Dial P for Popcorn: junho 2013

sábado, 29 de junho de 2013

Falemos da Pixar (uma vez mais)


Amanhã vou ver "Monsters University". Um frio peculiar sobe-me à espinha sempre que penso nisso - já assim foi com "Brave" - porque a Pixar já não é tão infalível como outrora. O que será que vou encontrar? As críticas já vão dando um indício - um bom filme, todas o dizem, não dos melhores da Pixar mas dos mais entretidos. Já o antecessor, "Monsters, Inc." o fora. E definitivamente muito melhor que "Cars" ou "Cars 2", o que chega para me deixar descansado. Veremos no que dá.

Entretanto, lembrei-me de desenterrar, agora que estão volvidos três anos (!) desde a estreia de "Toy Story 3" e, antes de acrescentar a nota de "Monsters University" (em 2010 decidi acrescentar "Toy Story 3" à lista; talvez não o devesse ter feito, porque acho que a visualização mais recente influenciou algumas posições na lista), aproveito para rever as escolhas de então e actualizar a lista com "Brave" e "Cars 2".

Em 2010, o melhor filme da Pixar para mim era "Wall-E", seguido pelo então acabadinho de estrear "Toy Story 3" (que infamemente foi batido por "How To Train Your Dragon" para melhor filme animado desse ano cá nos DAFA) e por "Finding Nemo" e "Ratatouille". "Up", para muitos o melhor filme da Pixar, era o meu quinto favorito, com "Monsters, Inc" logo atrás. Na cauda vinham os óbvios "Cars" e "A Bug's Life", largamente considerados dos piores do estúdio, acompanhados um pouco acima por "Toy Story 2" e "The Incredibles". 

Em 2013...


#13 CARS 2 (Lasseter, 2011) [em 2010: -]
#12 CARS (Lasseter, 2006) [11]

Sem sombra de dúvida os únicos filmes da Pixar sobre os quais só tenho quase coisas negativas a dizer. Por sinal, a sua franchise mais lucrativa (boys will be boys e gostarão sempre de carros). A sequela, por sinal, inspira em mim cada sentimento mais odioso...

#11 A BUG'S LIFE (Lasseter e Stanton, 1998) [10]

Mediocridade. Um bom avanço tecnológico para a altura e o primeiro filme Pixar a criar um microcosmos. Pouco mais que isso. 

#10 TOY STORY 2 (Lasseter, Unkrich e Brannon, 1999) [9]

Merecia mais, mas é da trilogia aquele que menos aprecio. Uma pena, porque para muitos é o favorito. Talvez deva tentar uma nova visualização, afinal já não o vejo há uns bons anos. De qualquer forma, para mim 1999 em animação resume-se a "The Iron Giant". Um dos grandes filmes animados de sempre. De sempre.


#9 BRAVE (Chapman e Andrews, 2012) [-]

Não percebo o ódio. É por a Pixar tentar um conto de fadas, uma especialidade mais adequada à casa mãe Disney? É por ser uma rapariga? É porque decidem passar um filme todo com duas personagens, duas mulheres, se bem que uma delas é um urso? Não entendo. Talvez o Pixar com o melhor e mais complexo protagonista.

#8 UP (Docter, 2009) [5]

E pensar que já achei este o melhor filme da Pixar... Mentira, nunca achei O melhor. Mas sempre esteve nos meus mais cotados. O problema é que retira-se a sequência de "Married Life" que serve de prelúdio à narrativa e o que temos? Um filme muito oco, desengonçado e que não sabe que mais fazer quando a história mais importante do filme foi contada nos primeiros dez minutos. De qualquer forma, muito mérito para o primeiro filme da Pixar a introduzir um protagonista de certa idade. Um risco curioso.

#7 TOY STORY (Lasseter, 1995) [7]

O primeiro. O que abriu a porta à revolução. O filme que mudou a face da animação. Merecia estar mais alto, possivelmente merecia até o primeiro lugar, mas o meu apego é maior aos seis "clientes" acima.


