidores, mais fãs e mais audiências.


Quem ficou de fora:
Acho que só "The Big C" se pode queixar de ter sido ignorado, porque esperava-se que conseguisse ser nomeado. "Nurse Jackie", nomeado o ano passado, também pode ter fãs queixosos. Já outros - fãs de "Community", "Cougar Town", "Chuck", "Raising Hope" ou "Bored to Death" - devem sentir-se felizes por conhecerem séries tão boas ou melhores até que a maioria dos nomeados e que a Academia teima em nomear. Os Emmys não são, no fim de contas, assim tão importantes.
Quem devia ganhar:
"Parks & Recreation", a melhor comédia na televisão.

Quem vai ganhar: 
Este ano é ainda mais certo que em 2010: "Modern Family" vai coleccionar mais uns troféus este ano.


Lista de episódios submetidos:

THE BIG BANG THEORY
"The Herb Garden Germination" e "The 21-Second Excitation"
"The Justice League Recombination" e "The Engagement Reaction "
"The Love Car Displacement" e "The Agreement Dissection"

GLEE
"Audition" e "Silly Love Songs"
"Original Song" e "The Substitute"
"Duets" e "Never Been Kissed"

MODERN FAMILY
"Old Wagon" e "Someone to Watch Over Lily"
"Mother's Day" e "Caught in the Act"
"Manny, Get Your Gun" e "The Kiss"

THE OFFICE
"Andy's Play" e "China"
"PDA" e "Threat Level Midnight"
"Garage Sale" e "Good-Bye Michael" 

PARKS AND RECREATION
"Flu Season" e "Ron and Tammy: Part Two
"Fancy Party" e "Harvest Festival"
"The Fight" e "Li'l Sebastian"

30 ROCK
"When It Rains, It Pours" e "Live Show (West Coast)"
"Reaganing" e "Double-Edged Sword"
"Operation Righteous Cowboy Lightning" e "TGS Hates Women"

domingo, 18 de setembro de 2011

EMMY 2011: Actor e Actriz - Drama


 

Melhor Actor - Drama:


Steve Buscemi, "Boardwalk Empire"
Kyle Chandler, "Friday Night Lights"
Michael C. Hall, "Dexter"
Jon Hamm, "Mad Men"
Hugh Laurie, "House, M.D."
Timothy Olyphant, "Justified"

Quem ficou de fora: Admitindo que realmente poderão haver fãs de Charlie Hunnam ("Sons of Anarchy"), Holt McCallany ("Lights Out"), Sean Bean ("Game of Thrones"), Peter Krause ("Parenthood") e Donal Logue ("Terriers"), penso que o único que se pode queixar verdadeiramente de ser excluído é Wendell Pierce ("Treme") - mas também, quem é que achava que ele ia mesmo ser nomeado? Ninguém que conheça a Academia, certamente.

Quem devia ganhar: Tendo em consideração que qualquer um destes que ganhar é merecido - e é a primeira vez, uma vez que Bryan Cranston, que este ano não está na corrida, venceu nos últimos três anos -, penso que Jon Hamm é o que tem o melhor episódio, a melhor interpretação e a melhor temporada.

Quem vai ganhar: Esta é uma corrida muito simples, porque desde sempre só teve dois vencedores possíveis: Jon Hamm ou Steve Buscemi. A segunda nomeação é prenda suficiente para Kyle Chandler (que escolheu "Always" para seu episódio), uma vez que embora ele seja impressionante no seu episódio, a Academia não o vai premiar sobre um dos dois favoritos mencionados acima. O mesmo se passa com Timothy Olyphant (escolheu "Reckoning"), que também é brilhante no seu episódio, mas que terá de se contentar com a nomeação, para já. Hugh Laurie e Michael C. Hall tinham ambos excelentes hipóteses de vencer, pois tinham os melhores episódios. Perderam de novo e este ano voltam à corrida pela sexta e quinta vez (Laurie com "After Hours" e Hall com "Teenage Wasteland") mas sem grandes possibilidades de vencer. Steve Buscemi tem como vantagem o facto de ser o estreante absoluto (Olyphant também conseguiu a primeira nomeação mas a sua série já existia o ano passado), de estar numa série da HBO, que conseguiu 17 nomeações além da sua e de ter vencido o SAG e o Globo de Ouro. Isto, como se sabe, vale de pouco nos Emmy - perguntem a Julianna Margulies, por exemplo - pois aqui os episódios é que contam. Buscemi é muito bom em "Return to Normalcy", é verdade, mas Jon Hamm bate todos em "The Suitcase", que devia ser exibido em toda e qualquer aula de representação. Ele e Moss são absolutamente perfeitos. E com isto... eu acho que vai ser Jon Hamm a vencer.


