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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

[Couch]: Broadchurch

Regresso, após um interregno demasiado longo, forçado pelo trabalho e pela falta de tempo, a um local onde encontrei o enorme prazer de escrever sobre o que me entusiasma tanto dentro como fora do grande ecrã.

Afastei-me dos cinemas. Acima de tudo afastei-me das estreias, do barulho irritante das palhinhas a sugar o que resta nos gigantescos potes de açúcar liquido que vão alimentando e sustentando os cinemas comerciais. O preço do bilhete de cinema é abusivo, indigno e ridículo. E ouvindo há uns meses atrás o João Botelho, numa das entrevistas promocionais ao seu mais recente filme, Os Maias, quando este se queixava da degradação da sala de cinema (como espaço onde se produz e difunde arte), disse qualquer coisa como "hoje em dia, os grandes escritores americanos perceberam que os adultos que gostam de cinema, abandonaram as salas. Não se identificam com aquilo que se produz e o modo como o produto é exibido. E então começaram a produzir para televisão,  a produzir séries que são cinema puro". E a verdade, a dura e triste realidade, não andará longe disto. Hoje em dia todos os grandes actores de Hollywood procuram o seu espaço na televisão. A sua série. O seu Don Draper, o seu Tony Soprano, o seu Lorne Malvo, a sua Carrie Mathison. Procuram deixar a sua marca também no pequeno ecrã. E a qualidade sobe a cada ano, a oferta televisiva é cada vez maior e melhor.

Por isso inicio aqui, hoje, um conjunto de breves crónicas rotuladas de [COUCH], onde vos apresento algumas das séries que descobri ao longo do último ano e meio. E que me convenceram, me prenderam ao televisor e me deliciaram. Séries que fariam mais pela educação do nosso povo do que a televisão portuguesa fez nos últimos 30 anos. Séries que não merecem passar ao vosso lado.



Começo por vos apresentar Broadchurch, um drama duro, magnetizante e sufocante. Uma série que viu começar há poucos dias a sua segunda temporada, e que surpreendeu a televisão britânica com uma primeira temporada humilde e despretensiosa, dividida em oito episódios, passados na cidade costeira de Dorset, o local onde dois detectives, Alec Hardy (David Tennant, ex-Doctor Who) e Ellie Miller (Olivia Colman) vão procurar o homicida de Danny Latimer, uma criança de 11 anos que aparece morta na praia da pequena vila inglesa. Acontecimentos sucedem-se e a narrativa, construída de modo inteligente, vai-nos descascando lentamente novos factos, misturando teorias e ludibriando as personagens e os espectadores. Com uma maravilhosa banda-sonora da autoria de Olafur Arnalds, um piano com uma batida eletrizante vai alimentando a série, vai-lhe dando alma e prepara-nos a cada episódio para o derradeiro final.


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Dez anos passados...




E basta esta música para me trazer de volta aos meus tempos de adolescente. Por algum tempo, "The O.C." era uma série que eu diria, a qualquer pessoa, de peito aberto, ser a minha série favorita. A ingenuidade de um jovem. Não tardou muito até os olhos me saírem da órbita com "The Sopranos", "The Wire" e "Six Feet Under" mas não escondo que guardo ainda muito carinho pelos Cohen, pela Marissa e pela Julie Cooper, pela Summer Roberts, pelo Captain Oats, pelo Chrismukkah. Por Newport e por Harbor.



Pode ter pouco valor agora, mas a verdade é que "The O.C." foi uma das melhores estreias da década passada da FOX, de um enorme valor cultural e de zeitgeist, que me apresentou a variadas músicas e bandas de alta qualidade e praticamente abriu a porta à próxima geração de dramas teen que lhe seguiram, de "Gossip Girl" (do mesmo criador) a "The Vampire Diaries".

Um marco da televisão norte-americana e um marco da minha adolescência. "The O.C." tem dez anos. Fogo, nem acredito.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Dos Emmys não esperava menos!


Como todos os anos, as nomeações aos Emmy Awards são um misto de bom e mau, com a tendência a pender para este último, com várias decisões em diversas categorias a roçar o medíocre. É esta a Academia televisiva que temos e, tal como a AMPAS, que atribui os Óscares, é com esta que temos que contar. Irá sempre dar primazia às estrelas cinematográficas, oferece nomeações à toa a séries que já passaram do seu prazo de validade porque está habituada desde sempre a nomeá-las, namoros de longa data que nunca acabam (Hargitay, Cryer, Falco, Sedgwick são exemplos recentes) e quando chegam à altura de abraçar um novo nomeado como o mais popular, fazem-no de braços abertos, dando azo a algumas decisões a roçar o ridículo (como aquelas vitórias de "Modern Family" em realização ou as quatro nomeações habituais de "Mad Men" e "30 Rock" nas categorias de argumento). Resumindo: é uma confusão. A lista completa de nomeados pode ser vista AQUI.

