Bem-vindos à primeira edição dos Dial A For Awards, a cerimónia de prémios de cinema do nosso blogue, Dial P For Popcorn. Iremos revelar, categoria a categoria, os nossos seis nomeados e três vencedores entre aqueles que foram, para nós, os melhores filmes de 2010.
MELHOR ACTRIZ:
Annette Bening, THE KIDS ARE ALL RIGHT #2
Isabelle Huppert, WHITE MATERIAL
Nicole Kidman, RABBIT HOLE #1
Natalie Portman, BLACK SWAN
Paprika Steen, APPLAUS
Michelle Williams, BLUE VALENTINE #3
E vocês, que interpretações femininas vos chamaram a atenção em 2010? (agora em retrospectiva: que interpretações ainda permanecem convosco do ano passado?)
Bem sei que é uma vergonha ainda não ter acabado isto mas tenham paciência, quero ver se levo finalmente algo até ao fim cá no blogue. Mais uma categoria - hoje uma das principais - Melhor Actriz.
MELHOR ACTRIZ:
Annette Bening, THE KIDS ARE ALL RIGHT #2
Isabelle Huppert, WHITE MATERIAL
Nicole Kidman, RABBIT HOLE #1
Natalie Portman, BLACK SWAN
Paprika Steen, APPLAUS
Michelle Williams, BLUE VALENTINE #3
Num ano relativamente forte em termos de grandes intepretações femininas, foi difícil limitar-se a estes seis nomes para escolher as nomeadas para esta categoria, tendo em conta que de fora ficou Greta Gerwig, que foi perfeita e curiosamente inesquecível em "Greenberg", Ruth Sheen com um trabalho de uma subtileza e naturalidade admiráveis em "Another Year", a tempestuosa e impulsiva interpretação de Katie Jarvis em "Fish Tank", a taciturna e complexa Ree Dolly (Jennifer Lawrence) de "Winter's Bone", a brilhante e exuberante Birgit Minichmayr em "Everyone Else", a assustadora Kim Hye-Ja em "Mother" e ainda as interpretações honrosas e potentes de Tilda Swinton em "I Am Love" e de Julianne Moore em "The Kids Are All Right".
Arrumadas que estão as minhas menções honrosas, passemos às nomeadas. Annette Bening ("The Kids Are All Right") descobriu a comédia e a humanidade por detrás de uma mulher teimosa, desagradável e pouquíssimo altruísta, de difícil convivência e compreensão, de reacções imprevisíveis, sempre fazendo tudo parecer tão fácil. Natalie Portman ("Black Swan") força o seu físico até ao máximo numa interpretação fantástica, repleta de sensualidade, arte e emoção. Na busca incessante pela perfeição da sua personagem, a artista entrega-se de corpo e alma ao desafio. Como habitualmente, Isabelle Huppert ("White Material") nunca nos desaponta - uma mulher dura e complicada que luta ardentemente por se impor num local em que não desperta grandes simpatias. Que ela encontre formas de nos mostrar calor e simpatia através daquele exterior de pedra é um dom que poucas actrizes na actualidade possuem. Ela é, felizmente, uma delas.
Paprika Steen ("Applaus") é uma descoberta fascinante que credito na integridade a Nathaniel Rogers do The Film Experience, pois se ele não a tivesse mencionado e encorajado a visualização do filme, nunca teria visto "Applaus". Uma interpretação extraordinária, cheia de nuance e conflito, cheia de drama, desespero e auto-comiseração de uma actriz que agora, no fim de carreira, se vê perdida no mundo que nunca quis conhecer a fundo: a vida real. Se Ryan Gosling é absolutamente brilhante e impressionante em "Blue Valentine", é-o parcialmente porque tem uma parceira também ela a trabalhar a um nível bem elevado. Michelle Williams pega numa personagem ambivalente, indecisa, desconfortável na sua própria pele e transforma-a numa pessoa genuína, complexa e bondosa que consegue, por outro lado, ser totalmente auto-destrutiva e corrosiva para todos com que se cruza. Muita classe. Finalmente, a minha escolha para melhor do ano. Toda a gente sabe que Nicole Kidman é das mais ousadas e geniais actrizes que alguma vez surgiu no panteão do cinema. O que poucos ainda acreditavam é que Nicole Kidman pudesse conseguir, depois de vários falhanços que sucederam uma primeira metade da década inacreditável, uma interpretação tão fabulosa que iguale ou até ultrapasse os toques de brilhantismo com que polvilhou "Moulin Rouge!", "Birth", "Dogville", "The Hours" ou "The Others". Em "Rabbit Hole", ela mergulha na profunda depressão e tristeza da personagem, nunca nos deixando perceber o que vai na mente de uma mulher em luto pelo filho tão amado que acabou de perder. Por isso a escolha cuidada de cada reacção, de cada emoção. Incrível a forma desorientada como fica quando perde o seu norte, quando a obrigam a falar sobre o assunto. E inacreditável a serenidade e calor que emanam de uma mulher a quem parece ter sido arrancado as entranhas.
E vocês, que interpretações femininas vos chamaram a atenção em 2010? (agora em retrospectiva: que interpretações ainda permanecem convosco do ano passado?)
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