Melhor Actriz - Drama:


Kathy Bates, "Harry's Law"
Connie Britton, "Friday Night Lights"
Mireille Enos, "The Killing"
Mariska Hargitay, "Law & Order: Special Victims' Unit"
Julianna Margulies, "The Good Wife"
Elizabeth Moss, "Mad Men"


Quem ficou de fora: Como sempre, Mariska Hargitay é de novo premiada pela sua mediocridade; felizmente, Kyra Sedgwick, depois de vencer, já não o foi mais (como eu havia previsto num artigo há dois anos, por esta mesma altura, em que disse que para ela deixar de ser sempre nomeada bastava ganhar uma vez). Com Hargitay vai passar-se o mesmo quando ela vencer para o ano quando abandonar de ver "L&O: SVU" (ela já tem uma vitória). Para o lugar de Glenn Close entrou outra estrela de Hollywood: Kathy Bates. Ao contrário de Close, Bates tem um programa péssimo. Mas tem David E. Kelley do seu lado. Enfim. De fora ninguém importante ficou - ou melhor, ninguém que eu esperasse que pudesse ser nomeado sem ser Sedgwick. Jennifer Beals ("The Chicago Code"), Melissa Leo ("Treme"), Emmy Rossum ("Shameless") e Anna Torv ("Fringe") mereciam todas a nomeação acima destas senhoras mas, como era óbvio, tal não sucedeu.
Quem devia ganhar: Julianna Margulies é de longe a actriz mais multifacetada e dotada deste grupo que, por azar, tem uma personagem que reage muito pouco. Quase tão pouco como Mireille Enos. Contudo, a haver um vencedor pelos episódios submetidos, esse seria Elizabeth Moss.

Quem vai ganhar: Uma corrida a três também aqui. Connie Britton ("Always") e Mariska Hargitay ("Rescue") são boas nos seus respectivos episódios mas não têm suporte da indústria para vencer. Mireille Enos foi inteligente ao escolher "Missing" como seu episódio, pois é o único da temporada inteira em que ela se abre mais, demonstrando profundidade emocional e intensidade dramática, que falta à sua personagem nos restantes episódios. É o 'cavalo negro' da categoria. Depois temos a incógnita Kathy Bates. O prestígio, o passado de vencedora de Óscar, o facto de estar numa série de David E. Kelley são pontos a favor. Contra ela está a baixíssima qualidade da série e a sua interpretação (em "Innocent Man"), por muito boa que seja, não aguenta a falta de qualidade do enredo. O ano passado Margulies perdeu o Emmy à custa da sua horrorosa escolha de episódio. Este ano pode acontecer o mesmo, uma vez que embora "In Sickness" seja melhor escolha que a de 2010 e neste episódio ela realmente demonstre tudo aquilo que compõe a sua personagem e tem algumas cenas de choro e de confronto épicas com o marido, Elizabeth Moss rebenta a escala com "The Suitcase", no qual ela e Jon Hamm não têm falhas. Se fosse pelo episódio, Moss vencia (há que notar, no entanto, que mesmo com um excelente episódio, Moss não tem garantia de vitória, pois o ano passado perdeu para Panjabi sendo a favorita e a que tinha melhor episódio). Se a Academia olhar de facto para as temporadas e para o buzz... O Emmy não irá fugir de novo a Julianna Margulies. Que é quem eu prevejo que vença.


P.S. - Coincidentemente, este artigo marca a nossa 500ª publicação cá no blogue. Que venham mais 500, é o que se quer.

EMMY 2011: Melhor Série - Drama

 

MELHOR SÉRIE - DRAMA
BOARDWALK EMPIRE
DEXTER
FRIDAY NIGHT LIGHTS
GAME OF THRONES
THE GOOD WIFE
MAD MEN


Bem sei que esta é a categoria que menos queixas devia suscitar, até porque não houve nenhuma exclusão de relevo, por muito que alguns se possam queixar da falta de "Sons of Anarchy", de "Treme" ou de "Justified". Felizmente, "The Killing" não conseguiu ser nomeado e "Game of Thrones" sim. Infelizmente, "Shameless" não conseguiu ser nomeado mas "Dexter" sim. Esta seria a minha única grande queixa quanto a este elenco. Elenco esse que é composto por "The Good Wife", que voltou a conseguir ser nomeado no meio de tanta série por cabo, tendo-se juntado a ela este ano "Friday Night Lights", que recebe esta nomeação como um belo prémio de despedida. "Mad Men" retorna para tentar o quarto triunfo consecutivo o que, a acontecer, fará da série recordista de troféus consecutivos e, além disso, igualará outras três séries com quatro triunfos, o recorde actual detido por "Hill Street Blues", "The West Wing" e "LA Law". Sem surpresa, "Boardwalk Empire" carimba também presença nesta categoria, sendo uma forte ameaça - talvez a mais forte - à vitória de "Mad Men". Mais surpreendentemente, "Game of Thrones" também consegue ser nomeado para Melhor Série - Drama, algo que deve ter deixado os seus fãs extasiados. Por acaso, eu temia que tal não fosse suceder, devido a algum preconceito das Academias (tanto para cinema como para televisão) quanto a géneros alternativos (ficção científica, terror, fantasia). Finalmente, a completar a categoria está "Dexter" que, mesmo com uma quinta temporada bem mais fraca que as anteriores, consegue a quarta nomeação consecutiva.


Quem ficou de fora: 
"Treme", "Shameless" e "Justified" mereciam uma oportunidade, mas quem iria ser arrumado?

Quem deve ganhar:
"Mad Men" é a óbvia escolha, com a sua quarta temporada a ser tão ou mais forte do que a anterior. Uma palavra aqui para "The Good Wife": se "Mad Men" triunfar este ano de novo, batendo "Boardwalk Empire", como se espera e se "The Good Wife" continuar em crescendo de qualidade, caberá à série da CBS - e não à da HBO - o privilégio de potencialmente ser quem vai quebrar a hegemonia de "Mad Men", num ano bem próximo. Ou então "Breaking Bad", de volta à corrida em 2012.
Quem vai ganhar:
"Boardwalk Empire" era o favorito em Dezembro e de facto limpou os Globos de Ouro e os SAG à custa desse buzz. Contudo, nesta altura, a série já está esquecida e o buzz já é quase inexistente, sendo que tudo dependerá da resposta aos episódios e aos nomes envolvidos na produção. É, ainda, um nome fortíssimo a ter em conta, mas parece-me que esta corrida vai cair para o lado da AMC outra vez, com "Mad Men" a triunfar pela quarta vez. Cuidado, ainda assim, com "The Good Wife".