Falemos então dos pontos principais que preciso de focar:

A Alicia não está contente. A Julianna também não deve estar.
  • Na categoria de melhor actriz em drama, decidiu-se ver-se livre de Julianna Margulies ("The Good Wife") num dos maiores choques do dia, o que até consigo perceber dada a competição feroz da categoria. A entrada de Kerry Washington ("Scandal") faz sentido - pena que não haja mais reconhecimento à série noutras categorias, mas acredito que mesmo esta nomeação só vem do peso e celebridade que Washington tem - e pela mesma razão também percebo a introdução de Vera Farmiga ("Bates Motel") e Robin Wright ("House of Cards") (já Connie Britton só se percebe por ser penitência da Academia por não ter premiado a actriz por "Friday Night Lights"), mas quando a Academia não reconhece valor na melhor interpretação feminina do ano - Tatiana Maslany ("Orphan Black") ou quando repetidamente ignora trabalho excepcional de Emmy Rossum ("Shameless"), Katey Sagal ("Sons of Anarchy") ou Keri Russell ("The Americans") é caso para ficar chocado. Bem, ao menos festeje-se por não continuarem a nomear Mariska Hargitay.
  • Já que falamos de "Shameless": já que vêem a série, se formos a ver pela nomeação de Joan Cusack (actriz convidada em drama), não encontram lá mais nenhuma interpretação de valor? O mesmo se diz de "Sons of Anarchy", "Southland" (a Regina King e o Michael Cudlitz devem existir num buraco negro algures; a TNT passava "The Closer" que vocês viam, pelas inúmeras nomeações da Kyra Sedgwick, não conhecem mais nenhuma série de lá?), "Justified", "Parenthood" (já sabia que a Monica Potter não ia ser nomeada - quando se ignora aquele trabalhão de Katherine Heigl na sua última temporada completa em "Grey's Anatomy" há alguns anos atrás...), "The Americans" (ao menos vá lá que já conhecemos a Margo Martindale) e outras. "Top of the Lake" foi um sucesso no Sundance Channel; mas nesse canal também estreou a excelente "Rectify" que nem apareceu no mapa. Viva a variedade!
De que vale fazer melhor que quase todos os actores na categoria se depois não é nomeado?
  • Na categoria de actor em drama, o poderio dos candidatos habituais determinou que Michael C. Hall ("Dexter") se mantivesse de fora, mas ninguém me irá conseguir dar uma explicação plausível para a repetida nomeação de Hugh Bonneville ("Downton Abbey"), que só ali está a ocupar espaço. Não havia lugar para  Aden Young ("Rectify"), Kelsey Grammer (aposto que se esqueceram que "Boss" teve segunda temporada...), Matthew Rhys ("The Americans") e, apesar de eu não acompanhar mais a série, será que Steve Buscemi esteve assim tão mal em "Boardwalk  Empire" este ano? Até me fez ter pena de rogar pragas à série por limpar todos os anos em nomeações... Palmas para a nomeação de Jeff Daniels ("The Newsroom"), a melhor parte da sua série, um excelente actor - infelizmente esta nomeação deve-se 90% ao nome do actor. O mesmo digo de Kevin Spacey ("House of Cards").
  • Nas categorias secundárias em drama, as desgraças são tantas que até custa enumerar. Corey Stoll não tem a popularidade dos seus restantes colegas de "House of Cards" e por isso acabou fora (o mesmo aconteceu a Kate Mara, felizmente). De Cudlitz ("Southland"), em tantos anos de excelente trabalho, nem uma nomeação, já nem se fala. É bom que se nomeie Dinklage ("Game of Thrones"), mas ninguém viu que a melhor personagem da série este ano esteve nas mãos de Nikolaj Coster-Waldau? John Slattery cometeu algum pecado cardinal para ser arrumado dos nomeados - e já agora, que mal vos fez Vincent Kartheiser, mesmo nos anos em que "Mad Men" tinha um pecúlio invejável de nomeações? Dito isto, é uma excelente lista de nomeados. Sim, mesmo Jim Carter ("Downton Abbey") e Jonathan Banks ("Breaking Bad", bem merecido). 
Revirar os olhos e falar uma, duas vezes por episódio: já se ganharam Emmys por tão pouco?
  • Nas meninas, a minha irritação vai na contínua vassalagem que se presta a Maggie Smith ("Downton Abbey") na categoria. Que aborrecido. Ela não vai aparecer. Ela não liga ao prémio. Ela basicamente só aparece na série para mandar a sua tirada. Já roubou um troféu a Christina Hendricks e outro a Anna Gunn. Pelos vistos vai continuar. Era previsível que "The Good Wife" encurtasse em nomeados e esta era uma categoria óbvia: previa que uma ou até ambas fossem removidas. Acabou por ser cortada a mais provável, Archie Panjabi, que teve pouco que fazer este ano. A nomeação de Emilia Clarke ("Game of Thrones") é outra que pouco se entende. Não viram "The Rains of Castamere", votantes? Michelle Fairley? Conhecem o nome?
  • O choque que foi para mim ver "Mad Men" fora dos nomeados para melhor escrita em drama. A sério. Não há desculpa. Nem um episódio? Ao menos "Breaking Bad" tem duas nomeações. E "The Rains of Castamere" acabou nomeado. E os dois episódios de "Homeland" são muito bons - os únicos episódios positivos da segunda temporada, mas sim são bons. Mas não haver lugar para "Mad Men" e haver para dois episódios de "Homeland" e um de "Downton Abbey"? Escandaloso, ainda por cima porque aposto que era o piloto de "House of Cards" que estava na sétima posição dos nomeados. Escandaloso indeed.
  • Quanto às séries, seria sempre um massacre. Prevaleceram as mais populares e portanto não há muito a fazer. "The Good Wife" e "Boardwalk Empire" estiveram provavelmente próximas mas este grupo de seis era imbatível. Não é como se houvesse um "The Wire" para me pôr à vontade para me queixar. Essa sim foi uma omissão ridícula. Por anos e anos. Se não nomeassem "The Sopranos" até compreendia, não viam HBO...
A New Girl já não é nova. Por isso: de fora.