#6 THE INCREDIBLES (Bird, 2004) [8]

Fazer um filme de superherói melhor do que qualquer um que se consiga produzir com actores reais? Podem apostar. E o único Pixar do qual eu gostava de ver uma sequela. O Brad Bird é um enorme cineasta. Edna Mole anyone?

#5 TOY STORY 3 (Unkrich, 2010) [2]

O filme que fecha a trilogia com chave de ouro (uma tristeza que tenham logo ressuscitado as personagens para uma curta; nem um ano durou a retirada!). Era impossível pedir algo mais perfeito.

#4 MONSTERS, INC. (Docter, Unkrich e Silverman, 2001) [6]

Não estaria tão alto não fosse ter apanhado uma transmissão televisiva há pouco tempo. Por acaso fiquei a ver. Não me lembrava de gostar tanto do filme, dos seus temas, da sua simplicidade, da sua ternura e felicidade. É um feito gigante de entretenimento, uma criação muito original e um mundo tão incrível, peculiar e fascinante que nos apresenta. Não tem a perfeição de "Toy Story 3" ou a imensidão de "Finding Nemo" mas é dos mais completos da Pixar.


#3 FINDING NEMO (Stanton, 2003) [3]

Antes de John Carter, eu achava impossível que Stanton fizesse um filme que não fosse impressionante. Errei. Ele também. Somos humanos. Mas as suas duas criações em singular para a Pixar são espantosas obras-primas tanto em escala, como em ambição, como em conteúdo. Vão tão além do que um filme animado se propõe a fazer que é um milagre que por duas vezes a Pixar lhe tenha confiado rédeas para fazer o que ele quis. Da primeira vez, saiu isto.


#2 RATATOUILLE (Bird, 2007) [4]

Bird, outra vez. O melhor Pixar. A todos os níveis. Combina tudo aquilo que a Pixar faz de melhor com o que o cinema de Bird tem de melhor. Extremamente original e divertido e refrescante sem forçar a piada fácil. Não é a minha escolha pessoal para melhor de sempre mas se a razão mandasse mais que o coração, este seria o topo da lista...


#1 WALL-E (Stanton, 2008) [1]

... Todavia estas listas são pessoais e o meu cunho pessoal tinha que se revelar nesta primeira escolha. "Define Dancing". "Wall-E" tem uma segunda parte muito pior que o seu primeiro acto, quase imaculado, é verdade. Não é imune a críticas - a maioria delas eu até as percebo. Mas aos detractores só tenho a perguntar: vocês estão a ver bem ao que é que Stanton e C.ª se propôs, os temas maiores que o filme cobre, o desafio que é para ele - e a Pixar - ter como protagonista (e principal atractivo para o seu público-alvo) um robô que não fala? Lightning in a bottle. A Pixar agora pode fazer as sequelas todas que quiser. Treze anos depois de "Toy Story", atingiu o seu pico criativo (pelo menos para já). Quando dentro de cinquenta anos se fizer uma retrospectiva do melhor cinema de animação de sempre, este (e "Ratatouille" e obviamente "Toy Story", penso eu) serão os três filmes da Pixar mais relembrados.

As cinco melhores estreias de 2012-2013


Este artigo faz parte dos:


Uma versão abreviada dos meus habituais (será que se pode dizer habituais a prémios que, apesar de dar todos os anos, só por um ano foram cá abordados por extenso no blogue?) prémios de fim de ano (dados sempre por altura da Primavera, quando tudo de interesse já estreou por cá), também chamados DAFA ou Dial A For Awards.

Vamos agora às categorias de TELEVISÃO.


É imperdoável se falharem alguma destas séries. Sim, elas são assim tão boas. Olhem que eu mando o Mads Mikkelsen e o Aden Young à vossa caça e nem que fossem a Tatiana Maslany se safavam, olhem que nem a Olivia Colman e o David Tennant vos encontravam... Vá, sejam espertos e preparem-se para excelentes horas de televisão à vossa frente. Boa sorte - e eu sei, escusam de me agradecer.