Lista de episódios submetidos:

BOARDWALK EMPIRE
“Boardwalk Empire” e “Anastasia”
“Nights in Ballygran” e “Family Limitation”
"Paris Green” e “Return to Normalcy”

DEXTER
"Circle Us" e "Take It!"
"Teenage Wasteland" e "In the Beginning"
"Hop a Freighter" e "The Big One"

FRIDAY NIGHT LIGHTS
"Fracture" e "Gut Check"
"Don't Go" e "The March"
"Texas Whatever" e "Always"

GAME OF THRONES
“Winter is Coming” e “The Kingsroad”
“A Golden Crown” e “You Win or You Die”
“Baelor” e “Fire and Blood”

THE GOOD WIFE
"Double Jeopardy" e "VIP Treatment"
"Nine Hours" e"Real Deal"
"Great Firewall"e "In Sickness"

MAD MEN
"Public Relations" e "The Chrysanthemum and the Sword"
"Waldorf Stories" e "The Suitcase"
"The Beautiful Girls" e "Blowing Smoke"

EMMY 2011: Actriz Secundária - Comédia e Drama



Melhor Actriz Secundária - Drama:




Christine Baranski, "The Good Wife"
Michelle Forbes, "The Killing"
Christina Hendricks, "Mad Men"
Kelly MacDonald, "Boardwalk Empire"
Margo Martindale, "Justified"
Archie Panjabi, "The Good Wife"




Quem ficou de fora: Só por não se terem esquecido de Margo Martindale nem merecem que eu me queixe. Penso também que não houve nenhuma exclusão gritante, se bem que adeptos de "Treme" poderão queixar-se por Khandi Alexander, adeptos de "Southland" por Regina King, adeptos de "Parenthood" por Mae Whitman e Monica Potter e os fãs de "Game of Thrones" por Emilia Clarke e Maisie Williams. Sinceramente, a omissão que mais me incomoda é a de Kiernan Shipka ("Mad Men") porque apesar de eu amar Christina Hendricks de coração foi Shipka que mais adicionou à série esta temporada. Que prodígio esta actriz infantil.

Quem devia ganhar: Não há grande discussão a haver aqui, pois Margo Martindale e Archie Panjabi estão bem acima das restantes nomeadas. E mesmo entre as duas, a interpretação de Martindale é colossal demais para estar em competição com alguém. Foi a melhor performance do ano em qualquer categoria, masculina ou feminina.

Quem vai ganhar: Para mim, é uma clara luta a três. Penso que Hendricks (escolheu "The Summer Man"), mesmo tendo vencido o Critics' Choice este ano, vai ter que esperar mais algum tempo para triunfar nesta categoria. O mesmo terá que ser dito de Baranski (optou por "Silver Bullet") que a juntar ao pouco tempo de ecrã não tem muito a fazer quando a câmara se foca nela. Depois temos Forbes, finalmente nomeada ao fim de tantos anos de trabalho de qualidade em televisão, que escolheu o piloto de "The Killing". Numa categoria mais fraca - sem Martindale, portanto - seria uma ameaça a temer. Assim sendo... O rótulo de novidade vai inteirinho para Margo Martindale (seleccionou "Brother's Keeper") que consegue, com a sua interpretação da sinistra e mafiosa Mags Bennett, ser temerosa e temerária, vulnerável e implacável, tudo em simultâneo. Brilhante. Se Martindale não vencer, será Panjabi, em princípio, que coleccionará novo Emmy. Ninguém apostava nela o ano passado e ela venceu. Este ano, o caso é bem diferente, pois é ela a favorita e a sua escolha de episódio ("Getting Off") comprova-o. E depois temos o curioso caso de Kelly MacDonald que quando a sua série terminou em Novembro era a favorita a vencer. Até chegar Martindale. Ainda pode ganhar, até porque o seu episódio é excelente e beneficia-a imenso ("Family Limitation") e ela até é anterior vencedora mas eu diria que Martindale roubou o buzz que tinha.

Assim, Margo Martindale é a minha previsão, com Archie Panjabi bem perto como outsider para vencer.


Melhor Actriz Secundária - Comédia:


Julie Bowen, "Modern Family"
Jane Krakowski, "30 Rock"
Jane Lynch, "Glee"
Sofia Vergara, "Modern Family"
Betty White, "Hot in Cleveland"
Kristen Wiig, "Saturday Night Live"

Quem ficou de fora: Bem sei que era impossível excluir Betty White da lista e consigo encontrar razões para Krakowski (que eu adoro) e Wiig lá estarem também, mas alguém sinceramente acha que elas são das melhores actrizes secundárias de comédia em televisão? Ninguém vê "Cougar Town", "Parks & Recreation" e "Community"? E "The Big Bang Theory"? Tem mais de doze milhões de espectadores por episódio! Já nem falo de "Hung" ou até "Happy Endings" ou "Raising Hope". Ou até mesmo "Glee". Há gente de valor em "Glee", mais até que Chris Colfer! Enfim. Tão simples que era: Busy Philips, Aubrey Plaza, Alison Brie. E tudo mudava para melhor.

Quem devia ganhar: Uma coisa complicada de definir. Se me perguntam quem tem mais qualidade, eu diria Wiig ou Krakowski. Se me perguntam em termos de temporada, Sofia Vergara. Mas se formos pelo episódio, Julie Bowen. Que também teve uma óptima temporada. E por isso devia ganhar.