  • No campo da comédia, as coisas mudam de figura. Das séries nomeadas, há duas nomeações que aplaudo ("Veep" e "Louie", consistentemente melhores com o tempo), duas que percebo ("Girls" dado o fanatismo, "Modern Family" dado o contínuo romance da Academia com a série - tem de acabar eventualmente, gente!) e uma que é merecida (estava com medo que cortassem "30 Rock" no seu último ano - fizeram-no a "The Office" afinal, outro dos seus antigos favoritos - mas agradeço que dêem à série a chance de competir, pois será um forte favorito a vencer). "The Big Bang Theory" é a aberração da categoria e só se explica por ser a comédia (a série, aliás) mais vista nos Estados Unidos. A exclusão de "Arrested Development" das principais categorias é nota de destaque (não tem os valores de produção de "House of Cards" nem o pedigree de actores...), mas o 'esquecimento' de "Parks and Recreation" (em parte explicado pela sua menos boa temporada) continua a ser um crime. "Nurse Jackie" também saltou fora da corrida, naquela que foi a sua temporada mais cómica (a melhor foi, realmente, a temporada passada), caso para perguntar o que a Academia quer desta dramédia da Showtime. Infortunadamente, "New Girl", melhor nesta segunda temporada, acabou ignorado a todos os níveis. 
  • Nos actores em comédia, dar graças pela exclusão de Jon Cryer ("Two and a  Half Men") e, dado o estado precário da categoria, não há muito a dizer. São os nomeados possíveis - contudo não teriam Jake Johnson ("New Girl") e Garrett Dillahunt ("Raising Hope") lugar nos nomeados se se chamassem, por exemplo, Don Cheadle ("House of Lies") ou Jason Bateman ("Arrested Development")? Bem me parece. A omissão de Adam Scott ("Parks and Recreation") ultrapassa o risível.
A Amy Jellicoe estaria orgulhosa.
  • Nas actrizes em comédia temos o grupo de nomeadas mais sólido dos últimos anos (arriscaria dizer dos últimos cinco, dez anos). Incrivelmente feliz a nomeação de Laura Dern ("Enlightened" - pena não haver lugar para Mike White como actor e argumentista, para qualquer um dos realizadores e para a série), agridoce a nomeação a Edie Falco ("Nurse Jackie") que apesar de gostar preferia que tivesse ido para Zooey Deschanel ("New Girl") ou Martha Plimpton ("Raising Hope").
  • Falando das categorias secundárias em comédia: ainda se está por perceber que mal fizeram os actores secundários de "Parks and Recreation", especialmente Nick Offerman. Will Arnett ("Arrested Development"), que conhecem tão bem de "30 Rock" (múltiplas nomeações), é outro a pagar pelo esquecimento da série. Detesto sobretudo a soberania de "Modern Family" nesta categoria, sobretudo porque eu teria dado o prémio a Vergara no primeiro ano, Bowen o ano passado e este ano as duas já teriam saído da lista por completo. Dos homens, só encontro mérito em Stonestreet (duplo vencedor, 2010 e 2012) e Burrell (vencedor em 2011, três nomeações consecutivas). Mas a Academia insiste em ter os homens todos nomeados - ou quase todos, que cortou este ano Stonestreet, de forma algo ridícula, dos seus nomeados (como no primeiro ano cortou O'Neill, nomeando todos os outros). Esta série precisava de uma sangria à séria nos Emmys... Bem, esperemos pelo próximo ano. Parabéns a Tony Hale ("Veep") e Adam Driver ("Girls"), dois papéis complicados executados de forma exemplar pelos dois. Uma pena pela omissão de Max Greenfield ("New Girl", nomeado o ano passado) e do Simon Helberg e da Kaley Cuoco (a melhor parte da sua série, "The Big Bang Theory", há pelo menos dois anos). Já nem falo do elenco de "Happy Endings", "Cougar Town", e "Community" (continuamente ignorados), que esses nunca tiveram uma hipótese. Mas Jane Lynch ("Glee")? Onde foram inventar (ressuscitar) essa, Academia? Não tinham mais alternativas? E tiveram mesmo que alargar a categoria para sete nomeadas? Enfim. Ao menos deixaram a enorme e brilhante Jane Krakowski ("30 Rock") ficar. Bom trabalho. É para a vitória (como se fosse possível; quando Vanessa Williams perde... não há diva que resista). O mesmo digo de Merritt Wever ("Nurse Jackie"). Vá lá que finalmente a descobriram... quatro anos tarde demais.
Jenna Maroney finalmente sobe ao palco?
  • Nas minisséries, os números de "The Bible" converteram-se numa nomeação para melhor minissérie, "American Horror Story: Asylum", série virada minissérie para ganhar nomeações e prémios (bela embrulhada em que te meteste, Academia) é o titã com mais nomeações, sendo acompanhada na categoria por "Political Animals" que conseguiu mais quatro nomeações, duas delas para duas estrelas de Hollywood, Sigourney Weaver e Ellen Burstyn (que quase não faz nada). Já Carla Gugino, infinitamente melhor, fica de fora. Não digam que é por acaso...
  • Ou veja-se que a paixão por estrelas de cinema está bem patente noutras nomeações, de Jane Fonda ("The Newsroom") a Melissa Leo ("Louie" - merecida, mas quando Parker Posey acaba ignorada pela mesma série... Tem que haver explicação), a Michael J. Fox, a Nathan Lane, a Joan Cusack e a outros mencionados acima, como Cheadle, Bateman, Smith... E também o seu incurável amor pelos pesos pesados da televisão continua, com nomeações atiradas não só à supramencionada Edie Falco mas também a Bob Newhart, Bobby Cannavale em duas categorias, Robert Morse (dormir nas reuniões em dois, três episódios dá nomeação instantânea? Não sabia e a Academia, como já vimos, não vê mais séries além das seis nomeadas para melhor drama, aparentemente; vá lá que ainda se lembra que "The Good Wife" tem bons actores convidados; só "Justified" enchia a categoria com melhores nomeados), Diana Rigg, entre outros. Por esclarecer: ignorar Holly Hunter ("Top of the Lake"). Não posso.
  • Nos programas de reality TV, o habitual manteve-se. As nomeações de Jimmy Kimmel e Jimmy Fallon depois de apresentarem a cerimónia em anos transactos mantiveram-se, bem como os pereniais The Daily Show, The Colbert Report, Saturday Night Live e Real Time with Bill Maher. American Idol continua a sua trajectória descendente com mais uma omissão nas nomeações, depois do ano passado (Seacrest continua a aguentar-se), com o outro programa da Fox, So You Think You Can Dance (e respectiva apresentadora) a manter-se nomeado. Project Runway volta à corrida em grande, com Klum novamente nomeada depois de afastados dois anos seguidos, juntando-se aos já comuns Top Chef, The Amazing Race e Dancing with the Stars (inexplicável popularidade) e The Voice (que ocupa o lugar de Idol desde o ano passado). De notar a exclusão de Phil Keoghan dos nomeados a apresentador, pela primeira vez.