"ORPHAN BLACK"



"BROADCHURCH"



"RECTIFY"



"CALL THE MIDWIFE"




"HANNIBAL"




E vou acrescentar um sexto, porque me esqueci dele - apesar de já o ter mencionado aqui:

"THE AMERICANS"



A classe de 2013


Já são fãs do Dial P For Popcorn no Facebook? Se não, porque não? Têm alguma sugestão?

Adiante...


O Círculo de Críticos Online Portugueses (CCOP) reuniu para decidir nas candidaturas a novos membros e seis novos colegas saíram dessa votação - para muito meu agrado, admiro o trabalho de todos, se bem que não o diga ou comente o suficiente, para muita pena minha. 

Que se dê então boas vindas à Sofia Santos (Girl on Film), ao António Tavares de Figueiredo (Matinée Portuense), ao Hugo Pagini (tvPrime), ao Daniel Rodrigues (Magazine-HD), ao Paulo Peralta (CinEuphoria) e ao Jorge Teixeira (Caminho Largo)! Já somos um bom número agora, já podemos protestar e cantar em uníssono "Do you hear the people sing?" ou "One Day More" quando o "patrão" Tiago Ramos do Split Screen nos pressionar para entregar os boletins! Get used to it, people!


De qualquer forma, podem seguir o trabalho destes moços no Facebook e nos seus respectivos blogues, todos constantes da barra lateral do DPFP (os blogues deles e dos restantes membros do CCOP). Não há desculpa para não acompanharem estes talentosos "profissionais".

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Parou tudo!



A Jennifer Lopez (!) já é membro da Academia. Era realmente o que faltava para dar um toque extra de classe à Academia. 


Bem, mas quando se oferece convite a outros actores como Chris Tucker, Adam Sandler (membro desde 2010), John Corbett (desde 2011), Lucy Liu e Sandra Oh... Não há muito a contestar. A Academia está a virar inclusiva - ou a ficar menos sofisticada. Veja-se qual o melhor prisma.

De qualquer forma, há que congratular a Academia por estas dez boas decisões (pelo menos estas dez) - poderão consultar todos AQUI

Joseph Gordon-Levitt 
Conhecidíssimo actor, responsável pelo sucesso de "50/50" e "500 Days of Summer", só surpreende ser agora convidado quando Jonah Hill, Channing Tatum e outros contemporâneos já o foram anteriormente.

Greig Fraser 
Brilhante fotógrafo, como comprovam os seus trabalhos em "Bright Star" e Zero Dark Thirty", ambos esquecidos pela Academia.

Pablo Larraín 
Terá sido a nomeação para Melhor Filme Estrangeiro por "No" que selou o convite, mas já por "Post Mortem" o merecia.

Steve McQueen 
Chega um ano mais tarde, depois de "Shame", mas chega. "Hunger" é outro bom cartão de visita. "12 Years a Slave" será provavelmente mais um.

Jeff Nichols 
Já admitido como realizador, é agora admitido como argumentista - uma boa escolha, tendo em conta que "Take Shelter" e "Mud" são extraordinárias e originais obras.

Lena Dunham, Sarah Polley e Julie Delpy
Três excelentes actrizes, realizadoras e argumentistas, todas admitidas à Academia nesta última categoria; conhecidas respectivamente por "Girls", "Away from Her" e "Take This Waltz" e a trilogia "Before Sunrise", "Before Sunset" e "Before Midnight". Desconheço se Delpy já tinha sido admitida como actriz; espero que sim.

Matt Groening 
O pai de "The Simpsons" e um dos responsáveis pela movimento alternativo da animação dos últimos vinte anos - basicamente tudo desde "South Park" a "Family Guy" brotou do sucesso deste homem com "The Simpsons" - encaixa bem na categoria de animação.

Stefan Arndt
O produtor fiel de Michael Haneke em solo americano é convidado agora, seguramente devido ao sucesso nacional e internacional de "Amour".

