Mais uma personagem de Stanley Kubrick. Mais uma personagem mítica e eterna do cinema. Mais um grande actor, sobre o qual Kubrick conseguiu espremer todo o rendimento possível.
Dr. Strangelove é um dos melhores (senão mesmo o melhor) papel de Peter Sellers (que no mesmo filme faz também de Capitão Lionel Mandrake e de Presidente Merkin Muffley), que ao encarnar o papel de um ex-nazi, um cientista louco confinado a uma cadeira de rodas representa uma enormíssima crítica negra feita à evolução bélica e ao aparecimento do novo mundo das armas nucleares.

Infelizmente, nem Kubrick, nem Sellers nem Dr. Strangelove conseguiram passar das nomeações (Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Actor e Melhor Argumento Adaptado) nos Óscares de 1965. No entanto, a grandeza do filme ultrapassou a injustiça e ficou para sempre na história do cinema. Dr. Strangelove é hoje olhado como um filme de culto, sobre o qual tenciono falar-vos em breve.