E quais foram para vocês as grandes surpresas das nomeações?

sábado, 29 de junho de 2013

As cinco melhores estreias de 2012-2013


Este artigo faz parte dos:


Uma versão abreviada dos meus habituais (será que se pode dizer habituais a prémios que, apesar de dar todos os anos, só por um ano foram cá abordados por extenso no blogue?) prémios de fim de ano (dados sempre por altura da Primavera, quando tudo de interesse já estreou por cá), também chamados DAFA ou Dial A For Awards.

Vamos agora às categorias de TELEVISÃO.


É imperdoável se falharem alguma destas séries. Sim, elas são assim tão boas. Olhem que eu mando o Mads Mikkelsen e o Aden Young à vossa caça e nem que fossem a Tatiana Maslany se safavam, olhem que nem a Olivia Colman e o David Tennant vos encontravam... Vá, sejam espertos e preparem-se para excelentes horas de televisão à vossa frente. Boa sorte - e eu sei, escusam de me agradecer.

"ORPHAN BLACK"



"BROADCHURCH"



"RECTIFY"



"CALL THE MIDWIFE"




"HANNIBAL"




E vou acrescentar um sexto, porque me esqueci dele - apesar de já o ter mencionado aqui:

"THE AMERICANS"



quarta-feira, 19 de junho de 2013

Continuas uma comediante de excelência...



Marisa Orth. Essa Magda é uma criação para todo o sempre. Agora com um aeroporto na cabeça. Génio. Não falo mais que não quero estragar a experiência a quem (ainda) não viu.

Por falar em McConaughey...


Foi lançado pela HBO há uns dias isto.


Cary Fukunaga, do qual sou um confesso admirador ("Sin Nombre" e "Jane Eyre" estão na minha lista de melhores filmes dos seus respectivos anos - e o homem só tem 35 anos e já tem estas duas grandes películas assinadas por si), junta um Matthew McConaughey em estado de graça a um Woody Harrelson em profunda sub-utilização (um dos melhores actores em Hollywood - pena é Hollywood não saber o que fazer com ele). Esta minisérie "True Detective" ai dar televisão de respeito, aposto. A HBO não engana.

domingo, 9 de junho de 2013

O (um dos, pelo menos) evento do ano



11 de Junho, "Sai de Baixo" volta para quatro episódios inéditos na comemoração do aniversário do canal brasileiro pago VIVA, que distribui a série (propriedade da Globo) actualmente.

sábado, 30 de março de 2013

THE WIRE é especial


THE WIRE, 
 ou como o conceito de televisão é obtuso demais para certas séries


THE WIRE, considerado justamente como um dos melhores dramas de sempre, é muito mais que um simples drama televisivo com a chancela da HBO (desde logo, óbvio selo de excelência). Foi esta série que redefiniu, para mim, o que quer dizer o termo “melhor série de todos os tempos”. “Realista” é um termo demasiado lato para definir a excelência desta série – mais vezes parecida com um produto documental que uma série televisiva, THE WIRE segue de forma fiel e crua os intervenientes do tráfico de droga e da brigada policial de combate às drogas, contando as suas histórias e mostrando a sua vida e o seu dia-a-dia e, através disso, tece um comentário genuíno, sincero e crítico sobre a tempestuosa relação entre os diferentes círculos sociais de Baltimore, em especial a complicada convivência entre negros e brancos, não se coibindo de opinar sobre a política citadina ou a influência dos media na sociedade contemporânea. 