Quem vai ganhar: Tragicamente, teremos a interpretação menos cómica da categoria a levar o troféu. De novo. Por um episódio bem fraco. Falo, claro, de Jane Lynch. Se em "Funeral" lhe é permitido mostrar a sua qualidade como actriz dramática, Kristen Wiig decidiu dar uma ajuda e, ao submeter o episódio de "SNL" apresentado por Lynch, apresenta uma perspectiva totalmente diferente da actriz de "Glee", verdadeiramente divertida e enérgica. Além do mais, ela apresenta os Emmys este ano. Fácil de fazer cálculos, não é? Se ela não ganhar, Betty White - que era, até ao dia de hoje, a minha prevista vencedora - é quem vai coleccionar mais um troféu. White - de longe a melhor coisa que saiu de "Hot in Cleveland" - submeteu "Free Elka", onde ela envergonha a também anterior vencedora - e célebre actriz - Mary Tyler Moore. O 'cavalo negro' da categoria é Julie Bowen. Seria Sofia Vergara - se esta soubesse escolher episódios (voltou a optar, tal como fez em 2010, por um episódio em que a sua personagem não só é insuportável, mas também pouco cómica). Este ano, teve ainda a particularidade de com  o seu episódio ("Slow Down Your Neighbours") ajudar a colega Bowen a fazer boa figura, ela que já tinha impecavelmente escolhido "Strangers on a Treadmill" para avaliação pela Academia. De resto, não me parece que os quase cinco minutos de tempo de ecrã de Jane Krakowski em "Queen of Jordan" e a qualidade habitual de Wiig - que, indiscutivelmente, tem demasiado talento para esse medíocre programa - sejam ameaça à favorita, Jane Lynch.

EMMY 2011: Actor Secundário - Drama e Comédia



Com a cerimónia dos Emmys a ocorrer mais logo (1 da manhã no AXN/Sony Entertainment), vamos tentar abordar as principais categorias e fazer algumas previsões, tal como já fizemos há uma semana para as categorias de Actor e Actriz Convidado (acertei 3 em 4, falhando apenas Loretta Devine).


Primeiro vamos falar da categoria de Melhor Actor Secundário - Drama.


Andre Braugher, "Men of a Certain Age"
Josh Charles, "The Good Wife"
Alan Cumming, "The Good Wife"
Peter Dinklage, "Game of Thrones"
Walton Goggins, "Justified"
John Slattery, "Mad Men"


Quem ficou de fora: Uma lista de nomeados de respeito, todos merecedores da nomeação, sem dúvida. Ainda assim, não percebo como a Academia, que concede 17 nomeações a "Boardwalk Empire", entre elas duas nomeações para actores, não consiga encontrar lugar para Michael Shannon ou Michael Pitt. Também o elenco masculino de "Parenthood" poderia ter merecido aqui alguma menção - e quem diz "Parenthood" diz "Southland", "Treme", "Sons of Anarchy" ou mesmo "True Blood". Agora há duas omissões que não posso perdoar: é muito lindo nomear Mireille Enos para Melhor Actriz, mas será que a Academia não viu o óbvio - e por óbvio quero eu dizer Joel Kinnaman, que é de longe o melhor intérprete da série? A outra omissão que me choca até me custa mencionar, tal é o número gritante de pessoas que passa a vida a queixar-se disso. Contudo, realmente, não havia lugar para John Noble ("Fringe") mas há para Andre Braugher? Por favor.

Quem devia ganhar: De entre os nomeados, eu teria que dizer ou Walton Goggins que teve uma temporada fenomenal ou Alan Cumming, que aproveita todos os minutos de tempo de ecrã que tem em "The Good Wife" para roubar cenas a Chris Noth ou a Julianna Margulies.

Quem vai ganhar: Andre Braugher tinha melhores hipóteses de vencer pelo episódio do ano passado, é verdade, mas tendo em conta que a sua série acabou, que ele é muito querido na indústria e é um anterior vencedor e que no seu episódio ("Let the Sunshine In") ele é espectacular, não me surpreenderia se vencesse. A sua situação, aliás, relembra-me a de Kristen Chenoweth em 2008, quando venceu por "Pushing Daisies". Em ambos os casos, eram a grande nomeação das suas respectivas séries, que tinham sido canceladas - para ira de muitos fãs - no ano anterior. Depois de o ano passado ter sido injustamente esquecido, Josh Charles beneficiou da subida de qualidade da sua série para conseguir uma nomeação este ano. O seu episódio é o menos fabuloso de entre os nomeados ("Closing Arguments"), não pela sua qualidade (porque o episódio é muito bom), mas porque lhe dá muito pouco que fazer. Já Alan Cumming, por exemplo, tem um episódio que o beneficia imenso ("Silver Bullet"). Ele é claramente o grande bónus da série, transformando momentos de drama pesado de "The Good Wife" com alguns toques de humor e comédia nunca perdendo a intensidade dramática. Tem boas hipóteses de ganhar, embora eu pense que o mais provável é que perca para um dos três senhores seguintes. John Slattery foi o claro favorito à vitória o ano todo e tido como coisa certa. Matthew Weiner proporcionou-lhe o seu melhor episódio até à data ("Hands and Knees") e Slattery não desaponta. Ainda acredito na sua vitória, embora agora pense que fica a perder quando comparado com estes próximos dois senhores. Peter Dinklage ("Game of Thrones") é o 'cavalo negro' da categoria. Tivesse escolhido outro episódio e eu dar-lhe-ia a vitória de caras. Não que em "Baelor" ele não seja impressionante à mesma, porque é; contudo, não é um episódio em que ele exiba várias das qualidades que tornaram Tyrion Lannister tão querido e tão amado pelos fãs. Chegamos, pois, finalmente a Walton Goggins. Se houvesse alguma justiça, o seu tresloucado e irresponsável Boyd era de longe o vencedor. Ele tem o melhor episódio ("The I of the Storm") e o que me dá esperança, acima de tudo, numa vitória dele é o facto do largo apoio da Academia à segunda temporada da sua série. Veremos o que acontece nesta categoria bem imprevisível.

