Pérola dos anos 50 que reúne três das maiores estrelas de então - Lauren Baccall, Betty Grable e a única e insubstituível Marilyn Monroe, "HOW TO MARRY A MILLIONAIRE" é uma comédia romântica de pouca história e pouco interesse para além das cenas partilhadas entre as três protagonistas, uma delícia de ver interagir, contracenar e conviver. Pegando num conto simpático mas pouco ambicioso, embora divertido e perspicaz q.b., o realizador Jean Nagulesco tem pelo menos a sensatez de se afastar, não tentar nada especial e, pelo contrário, deixar as meninas tomar conta e fazer o que sabem melhor. O filme não chega para deixar uma impressão que perdure, todavia também não era para ver o filme que as pessoas se deslocavam ao cinema: era para ver as três actrizes.
Das três, Lauren Baccall é quem tem a personagem mais trabalhada, mais rica, mais inspirada, enquanto que Marilyn Monroe tem de longe o papel mais ingrato, compensando largamente em momentos de comédia mas fraquíssimo no serviço à narrativa. Pouco interessa a sua história e é por isso que acaba relegada como linha narrativa terciária, em detrimento da de Baccall e de Grable. Acaba por não se notar na película porque Monroe enche o ecrã sempre que a vemos e entusiasma a sua facilidade em transformar qualquer acto físico em comédia, auxiliada brilhantemente pela sua aparência ridiculamente pateta e personalidade naïve e delicada (sempre que ela saca dos foleiros óculos com que finge ser inteligente, é uma cena que promete). Betty Grable é a mais pacata das três e, por isso mesmo, perde-se no poder da interpretação das outras duas. Dos três companheiros masculinos vale pouco a pena falar, tão parco é o que contribuem para a história. São o equivalente das personagens femininas na maioria dos filmes de acção de hoje, para pouco existem: servem neste filme para embelezar a história e levar-nos a torcer para estas meninas se aperceberem de que os seus amores estão mais perto do que elas imaginam e pouco mais que isso.
Das três, Lauren Baccall é quem tem a personagem mais trabalhada, mais rica, mais inspirada, enquanto que Marilyn Monroe tem de longe o papel mais ingrato, compensando largamente em momentos de comédia mas fraquíssimo no serviço à narrativa. Pouco interessa a sua história e é por isso que acaba relegada como linha narrativa terciária, em detrimento da de Baccall e de Grable. Acaba por não se notar na película porque Monroe enche o ecrã sempre que a vemos e entusiasma a sua facilidade em transformar qualquer acto físico em comédia, auxiliada brilhantemente pela sua aparência ridiculamente pateta e personalidade naïve e delicada (sempre que ela saca dos foleiros óculos com que finge ser inteligente, é uma cena que promete). Betty Grable é a mais pacata das três e, por isso mesmo, perde-se no poder da interpretação das outras duas. Dos três companheiros masculinos vale pouco a pena falar, tão parco é o que contribuem para a história. São o equivalente das personagens femininas na maioria dos filmes de acção de hoje, para pouco existem: servem neste filme para embelezar a história e levar-nos a torcer para estas meninas se aperceberem de que os seus amores estão mais perto do que elas imaginam e pouco mais que isso.
Infelizmente, como disse, o filme não se aguenta nada bem para os dias de hoje, com algumas piadas verdadeiramente antiquadas e um argumento simpático mas nada de especial. Agora, se me perguntarem se voltava a ver este filme, dir-vos-ia logo que sim: Monroe e Baccall valem sempre a pena. Que actrizes enormes.
Nota Final:
C+
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