Uma série, portanto, que ultrapassa largamente o confinado conceito de televisão que ainda hoje preenche as grelhas de todos os canais generalistas americanos – e mesmo os de cabo, capaz de provocar além de entreter, de nos levar a pensar sem nos dar a resposta logo de seguida. Em termos de “melhores de sempre”, só encontra os seus pares em “Mad Men”, “The Sopranos”, “Six Feet Under” e “Breaking Bad”. E mesmo estes, em minha opinião, não chegam perto das aspirações que “The Wire” se propõe atingir.

 

McNulty. Stringer Bell. Omar Little. Bunk. Avon. Com personagens genuínas e honestas e complexas, independentemente do seu género, raça ou classe social, e uma facilidade brilhante em humanizar e apagar a linha ténue que existe entre o bem e o mal, fazendo-nos muitas vezes sentir e emocionar-nos com personagens capazes de actos imensamente cruéis, THE WIRE nunca nos pede para julgar, ajudando-nos a compreender que no fundo ambos os lados têm mais em comum do que pensam e que todos têm os seus motivos e ambições e todos procuram viver a sua vida, nas suas próprias circunstâncias, o melhor que conseguem.


McNulty é o perfeito exemplo de uma personagem que teoricamente seria um dos bons que, contudo, é na prática muito mais complicado de entender. Um homem problemático, com uma personalidade difícil, destrutiva e por vezes irracional, que se entrega à bebida e ao prazer instantâneo com múltiplas mulheres. Nenhum outro programa tentou retratar, de forma tão imparcial, autêntica e detalhada o ambiente político-social de uma pacata cidade americana com a grandiosidade, inteligência, reflexão e visão que o diálogo e as personagens de David Simon e Cª o fizeram.

   

THE WIRE nunca teve, ao longo do seu curso, as audiências que a série merecia (é um milagre que tenha sobrevivido cinco temporadas) mas foi ganhando fama de série de culto imediatamente após o seu término. E assim continuará a suceder. Todos os dias, em algum lado, alguém vai pegar em THE WIRE. E irá ficar desde logo encantado pelos fabulosos e intoxicantes créditos de abertura. E vai perceber o nível de genialidade e criatividade de David Simon e o quão profundo e importante é que temas desta dimensão sejam discutidos desta forma na televisão. E acima de tudo vai entender o quão precioso é cada episódio – e só há 60. E certamente que sessenta míseras horas de uma das maiores produções televisivas de sempre é muito pouco, não?

sexta-feira, 8 de março de 2013

A melhor diplomata americana está de volta...



Pena que só a 14 de Abril. Julia Louis-Dreyfus e Armando Ianucci. Como superar aquela primeira temporada?

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

LOUIE - A versão (mais) negra do humor americano





"Quit being a faggot and suck that dick!"

3 minutos do seu tempo para perceber quem é Louis C.K. Uma série obrigatória.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A Arte dos Créditos (V)




Uma escolha óbvia, que ainda não tinha cá sido colocada. A série épica de fantasia da HBO merecia uns créditos iniciais de nível superior, que transportassem a magnitude do mundo de Westeros em meros minutos. Objectivo cumprido. Vencedor do Emmy de Melhores Créditos Iniciais em 2011. 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

As melhores novas séries da temporada chegaram


Volto a este assunto porque, infelizmente, a temporada não tem sido famosa. Das novas estreias, várias já acabaram canceladas - incluindo uma das minhas estreias favoritas, "Last Resort". "Go On" tem vindo a cair a pique nas audiências, o que me assusta, porque embora continue a gostar da série, essa queda associada a um decréscimo da qualidade em alguns episódios coloca-a em perigo de renovação. "Nashville" transformou-se completamente numa telenovela, country-style. "Elementary" já entrou em modo procedural da CBS e com isso o meu interesse tem sido reduzido (junta-se a "Person of Interest" nesse pormenor). Desisti de "The Mindy Project" porque a moça, quantos mais episódios passa, mais irritante fica. E não é irritante de forma positiva, tipo a Lena Dunham em "Girls", é mesmo absolutamente insuportável. E como se previa, uma das melhores estreias, "Ben and Kate", já acabou cancelada.

Resumindo e concluindo... Não estou a acompanhar mais nenhuma das novas séries tirando "Go On". É por isso que saúdo com grande alegria estas três novas ofertas que passaram de muito promissoras a cumpridoras. De um nível excelente as três. 