Sem certezas, aposto em Peter Dinklage mas qualquer um dos seis pode vencer.



Abordando agora a categoria de Melhor Actor Secundário - Comédia:


Ty Burrell, "Modern Family"
Chris Colfer, "Glee"
Jon Cryer, "Two and a Half Men"
Jesse Tyler Ferguson, "Modern Family"
Ed O'Neill, "Modern Family"
Eric Stonestreet, "Modern Family"


Quem ficou de fora: Não querendo bater no ceguinho, sinto-me quase insultado que a Academia tenha optado por não se decidir quanto a quem expulsar dos actores de "Modern Family" e nomeado todos. Mais Jon Cryer que só cá está porque teve que aturar Charlie Sheen e ameaças de desemprego. E Chris Colfer que não tem um minuto de comédia em todas as suas cenas do episódio escolhido. E magoa-me quando penso que nesta categoria podiam estar Peter Facinelli ("Nurse Jackie"), Garrett Dillahunt ("Raising Hope"), Ian Gomez, Brian van Holt e Josh Hopkins ("Cougar Town"), John Benjamin Hickey e Oliver Platt ("The Big C"), John Krasinski, Ed Helms e Rainn Wilson ("The Office"), Ted Danson e Zack Galifianakis ("Bored to Death"), Danny Pudi, Chevy Chase e Daniel Glover ("Community"), Josh Cooke e Kurt Fuller ("Better with You"), Neil Patrick Harris e Jason Segel ("How I Met Your Mother"), Simon Helberg e Kunal Nayyar ("The Big Bang Theory") e sobretudo Adam Scott, Aziz Ansari e Nick Offerman ("Parks & Recreation"). Aliás, a exclusão de Ron Swanson é das piores decisões da Academia desde que me lembro. O que me vale é que provavelmente  o próprio Swanson cuspiria no troféu. De qualquer forma, dá para ver o quão ridícula eu acho que é a composição desta categoria.

Quem devia ganhar: Ty Burrell. Não há sequer outra opção. Eric Stonestreet virou tão ou mais caricatura que Sue Sylvester (Jane Lynch) em "Glee", Ed O'Neill não tem piada e Jesse Tyler Ferguson tem os seus momentos. Que são muito poucos. O que não quer dizer que os três não sejam eficientes nos seus papéis, que são. Mas nenhum deles tem o talento de Burrell que para mim já o ano passado devia ter vencido. Para meu pesar, aposto que esta categoria vai rodar pelo elenco de "Modern Family", cada um vencendo num ano diferente.

Quem vai ganhar: Esta categoria é muito fácil de explicar. Ed O'Neill vence se a Academia achar que foi vergonhoso demais ter-se esquecido dele o ano passado, já depois de uma dezena de anos a ignorá-lo por "Married with Children" (o seu episódio escolhido, "The Kiss", pertence mais a todos do que a ele, logo não será por aí que ele há-de ganhar). Chris Colfer vence se a Academia ficar impressionada pelo seu talento vocal (em "Grilled Cheesus", não há um pingo da sua interpretação que seja engraçada, sendo até bastante pesarosa e deprimente com a sua personagem a preocupar-se com a morte do seu pai e, num dos melhores momentos da temporada da série, a cantar-lhe uma canção agarrando a sua mão) e pelo melodrama que imprime na série. Eric Stonestreet vence se Ty Burrell não conseguir vencer, tal como o ano passado. Stonestreet escolhe bem episódios (este ano escolheu "Mother's Day"), ao contrário de Burrell ("Good Cop, Bad Dog") o que lhe pode valer novo Emmy, caso a Academia não nutra o mesmo amor por Burrell que a maioria dos fãs da série sente. Jon Cryer não vai vencer, apesar de ser bastante impressionante no seu episódio, "The Immortal Mr. Billy Joel". Finalmente, Jesse Tyler Ferguson é, se formos a ver pelos episódios, o favorito a vencer (ele escolheu "Hallowe'en"), embora seja também o menos interessante dos seis personagens adultos da série.

Assim sendo, aposto que Ty Burrell ganha, uma vez que mesmo não tendo escolhido um bom episódio, surge em bom plano nos cinco episódios escolhidos pelos seus colegas, todos nomeados, o que o poderá beneficiar imenso. A minha dúvida reside só e apenas na distinta possibilidade de os quatro actores de "Modern Family" poderem repartir os votos e acabar por ser Chris Colfer a triunfar.


sábado, 10 de setembro de 2011

EMMY 2011: Melhores Actor e Actriz Convidados - Comédia



Com a cerimónia dos Emmy a ocorrer em breve (dia 18 de Setembro), chega a hora de eu abordar finalmente as principais categorias a prémio e discutir os méritos dos nomeados, de quem ficou de fora e quem terá maiores probabilidades de vencer.