Cliff Martinez
Compôs a música para "Drive", "Contagion", "Spring Breakers", "Traffic", "Only God Forgives" e "The Lincoln Laywer". Chega?

Jason Schwartzmann
Só a filmografia de Wes Anderson seria suficiente para o considerar um membro válido. Aliás, basta "Rushmore".

Jafar Panahi
Convidado tanto como realizador como documentarista. Uma escolha interessante e pertinente, numa altura em que Panahi continua impedido de abandonar o Irão e de realizar filmes de forma legítima por lá.

domingo, 23 de junho de 2013

A música e a fotografia de 2012


Este artigo faz parte dos:


Uma versão abreviada dos meus habituais (será que se pode dizer habituais a prémios que, apesar de dar todos os anos, só por um ano foram cá abordados por extenso no blogue?) prémios de fim de ano (dados sempre por altura da Primavera, quando tudo de interesse já estreou por cá), também chamados DAFA ou Dial A For Awards.

A fotografia...


 "Anna Karenina"


"Life of Pi"


"Tabu"


"The Master"



"Skyfall"


A música...






sábado, 22 de junho de 2013

Os meus argumentos de 2012


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Uma versão abreviada dos meus habituais (será que se pode dizer habituais a prémios que, apesar de dar todos os anos, só por um ano foram cá abordados por extenso no blogue?) prémios de fim de ano (dados sempre por altura da Primavera, quando tudo de interesse já estreou por cá), também chamados DAFA ou Dial A For Awards.


Argumento Original

"Amour"
"The Master"
"Middle of Nowhere"
"Moonrise Kingdom"
"Zero Dark Thirty"



Argumento Adaptado

"Argo"
"Beasts of the Southern Wild"
"Life of Pi"
"No"
"Rust and Bone"


Os meus actores secundários de 2012


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Uma versão abreviada dos meus habituais (será que se pode dizer habituais a prémios que, apesar de dar todos os anos, só por um ano foram cá abordados por extenso no blogue?) prémios de fim de ano (dados sempre por altura da Primavera, quando tudo de interesse já estreou por cá), também chamados DAFA ou Dial A For Awards.







Jude Law, "Anna Karenina" | Michael Fassbender, "Prometheus" | Garrett Hedlund, "On the Road" | Samuel L. Jackson, "Django Unchained" | Ezra Miller, "The Perks of Being a Wallflower"

Mais cinco? Matthew McConaughey ("Magic Mike"), Ewan McGregor ("The Impossible"), Tom Wilkinson ("The Best Exotic Marigold Hotel"), Dane DeHaan ("Chronicle") e Javier Bardem ("Skyfall"). Uma menção especial para o Bruce Willis em "Moonrise Kingdom" e para o Matthew MacFayden ("Anna Karenina"). Interpretações pequenas em dimensão mas que preenchem a tela quando estão nela.


As minhas actrizes de 2012



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Uma versão abreviada dos meus habituais (será que se pode dizer habituais a prémios que, apesar de dar todos os anos, só por um ano foram cá abordados por extenso no blogue?) prémios de fim de ano (dados sempre por altura da Primavera, quando tudo de interesse já estreou por cá), também chamados DAFA ou Dial A For Awards.








Marion Cotillard, "Rust and Bone" | Emmanuelle Riva, "Amour" | Keira Knightley, "Anna Karenina" | Meryl Streep, "Hope Springs" | Léa Seydoux, "Farewell My Queen"

Mais cinco? Rachel Weisz é um sonho em "The Deep Blue Sea", Quvenzhané Wallis é de outro mundo em "Beasts of the Southern Wild", Michelle Williams já não surpreende ninguém em "Take this Waltz", Laura Soveral é simplesmente extraordinária em "Tabu" e Jessica Chastain é difícil de menosprezar em "Zero Dark Thirty".

As minhas actrizes secundárias de 2012



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Uma versão abreviada dos meus habituais (será que se pode dizer habituais a prémios que, apesar de dar todos os anos, só por um ano foram cá abordados por extenso no blogue?) prémios de fim de ano (dados sempre por altura da Primavera, quando tudo de interesse já estreou por cá), também chamados DAFA ou Dial A For Awards.