"UTOPIA" foi a primeira das três a estrear. Série britânica do Channel 4 (o mesmo canal de "Misfits", sim), é impossivelmente bizarra e esquizofrénica, seguramente um dos dramas mais provocantes e inteligentes do novo ano. Aborda um mundo fantástico em que um grupo de pessoas é perseguido por uma organização misteriosa intitulada The Network (A Rede) que pretende reaver uma lendária banda desenhada - The Utopia Experiment - de que se diz ter capacidade de prever eventos futuros. Não é para toda a gente e promete ser bastante violenta (o que poderá afastar alguns espectadores), mas para os apreciadores da televisão britânica é um must-see.


"THE AMERICANS" é mais uma oferta dramática da FX, que se tem tornado aos poucos num dos meus canais favoritos, com programação alternativa mas sempre de qualidade e, mesmo que nem sempre aprecie todos os seus programas em pleno, são sempre fonte de algo interessante para apreciar. "The Americans" parece-me, para já, que se irá juntar aos dramas de topo da estação de cabo, como "The Shield", "Justified" ou "Sons of Anarchy". Contudo, se acabar como "Damages", "Rescue Me" ou mesmo "American Horror Story", também não está mal. Queriam muitos produzir um drama dessa craveira. "The Americans" (criada por Joe Weisberg e Graham Yost, criador de "Justified") narra a história de Philip e Elizabeth Jennings (Jeri Russell e Matthew Rhys, fantásticos protagonistas), dois espiões da KGB que vivem infiltrados em Washington D.C., em plena Guerra Fria. Embora o panorama político não tenha sido ainda bem explorado no piloto, a série parece prometer, sobretudo quando se foca na relação entre Philip e Elizabeth e como tem sido a sua convivência juntos ao longo dos anos. Se esta chegará ao nível de "Homeland" ainda não sabemos; mas o que sei sem dúvida é que estamos perante a melhor estreia da temporada, para mim.

Bónus: os melhores créditos da temporada:


A terceira série estreou ontem - e foi possível acompanhar em estreia mundial no TVSéries (uma boa aposta do canal). "HOUSE OF CARDS" tem mão de David Fincher - que realiza os dois primeiros episódios e fica como produtor executivo - e Beau Willimon (que redigiu "The Ides of March" para George Clooney, que versava sobre temas semelhantes) e é protagonizado por Kevin Spacey e Robin Wright, com Corey Stoll, Kate Mara e Michael Kelly a completar o elenco principal. Armadilhas políticas, sabotagem e jogadas de bastidores são prato forte da série que se foca em Francis Underwood, um político brilhante que julga ter conseguido finalmente a oportunidade que há muito merecia, a nomeação para Secretário de Estado. Negado pelo Presidente, Underwood vai tentar minar o caminho, por dentro, a todos os que ajudou a eleger. Uma interpretação impressionante de Spacey, que adapta o seu sorriso trocista e maldoso na perfeição a Francis, complementado pela gélida e frívola performance de Robin Wright no papel da sua mulher. Mal posso esperar para ver onde a série vai parar.


Uma última sugestão, se me permitem. Depois do sucesso além-fronteiras de "Downton Abbey", as séries de época britânicas voltaram em força este ano, com a estreia de "Mr. Selfridge" com Jeremy Piven no papel principal, "Paradise", "A Young Doctor's Notebook" (com Daniel Radcliffe e Jon Hamm) e "The Parade's End" (com Benedict Cumberbatch e Rebecca Hall, estreada no Reino Unido no Verão do ano passado mas que só agora chega aos Estados Unidos, via HBO). Mas a que mais sucesso tem tido de todas é "CALL THE MIDWIFE", série que relata a vida de uma parteira nos anos 50, que está de volta para uma segunda temporada agora (já foram transmitidos dois episódios). Não percam, se possível. Merece visualização. Mais não seja porque nos mata as saudades de Miranda Hart. O que relembra que a terceira temporada de "Miranda" também já estreou no Reino Unido. Também se aconselha, já agora.



I will never forget you, 30 Rock



Esta quinta-feira, o público americano despediu-se de vez de uma das melhores comédias de todos os tempos, uma que demorou o seu tempo até encontrar a sua voz, que nunca foi acarinhada pelo público geral - o que só a tornou ainda mais especial para os que semana após semana sintonizavam para ver o que Tina Fey e Cª aprontariam - e que sai em alta, juntando-se no céu eterno das grandes comédias a clássicos como "Seinfeld", "The Mary Tyler Moore Show", "I Love Lucy", "Friends" ou "M.A.S.H.".


"30 Rock" não teve um parto fácil. Arrasada pelas perdas das pérolas da sua Must-See TV que acabavam o seu curso na entrada do novo século, a NBC de 2006 era uma estação de muita ambição e altos riscos, que apostava em voltar à glória com séries altamente patrocinadas como "Studio 60 on the Sunset Trip" de Aaron Sorkin sem ter bem noção do que se passaria se falhasse. "30 Rock" resultou de um pedido especial de Lorne Michaels ("Saturday Night Live") a Kevin Reilly de proporcionar a Tina Fey um veículo próprio na estação que sempre conheceu. Assim surgiu "30 Rock", na segunda-linha de programação da NBC, destinada a falhar redondamente. A juntar à pouca confiança da estação, Alec Baldwin esteve até à véspera da estreia do piloto sem contrato assinado, a filmagem do piloto foi bastante tortuosa, com Fey a ter de substituir a sua amiga Rachel Dratch, para quem tinha escrito Jenna Maroney, por Jane Krakowski e a série estreou com críticas medíocres, uma audiência pouco convencida e um piloto absolutamente ensosso e banal. A situação não era promissora.