As quatro categorias de hoje serão as de Actor e Actriz Convidado, Drama e Comédia. Decidi começar por estas pois os seus vencedores serão revelados já hoje nos Creative Arts Emmys. Depois de abordarmos as duas categorias dramáticas, é a vez das comédicas, começando por Melhor Actor Convidado - Comédia.



Will Arnett, "30 Rock"
Matt Damon, "30 Rock "
Idris Elba, "The Big C"
Zach Galifianakis, "Saturday Night Live"
Nathan Lane, "Modern Family"
Justin Timberlake, "Saturday Night Live"


Quem ficou de fora: Ninguém que eu considere gritante, mas sem dúvida que muitos terão ficado surpreendidos por ver Darren Criss ("Glee"), Will Forte e Cheyenne Jackson ("30 Rock") e outros diversos convidados de "Parks & Recreation" e "Modern Family" de fora, como por exemplo Adam Samberg e Matt Dillon.
Quem vai ganhar: A dúvida aqui é se a Academia considera ou não que Justin Timberlake já foi devidamente premiado com o Emmy de 2009 por também então ter apresentado o programa de variedades. Em teoria, ele é o candidato principal à vitória, com Galifianakis e Lane como outras grandes possibilidades. Ainda há que ter em conta que há uma estrela de cinema entre os nomeados (Matt Damon) que pode ser surpreendido com a vitória.

Quem devia ganhar: Esta é uma questão para a qual não tenho bem resposta. Eu vi o episódio de Zack Galifianakis e gostei, não vi o do Timberlake mas sei do que ele é capaz porque vi o de 2009. Parece-me a mim - que vou então descartar o Timberlake - que Nathan Lane é o mais forte competidor (mas não por este episódio, pela sua outra aparição em "Modern Family" na segunda temporada) e a seguir é Matt Damon.

Quem tem o melhor episódio: Idris Elba tem pouco com que trabalhar aqui, ainda para mais comparando com o que fez em "Luther", pela qual também está nomeado este ano. Em "Blue-Eyed Iris", Elba interpreta um homem que se envolve com Cathy e lhe permite perceber que não é uma relação fugaz que ela quer. Will Arnett ("30 Rock") já devia ter vencido antes mas tal não sucedeu. À sua terceira nomeação pelo seu Devon Banks, o imensamente popular actor foi dado pouco com que trabalhar em "Plan B", sendo de qualquer forma bastante divertido na sua interacção com Jack Donaghy (Alec Baldwin). Nathan Lane é propositadamente excêntrico e berrante e exagerado como Pepper, o amigo com uma personalidade bastante peculiar de Cameron e Mitchell. Em "Boys' Night", Lane tem o condão de ocupar o seu espaço e roubar a espaços a cena mas nunca dominando o episódio ou a comédia. É uma performance muito inteligente, ainda melhor na sua primeira aparição nesta temporada do que neste episódio escolhido. Quem tem o melhor episódio, para mim, é Matt Damon, que partilha a narrativa principal do episódio com Tina Fey (Liz Lemon), com quem o seu piloto Carol namora, em "Double-Edged Sword". À custa de uma avaria no motor, enquanto ele tenta acalmar os seus passageiros, ela origina uma espécie de motim, levando ambos a repensar a sua relação. Sendo ele um actor famoso e popular e sendo uma interpretação de qualidade inegável - ainda para mais num programa que mesmo cinco anos desde o seu início continua a merecer rasgados elogios da indústria - é fácil perceber como ele pode ganhar. Falando agora dos dois apresentadores do "Saturday Night Live"... No episódio de Zack Galifianakis, ele é divertido, engraçado, envolve-se bem nas piadas e nos sketches e mantém o pessoal entretido. Justin Timberlake tem a seu favor, além do episódio ser um sucesso (de audiências inclusive), mais duas nomeações para as suas duas músicas escritas por ele e Adam Samberg, o que é sinal que a Academia gostou mesmo do seu episódio. É o favorito à vitória.


Passemos agora à categoria de Melhor Actriz Convidada - Comédia. Quem sucederá a Betty White?



Elizabeth Banks, "30 Rock"
Kristin Chenoweth, "Glee"
Tina Fey, "Saturday Night Live"
Dot Marie Jones, "Glee"
Cloris Leachman, "Raising Hope"
Gwyneth Paltrow, "Glee"


Quem ficou de fora: Quatro nomes destacam-se na minha mente: Cynthia Nixon e Gabourey Sidibe ("The Big C"), principalmente porque as nomeações de Jones e Chenoweth são quase simpáticas demais para serem verdade e porque Idris Elba por muito menos conseguiu ser nomeado; Jennifer Aniston ("Cougar Town"), que obviamente apanhou o mesmo castigo que Courteney Cox e a restante malta da série, que não é de todo aquilo que a Academia aparentemente aprecia; e penso que não há desculpa para Parker Posey ("Parks & Recreation") ter sido esquecida. É um erro inquestionável da parte da Academia. Felizmente fugimos, este ano, a nomeações vindas do nada para Elaine Stricht, Queen Latifah e Susan Sarandon ("30 Rock"), Mary Tyler Moore ("Hot in Cleveland") ou Carol Burnett ("Glee") só porque são famosas. Mas Frances Conroy ("United States of Tara" e "How I Met Your Mother"), Jennifer Morrison ("How I Met Your Mother") e Celia Weston ("Modern Family") podiam ter tido uma palavra a dizer.