 



Kirsten Dunst, "Bachelorette" | Emily Blunt, "Looper" | Judi Dench, "Skyfall" | Diane Kruger, "Farewell My Queen" | Nicole Kidman, "The Paperboy"


Mais cinco? Ana Moreira ("Tabu") não ficou longe das minhas cinco melhores, tal como a interpretação maior que a tela de Salma Hayek ("Savages"), o brilho especial de Rosemarie DeWitt, a melhor irmã da sétima arte ("Your Sister's Sister") e a surpresa que foram tanto Emma Watson ("The Perks of Being a Wallflower") e Kristen Stewart ("On the Road"). Uma menção especial a Doona Bae, que só pela porção da história de Neo Seoul teria lugar aqui ("Cloud Atlas").

Os meus actores de 2012


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Uma versão abreviada dos meus habituais (será que se pode dizer habituais a prémios que, apesar de dar todos os anos, só por um ano foram cá abordados por extenso no blogue?) prémios de fim de ano (dados sempre por altura da Primavera, quando tudo de interesse já estreou por cá), também chamados DAFA ou Dial A For Awards.







Matthias Schoenaerts, "Rust and Bone" | Jean-Louis Trintignant, "Amour" | Denis Lavant, "Holy Motors" | Liam Neeson, "The Grey" | Joaquin Phoenix, "The Master"

Mais cinco? O irrepreensível trabalho de Daniel Day-Lewis ("Lincoln"), a surpresa que foi Bradley Cooper ("Silver Linings Playbook"), a maturidade e segurança com que Tom Hollander ("The Impossible") e Logan Lerman ("The Perks of Being a Wallflower") carregaram os seus filmes, o nível superior a que Tommy Lee Jones eleva ("Hope Springs") e uma fantástica interpretação de Michael Peña ("End of Watch") que pouca gente viu.

P.S. - Faltou-me nas escolhas o meu número 1. Enfim, nem comento. Está corrigido o erro.


Parabéns, Mary Louise



O "fenómeno" conhecido por Meryl Streep festeja mais um aniversário. Eu sei, eu sei, passo metade da vida do blogue a falar dela. Mas ela hoje (e sempre, vá) merece. Engraçado, acho que nunca disse cá no cantinho quais as minhas cinco interpretações favoritas desta lendária actriz. 






Poderiam estar entre elas "Bridges of Madison County", "Sophie's Choice" e "Kramer vs Kramer" e na minha mente figuram bem perto entre as melhores interpretações dela, mas não fazem parte das minhas cinco melhores. Porque as minhas cinco interpretações favoritas dela mostram traços únicos que não são vistos em mais nenhuma performance da actriz: o arrojado sentido cómico de "The Devil Wears Prada", uma criação icónica, que ninguém conseguirá imitar tão cedo (basta ver-se o exemplo de Glenn Close em "101 Dalmatians" e o quão ténue é a linha entre a caricatura e a caracterização); a desconstrução de uma mulher simples, banal em "The Hours", que poucas actrizes conseguiriam preencher com tanta alma e sofreguidão como Meryl; a simplicidade com que Meryl incorpora mulheres especiais resignadas a uma vida repleta de caminhos entrecruzados, como em "Postcards from the Edge"; a capacidade extraordinária de reinventar-se uma vez mais e outra e mais outra, como Meryl consegue em "Adaptation"; e a perfeita combinação dos talentos de uma estrela de cinema à escala mundial a desaparecer numa personagem (como recentemente fez Day-Lewis em "Lincoln" ou mesmo Meryl em "The Iron Lady"), que Meryl consegue em "Silkwood"


E um bónus: se "Angels in America" contasse na filmografia oficial, seria a minha segunda interpretação favorita, atrás apenas de "Silkwood", que é para mim uma das - senão a melhor - interpretação feminina da década de 80.

E agora vocês: quais são as VOSSAS interpretações favoritas desta senhora?