"30 Rock", contudo, perseverou. Os primeiros episódios foram a pouco subindo de qualidade - embora a grande maioria das piadas viesse do único personagem completo e concretizado da série, Jack Donaghy de Alec Baldwin; ao sexto episódio a melhoria era notória e eis que ao sétimo surge aquele que para muitos marca o ponto de viragem da série, "Tracy Does Conan". Ainda hoje considerado dos melhores episódios de sempre da série, "Tracy Does Conan" é um clássico da comédia moderna, um modelo para toda e qualquer série que tenta ser meta e auto-consciente e misturá-lo com q.b. de idiotice. É também neste episódio que surge o incontornável "The Rural Juror", filme de Jenna Maroney cujo nome ninguém sabia pronunciar. As audiências acabaram por nunca chegar e a saga do cancelado/não cancelado pairou sobre a série. A renovação da série e, posteriormente, em Setembro de 2007, as múltiplas premiações nos Emmys garantiram: "30 Rock" veio para ficar. 


Foi esta a série que se atreveu a ser diferente, a ser arrojado e irreverente - numa estação pública, não menos (!) e num mundo onde as sitcoms antiquadas e enferrujadas da CBS é que proliferam e ganham audiências. Pode-se dizer com toda a justiça que foi "30 Rock" - e em menor grau, "Arrested Development" e "The Office" - que abriu as portas para séries como "Community" e "Parks & Recreation" existirem no mundo actual, num mundo em que mesmo a NBC já não quer apostar em séries assim (algo que mesmo nos seus últimos momentos a série não se coibiu de ironizar - com a lista de "TV No-No Words" de Kenneth). Uma série que sempre soube aproveitar e até reinventar os seus convidados (Jon Hamm, Edie Falco, Salma Hayek, James Marsden, Matt Damon, Michael Sheen, Elizabeth Banks com genuína piada? Alan Alda e Nathan Lane como pai e irmão de Jack? Perfeito. Will Arnett como nemesis gay de Jack? Chris Parnell como Dr. Leo Spaceman? Inolvidável.), com uma edição perfeita e uma equipa de argumentistas de sonho (de Robert Carlock a Donald Glover - sim, o Troy de "Community").


A série foi perdendo brilho e consistência pela quarta temporada, é verdade, teve uma quinta temporada horrível (dois, três bons episódios no meio de vinte medíocres) - que quase levou Baldwin a rescindir contrato, como o próprio admitiu - mas quando menos se esperava voltou em grande para estas duas temporadas. E é também nisto que "30 Rock" é diferente. Quando muitas séries de comédia vão definhando nos seus últimos dias, "30 Rock" sai em grande, sete temporadas de audiências terríveis depois, contrabalanceadas por constantes nomeações e vitórias nas diversas cerimónias de prémios).

O "programa pequeno e imperfeito" (como Fey lhe chamou na sua autobiografia, "Bossypants" - uma leitura absolutamente recomendada aos fãs do programa, especialmente se conseguirem pôr as mãos no audiobook narrado pela própria) de Tina Fey chega assim à sua última jornada. Não foi o melhor episódio da série nem por sombras, todavia doseia bem a emoção e a comédia que esperamos sempre de "30 Rock" e especialmente os últimos quinze minutos são reveladores do quanto as personagens estão tão mudadas em relação àquele primeiro episódio. Veio-me a lágrima ao olho na despedida de Tracy e Jenna, não porque sejam as minhas personagens preferidas (Jenna sim, Tracy nem tanto; e o meu favorito será sempre Jack Donaghy, claro) mas porque foram sempre as duas personagens mais desprovidas de emoção da série, sempre mais lunáticas que realistas. Foi complicado vê-los sentimentais e chorões e finalmente aperceber-me que o meu mundo - e a minha semana - não vai ser o mesmo sem Jenna Maroney e Tracy Jordan, sem Liz Lemon e Jack Donaghy. Aquela última cena no barco entre os dois? Pura genialidade.

E a série tinha que acabar com Jane Krakowski a cantar. A cereja no topo do bolo.


"I will never forget you, Rural Juror. I'm always glad I met you, Rural Juror. Those were the best days of our flerm." - Indeed, 30 Rock. Indeed. 


Vou sentir tanto a tua falta.




quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Ainda os Globos de Ouro



e


e


e


e nomeados inesperados nas categorias de Telefilme ou Minissérie...


e Amy Poehler a cantar "I Dreamed a Dream"...



Mais momentos relembrados no Close-Up, para quem quiser espreitar. Vale a pena!