Quem devia ganhar: Sem qualquer dúvida, este prémio é de Cloris Leachman que transforma "Raising Hope" sempre que surge em cena, tal e qual Martha Plimpton. Diria Gwyneth Paltrow se ela se só tivesse aparecido aquela vez. A segunda participação na série é um desastre.

Quem vai ganhar: Tenho as minhas dúvidas que Cloris Leachman consiga roubar o ceptro a Gwyneth Paltrow, se bem que devia.

Quem tem o melhor episódio: Gwyneth Paltrow é contagiante e divertida e refrescante e energética em "The Substitute" o que, especialmente se quem votar não acompanhar a série, lhe garante quase de certeza a vitória. Não me lembro de ver Paltrow tão bem nalguma coisa como aqui - e a sua presença e carisma neste episódio fez-me lembrar a interpretação vencedora de Neil Patrick Harris o ano passado pela mesma série. Pena que tenha estragado este estado de graça com uma segunda participação horrorosa. Também em "Glee" mas no episódio "Rumours" surge Kristin Chenoweth, desta vez ainda com menos que fazer do que no episódio pelo qual foi nomeada o ano passado. Mesmo muito popular, é aquela que menos hipóteses tem de vencer. A outra nomeação por "Glee" - que quase parece por simpatia - é a de Dot-Marie Jones, que em "Never Been Kissed" nos permite desvendar um pouco mais por detrás da sua personagem, uma garota frágil e delicada debaixo de um exterior de aço. É honesta e é amigável e fácil de simpatizar com a sua treinadora, mas em termos de actuação não é nada de mais. Depois de ter sido injustamente esquecida o ano passado, é de ficar contente de ver Elizabeth Banks nomeada. A sua performance é engraçada e cheia de charme e, num ano mais favorável, ela poderia mesmo ter ganho. Com Alec Baldwin, compõem o outro fio narrativo do episódio "Double-Edged Sword", quando partem os dois para o Canadá e por acidente a sua filha nasce lá, para terror dos pais. Pela terceira vez que apresenta o "Saturday Night Live", Tina Fey já pouco apresenta de novo. O seu sketch de Sarah Palin teve piada, uma vez mais, mas não foi inovador. Assim sendo, não me parece plausível considerá-la como possibilidade. Assim sendo, só nos resta falar da outra grande competidora de peso e grande , Cloris Leachman. Vinte e duas nomeações no total e um recorde de oito vitórias - duas  nesta categoria por uma personagem igualmente louca e numa situação semelhante em dinâmica familiar em "Malcolm in the Middle" - Leachman nunca pode ser posta fora das contas. Embora o episódio que submeteu seja dos mais fracos da temporada ("Don't Vote for This Episode"), a sua interpretação é ainda assim verdadeiramente impressionante e se houver votantes que tenham acompanhado a série ou que tenham visto outros episódios submetidos para apreciação, as chances dela vencer são ainda maiores. Não sei se suficientemente altas para bater Paltrow, mas se há concorrente capaz de a vencer, é a octagenária Leachman.

E vocês, que pensam disto tudo?

EMMY 2011: Actor e Actriz Convidados - Drama



Com a cerimónia dos Emmy a ocorrer em breve (dia 18 de Setembro), chega a hora de eu abordar finalmente as principais categorias a prémio e discutir os méritos dos nomeados, de quem ficou de fora e quem terá maiores probabilidades de vencer.

As quatro categorias de hoje serão as de Actor e Actriz Convidado, Drama e Comédia. Decidi começar por estas pois os seus vencedores serão revelados já hoje nos Creative Arts Emmys. Começamos pela categoria de Melhor Actor Convidado - Drama.


Beau Bridges, "Brothers and Sisters"
Jeremy Davies, "Justified"
Bruce Dern, "Big Love"
Michael J. Fox, "The Good Wife"
Paul McCrane, "Harry's Law"
Robert Morse, "Mad Men"

Quem ficou de fora: Penso que não há grandes vítimas nesta categoria, se bem que considero que há razão para Scott Porter ("The Good Wife"), Joe Manganiello ("True Blood"), Michael Emerson ("Parenthood") e Johnny Lee Miller ("Dexter"), entre outros, para reclamar um lugar entre estes nomeados.

Quem vai ganhar:  Em teoria, o prémio seria de Michael J. Fox e provavelmente será ele quem vá ganhar, embora me pareça que Jeremy Davies e Paul McCrane possam também vencer, não sendo surpresa para ninguém. O único nome que riscaria desde logo da corrida é o de Robert Morse.

Quem tem o melhor episódio: "Brody" é um excelente episódio para Beau Bridges, que garantiu a sua quarta nomeação nas categorias de actor convidado nos últimos cinco anos. Tem muito tempo de ecrã, dá para nos apercebermos da sua personalidade extrovertida, carismática e confiante e a sua enorme química com Sally Field é por demais evidente. Jeremy Davies tem aquele que é, para mim o melhor episódio do grupo. Em "Reckoning", o seu personagem Dickie é perseguido e depois arrastado para o mato e capturado por Raylan, numa interpretação brilhante por parte de Davies. Éo o meu favorito pessoal à vitória, se bem que penso que não é quem vai vencer. Michael J. Fox é o óbvio candidato à vitória, com apenas um senão: ele não conseguiu vencer o ano passado nesta mesma categoria, com este mesmo papel, por um episódio bastante mais forte (também era impossível bater John Lithgow de qualquer forma) do que este "Real Deal". Ainda assim, o vencedor de três Emmy - um nesta categoria em 2009 por "Rescue Me" - não pode ser desprezado, mesmo com uma interpretação mais controlada e subtil do que é costume. Engraçado que Bruce Dern cá apareça quando em outros anos ele esteve tão mais forte e ainda por cima no episódio submetido é Grace Zabriskie, que interpreta a sua esposa, que rouba cenas. Ainda assim, o seu diálogo com o seu filho sobre a sua mulher em "D.I.V.O.R.C.E." é devastador. Depois de três nomeações em quatro anos, o Bert Cooper de Robert Morse abandona de vez a firma de publicidade de "Mad Men", numa das cenas mais tensas e excelentemente interpretadas do episódio. Contudo, em "Blowing Smoke", além desta cena, pouco mais tem Morse a fazer, o que exclui quase de imediato que ele tenha sequer qualquer hipótese de conseguir vencer. Finalmente, falemos do grande ponto de interrogação da categoria, Paul McCrane. É a melhor interpretação dos seis a par de Davies - em "With Friends Like These", o seu advogado despe-se em pleno tribunal em protesto quando o júri não concorda com o seu discurso - e ter a seu lado David E. Kelley, que já levou 34 actores de séries suas a vencer Emmys, ajuda imenso.

