Depois de "Pineapple Express", David Gordon Green parecia ter perdido o jeito. Ainda bem que não é esse o caso e as críticas fantásticas deste "Prince Avalanche" o põem no topo dos meus filmes imperdíveis deste ano. Ainda para mais quando tanto Paul Rudd como Emile Hirsch andam a precisar de novo êxito... Mal posso esperar.
sábado, 27 de abril de 2013
domingo, 21 de abril de 2013
LOS AMANTES PASAJEROS (2013)
Publicada por
João Fonseca Neves
Pedro Almodóvar é um dos meus argumentistas de eleição. Depois da assombrosa história de "La piel que habito", de 2011, o realizador espanhol decidiu voltar ao seu estilo característico, que notabilizou o princípio da sua carreira como criador de comédias simples, de um estilo barato, brejeiro e invulgarmente popular. Ainda hoje "¿Qué he hecho yo para merecer esto!!", de 1984, e "Mujeres al borde de un ataque de nervios", de 1988, são duas das minhas comédias favoritas.
Mas em Los Amantes Pasajeros foi, talvez, longe demais. Não é fácil caricaturar rótulos, ainda para mais quando falamos de temas tão controversos como a homossexualidade, o sexo, as dependências e os tabus sociais. Meter tudo isto na classe executiva de um avião com destino à Cidade do México e, no final, construir um filme de sucesso, não era tarefa fácil. A reacção na sala de cinema foi positiva (felizmente o novo filme de Tom Cruise tem permitido algum sossego nas restantes salas de cinema) mas acredito que para alguns espectadores, Almodóvar tenha cometido alguns exageros. Eu próprio, que gostei bastante do filme, ao reflectir um pouco no final, penso que o tema da homossexualidade sai ligeiramente denegrido de um filme que, me parece, tinha como propósito libertar mentes e quebrar complexos, no mais informal Almodóvar dos últimos anos.
Num ambiente relaxado, com as caras mais conhecidas dos seus filmes, o espectador atento e interessado, há muito convencido pelo espanhol e disposto a entrar na brincadeira de Almodóvar, não dará pelo tempo passar. A viagem é rápida, divertida e animada. Tem, pelo meio, um minuto de filme verdadeiramente louco (onde a sala de cinema emudeceu perante o choque e a ousadia das cenas) e termina de forma alegre com um tema muito bem escolhido do mais recente álbum da banda inglesa Metronomy. Uma cartada de mestre, a deixar bem claro que, mesmo a brincar, Almodóvar sabe o que está a fazer.
Nota Final
B+
(8/10)
Trailer
Informação Adicional
Realização: Pedro Almodóvar
Argumento: Pedro Almodóvar
Ano: 2013
Duração: 90 minutos
sexta-feira, 12 de abril de 2013
THIS IS 40 (2012)
Publicada por
João Fonseca Neves
Nem só de bons filmes se faz um blogue de cinema, não é verdade? Neste caso, sinto-me na obrigação, no dever cívico, de avisar todos os que ainda acreditam em Judd Apatow e todos os que, não conhecendo nem se preocupando com quem é o individuo, apostam o seu tempo, o seu dinheiro e a sua disposição num filme de tão insultuosa categoria. Apatow foi chão que já deu uvas. E Nuno Markl, no seu característico estilo, atribuiu-lhe a alcunha de sucessor de Woody Allen. Tem razão, se estivermos a falar do Woody Allen de You Will Meet a Tall Dark Stranger.
This is 40 é terrível. É péssimo. É muito muito muito mau. O objectivo? Fazer uma comédia baseada nos dramas de uma geração que, criada num mundo em transformação, progressivo e inovador, se aproxima da meia idade e começa a dar lugar a uma geração jovens, descomplexada e irreverente. O resultado? Uma história patética, pindérica, supérfula, materialista, numa família de novos ricos (aparentemente baseada na própria família de Apatow) que consegue, ainda, cometer um pecado capital de revelar, sem qualquer pudor ou respeito pelo espectador, um spoiler explícito do final da série Lost.
Os dramas da família de Apatow começam na falta de bateria do iPad. Não queira saber onde acabam.