Os Globos imitam os críticos e premiam Argo e Affleck




Acaba de terminar há poucos minutos a 70ª cerimónia dos Globos de Ouro, transmitida na NBC e apresentada pelas fabulosas Tina Fey e Amy Poehler. Uma cerimónia mais divertida e leve que anos anteriores e que andou a passo rápido, com momentos geniais com cameos de Fey e Poehler nas categorias de Actor e Actriz em Telefilme ou Minissérie (e mais tarde agarradas a Clooney e Jennifer Lopez), com um high-five de Adele e Daniel Craig, com Quentin Tarantino a cuspir bebida, com Glenn Close a fazer-se de bêbeda, com a inigualável (e inesperada) carantonha de Tommy Lee Jones (que entretanto já se tornou viral pelas redes sociais), com a fantástica apresentação de Will Ferrell e Kristen Wiig e com o extraordinário e surpreendente discurso de Jodie Foster, bastante pertinente acerca de fama e privacidade que terminou com uma saudosa despedida de Foster que, de troféu erguido, grita "a mais cinquenta anos!".

A história principal a reter da cerimónia, contudo, é que o romance entre a película de Ben Affleck e as premiações deste ano continua, com "Argo" a sair com os troféus de Melhor Filme - Drama e Melhor Realizador da cerimónia. De resto, houve distribuição equitatária dos prémios de cinema: "Lincoln" leva para casa o troféu de Melhor Actor - Drama (Day-Lewis), "Zero Dark Thirty" o de Melhor Actriz (Chastain), "Les Misérables" venceu Melhor Filme - Comédia/Musical, Anne Hathaway é a Melhor Actriz Secundária e Hugh Jackman recebeu o prémio de Melhor Actor, Jennifer Lawrence ("Silver Linings Playbook") trouxe consigo o Globo para Melhor Actriz - Comédia/Musical e Tarantino e o seu "Django Unchained" conseguiram dois prémios, Melhor Argumento e Melhor Actor Secundário (Christoph Waltz). 

A categoria de Melhor Actor Secundário está-se a tornar especialmente curiosa a um mês dos Óscares, com vencedores diferentes, o que é refrescante se tivermos em conta que há precisamente um mês atrás diríamos que o prémio iria de caras para Tommy Lee Jones. Outra categoria confusa de decifrar é a de Melhor Filme Animado, com os favoritos "Frankenweenie" e "Wreck-it Ralph" (vencedor do Critics' Choice na quinta) a ver "Brave" ficar com o troféu. Uma escolha muito pouco usada - e mais uma vez pouco consensual. "Amour" ganha o seu milésimo prémio (não menos merecido) de Melhor Filme Estrangeiro. E Adele junta aos seus inúmeros prémios de música o Globo de Ouro. Virá o Óscar a seguir?

Nas categorias de televisão, o affair com "Homeland" vai continuando a pulsar forte (três vitórias, Série, Actriz e Actor - Drama) e a HFPA parece ter ficado também encantada com a nova coqueluche da televisão, Lena Dunham, que traz para casa dois prémios (Actriz e Série - Comédia/Musical). "Game Change" também teve uma boa noite, com Julianne Moore a ganhar Melhor Actriz - Telefilme ou Minissérie, Ed Harris a ganhar Melhor Actor Secundário e o telefilme a ganhar a categoria principal. Don Cheadle ("House of Lies") vence Melhor Actor - Comédia/Musical e Maggie Smith recebe mais um prémio de Melhor Actriz Secundária pela sua condessa de "Downton Abbey". 

A lista completa de vencedores abaixo:

CINEMA

Melhor Filme - Drama
"Argo"

Melhor Actor - Drama
Daniel Day-Lewis, "Lincoln"

Melhor Actriz - Drama
Jessica Chastain, "Zero Dark Thirty"

Melhor Filme - Comédia/Musical
"Les Misérables"

Melhor Actor - Comédia/Musical
Hugh Jackman, "Les Misérables"

Melhor Actriz - Comédia/Musical
Jennifer Lawrence, "Silver Linings Playbook"

Melhor Actor Secundário
Christoph Waltz, "Django Unchained"

Melhor Actriz Secundária
Anne Hathaway, "Les Misérables"

Melhor Argumento
Quentin Tarantino - "Django Unchained"

Melhor Realizador
Ben Affleck - "Argo"

Melhor Canção Original
"Skyfall" - "Skyfall"

Melhor Banda Sonora
Mychael Danna - "Life of Pi"

TELEVISÃO

Melhor Série - Drama
"Homeland"

Melhor Actor - Drama
Damien Lewis, "Homeland"

Melhor Actriz - Drama
Claire Danes, "Homeland"

Melhor Série - Comédia/Musical
"Girls"

Melhor Actor - Comédia/Musical
Don Cheadle, "House of Lies"

Melhor Actriz - Comédia/Musical
Lena Dunham, "Girls"

Melhor Telefilme ou Minissérie
"Game Change"

Melhor Actor - Telefilme ou Minissérie
Kevin Costner, "Hatfields & McCoys"

Melhor Actriz - Telefilme ou Minissérie
Julianne Moore, "Game Change"

Melhor Actor Secundário
Ed Harris, "Game Change"

Melhor Actriz Secundária
Maggie Smith, "Downton Abbey"

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Dia 16 faz 1 ano. Domingo há mais.


É por este tipo de ambiente que os Globos ganham aos Óscares em popularidade. Domingo, dia 13 temos mais. Quem vai acompanhar os Globos de Ouro este ano?