Quem devia ganhar: De entre estes nomeados, Jeremy Davies ou Michael J. Fox.


Agora falando de Melhor Actriz Convidada - Drama que, pelo primeiro ano desde que me lembro, não contém qualquer nomeada vinda da série "Law & Order: Special Victims' Unit", pela qual venceu o ano passado Ann-Margret.



Cara Buono, "Mad Men"
Joan Cusack, "Shameless"
Loretta Devine, "Grey's Anatomy"
Randee Heller, "Mad Men"
Mary McDonnell, "The Closer"
Julia Stiles, "Dexter"
Alfre Woodard, "True Blood"

Quem ficou de fora: Acho que Rebecca Creskoff ("Justified") tem razões de queixa noutras categorias além desta, bem como Mary-Beth Peil ("The Good Wife") e Anika Noni Rose ("The Good Wife") que podiam muito bem ter entrado no número elevado de nomeações que a sua série conseguiu. Também Gretchen Mol ("Boardwalk Empire") sai excluída sem eu perceber bem porquê.

Quem devia ganhar: Entre os nomeados, Joan Cusack e Julia Stiles são sem dúvida as duas favoritas e provavelmente será uma delas a vencer, daí que teremos sempre uma vitória merecida. A minha preferência pessoal vai para Joan Cusack.

Quem vai ganhar: É uma luta a duas entre Julia Stiles e Joan Cusack, o que quer dizer que a Showtime sairá sempre vitoriosa nesta categoria, a não ser que algo muito inesperado aconteça. À partida, Julia Stiles tem mais tempo de ecrã mas Joan Cusack tem o nome, a idade, a reverência e a interpretação necessárias para levar o prémio para casa.

Quem tem o melhor episódio: A interpretação mais consistente é a de Joan Cusack, que em "Frank Gallagher: Loving Husband, Devoted Father" se exibe a alto nível, quando a sua agorafóbica personagem fica de tomar conta de um bebé que foge para o jardim e que a obriga a medidas drásticas para o recuperar. É uma actuação impressionante, que só peca por não ser possível submeter outros episódios anteriores para explicar mais ao pormenor a complexidade da condição da personagem. Ainda assim, é a mulher a abater. E a única com grande possibilidade de o fazer é Julia Stiles, quase estreante nestas coisas da televisão, que se bate bem com Dexter Morgan (Michael C. Hall) nesta temporada de "Dexter". Em "In The Beginning", somos quase obrigados a abraçar a sua personagem, que se junta a Dexter para procurar um dos assassinos de que foi vítima. É um episódio bastante intenso e forte. Se há alguém que possa ser considerado o dark horse da categoria, é Loretta Devine. Ela, que se arrasta por "Grey's Anatomy" já lá vão muitos anos, teve este ano uma história de relativa importância na série, ao ser diagnosticada com Alzheimer. No seu episódio, "This Is How We Do It", a sua personagem é confrontada com a notícia e atravessa um espectro largo de emoções, da raiva à aceitação, pondo tudo em causa. Uma vez que Kate Burton, duplamente nomeada por uma narrativa semelhante na mesma série há alguns anos atrás, nunca venceu, também me parece difícil acreditar que será Devine a vencer. Em "Chinese Wall", Faye Miller (a personagem de Cara Buono), apaixonada por Don Draper, decide contar-lhe alguns segredos para o poder ajudar no negócio, pensando ingenuamente tratar-se de um gesto para com quem ama. Mais tarde, a sua ira é incandescente, irrompendo pelo gabinete de Draper e respondendo-lhe à medida quando descobre a sua traição. É o melhor episódio dos seis, mas o seu tempo de ecrã é tão escasso que não me parece que ela tenha qualquer hipótese. Mary McDonnell pouco faz também no seu episódio, "Help Wanted", em que ela entrevista e selecciona candidatos para um cargo policial. Já que falamos em tempo de ecrã, é altura de abordar Alfre Woodard, nomeada por dois ou três minutos de aparição em "True Blood". A actriz faz, todavia, esses poucos minutos contar, quando na sua cena ela agride o seu filho física, verbal e psicologicamente. Finalmente, falta falar de Randee Heller, que conseguiu o impensável: uma nomeação para a sua formidável - e inolvidável - Miss Blankenship, uma favorita do público, que perece no seu episódio "The Beautiful Girls", deixando Draper e a sua equipa a discutir a melhor forma de se ver livre dela sem que nenhum cliente se aperceba.

E vocês, que acham?