Gostava de dizer que não, que sou um crítico sério mas tem um enorme blind spot para esta comédia romântica de Richard Curtis, que depois "produziu" aquela terrível espécie de sequela à Hollywood chamada "Valentine's Day" de Garry Marshall (e pior, a sequela disso, "New Year's Eve") que nem consegue limpar os pés do original - que conta com um fantástico elenco (Hugh Grant no auge, Emma Thompson, Bill Nighy e Liam Neeson de volta, Laura Linney, Colin Firth e Alan Rickman sólidos e Keira Knightley, Andrew Lincoln e Chiwetel Ejiofor em ascensão e entre eles a portuguesa Lúcia Moniz e o brasileiro Rodrigo Santoro) e com o selo britânico a credibilizar o que de outro modo é uma narrativa bastante errática, desorganizada e mal desenvolvida.
Claro que as repetidas sessões televisivas, todos os santos natais, dificultam uma apreciação positiva à película, mas o seu charme, mesmo dez anos depois, permanece intacto. De Colin Firth a arranhar português a Laura Linney a abandonar Rodrigo Santoro na sua cama para socorrer o irmão, de Andrew Lincoln a dizer à Keira Knightley que ela é perfeita a Emma Thompson a esconder a descoberta da traição do marido, com o miúdo a correr pelo meio do aeroporto, "Love Actually" tem um polvilhado de momentos encantadores que compensam a falta de coesão do resto do filme. É impossível que não haja uma cena do filme que não vos comova. Ou ainda há por aí quem estoicamente não se impressione?
Que memórias guardam do filme?
1 comentário:
"Love Actually" is what Christmas is all about.
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