Nota Final:
F
(0/10)
Trailer:
Informação Adicional:
Realização: Judd Apatow
Argumento: Judd Apatow
Ano: 2012
Duração: 134 minutos
domingo, 7 de abril de 2013
SIDE EFFECTS (2013)
Publicada por
João Fonseca Neves
Fui ao cinema depois de uma prolongada ausência. Mais voltado para os livros e com uma penosa seca cinematográfica até Outubro, confesso-me com pouca paciência para a 7.ª Arte. No entanto, com saudades da cadeira, da sala, do grande ecrã, obriguei-me a escolher um filme e arrastei-me até ao centro comercial sem grandes expectativas. Depois de Magic Mike, fiquei na dúvida se Steven Soderbergh ainda teria algo de refrescante para oferecer, algo que me recordasse estar a ver o novo filme do realizador do espectacular Traffic. O elenco atraiu-me. Bem, (e que a minha Rita me perdoe) Rooney Mara atraiu-me. Está ainda longe de tudo daquilo que nos vai mostrar (Millenium 1 foi obviamente brutal, mas acredito que conseguirá ainda melhor) e em Side Effects volta a demonstrar uma qualidade e uma consistência invulgares para a sua idade e para a sua experiência.
O argumento do filme é um belo pedaço de história. E uma ideia criativa, rebuscada e bem trabalhada. Começamos com um bem-vestido Jude Law, no papel o sofisticado e bem sucedido psiquiatra Jonathan Banks, que numa atarefada noite de trabalho, recebe na urgência do Hospital uma jovem com um traumatismo provocado por um insólito acidente. Emily Taylor (Rooney Mara) acabara de tentar suicidar-se ao embater propositadamente com o seu carro contra a parede de um estacionamento subterrâneo. Intrigado com a situação e interessado em rechear a sua carteira de clientes, Dr. Banks convida-a a visitar o seu consultório uns dias mais tarde.
Conhece então a sua história. Emily, já com um historial psiquiátrico de relevo (visitara, com frequência, a psiquiatra Victoria Siebert (Catherine Zeta-Jones) alguns anos antes), é uma jovem que vive um momento conturbado na sua vida. O seu marido tinha sido recentemente libertado de 4 anos de prisão e, a necessidade de se adaptar e de se reajustar à sua nova realidade depois de vários anos de saudade, solidão e dor, pareciam demasiado fortes, demasiado pesados para a sua bagagem. Aconselhado por Dr. Siebert, Dr. Banks prescreve a Emily um novo anti-depressivo, altamente publicitado e com francos e públicos sucessos. No entanto, tudo se altera quando Emily começa a manifestar alguns inesperados efeitos secundários que, num ápice, transformam a paradisíaca rotina de Jonathan Banks, num desesperante beco sem saída. Efervescente, surpreendente e muito bem construído, Side Effects é toda uma surpresa. Do princípio ao fim. Aconselho-o ao leitor.
Nota Final:
B
(7/10)
Trailer:
Informação Adicional:
Realização: Steven Soderbergh
Argumento: Scott Z. Burns
Ano: 2013
Duração: 106 minutos
David O. Russell, seu sacana!
Publicada por
Jorge Rodrigues
A questão aqui é mais: quem parece pior?
O novo filme de David O. Russell, sobre o polémico escândalo da Abscam nos anos 70, conta com Amy Adams, Jennifer Lawrence, Jeremy Renner, Bradley Cooper e Christian Bale nos principais papéis. E pelas fotos que têm sido avançadas na imprensa, a equipa de Maquilhagem e Cabelo já merecia o Óscar. Vejam lá as "beldades":
Uma linda permanente na cabeça do Bradley, aquele pomposo cabelo à tia da Jennifer, o ar de anúncio cabelos Pantene da Amy, o aspecto javadeiro do Christian e o ar de fotocópia de um dos Goodfellas do Jeremy. Imperdível.
Mais não seja, este filme vai ser qualquer coisa de extraordinário só pelo aspecto (apropriadamente) ridículo dos seus actores. Ah, anos 70...
sábado, 6 de abril de 2013
Depois da Separação, o Passado.
Publicada por
Jorge Rodrigues
Parece que desta vez há mesmo divórcio.
Bérénice Bejo e Tahar Rahim. A somar a Ashgar Farhadi ("About Elly", "A Separation"). Como perder?
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