Dial P for Popcorn: Julie Andrews celebra 76 anos!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Julie Andrews celebra 76 anos!


Até nem sou muito de participar em postagens colectivas, mas esta proposta do Grupo de Blogues de Cinema Clássico era impossível de recusar, a propósito do 76º aniversário (celebrado a 1 de Outubro, bem sei, mas foi esta a data combinada) de uma das maiores actrizes da história do cinema: Julie Andrews e uma das minhas actrizes e personalidades favoritas de Hollywood.



A propósito do tema deixo-vos ficar, para aguçar o apetite (também vos aconselho a visitar o sítio do Grupo de Blogues, com muitos outros artigos formidáveis aí a vir sobre a actriz, a sua vida e a sua carreira), este brilhante artigo de Nathaniel Rogers no The Film Experience a comemorar o ano transacto o 75º aniversário da actriz.


Bem, mas onde estava? Pois, em Julie Andrews. Vencedora de múltiplos prémios, entre eles o BAFTA, o Globo de Ouro e o Óscar pela sua inolvidável interpretação em "Mary Poppins", um filme que então, hoje e sempre encantará os mais pequenos e fará também as delícias dos mais crescidos, que com ternura e afecto e muito charme faz passar mensagens e lições morais importantes, originou o papel principal de "My Fair Lady" na Broadway - com enorme sucesso e aclamação crítica, diga-se - que, infelizmente, não pode representar no grande ecrã porque na altura os estúdios pretendiam um sucesso imediato e então optaram pela mais famosa actriz da altura, Audrey Hepburn que, curiosamente, nem sequer foi nomeada por esse papel, no ano que viu precisamente Julie Andrews ser coroada com a vitória nos Óscares. Estávamos em 1965 e Hollywood nunca mais iria duvidar de Julie Andrews.


Isto porque a seguir viria aquele que bateria na época todos os recordes de bilheteira e consagraria Julie Andrews no panteão das grandes estrelas de cinema: "The Sound of Music". Nova nomeação para os Óscares e uma legião de milhões de fãs, encantados com o filme e com a actriz, se seguiria.


Mas Andrews não iria descansar mesmo depois de laureada, aclamada e aplaudida por todos. Continua em grande esta década de êxito com "Thoroughly Modern Millie" (o filme com maior receita de bilheteira dos estúdios Universal então), originando o papel de Guinevere na versão original de "Camelot" e com uma colaboração bem sucedida - mas nunca mais repetida, por diferença de perspectivas - com Alfred Hitchcock em "Torn Curtain"

Julie Andrews terminaria a década de 1960 como a maior actriz em Hollywood, que tinha dado à Disney ("Mary Poppins"), à 20th Century Fox ("The Sound of Music") e à Universal ("Thoroughly Modern Millie") os seus maiores êxitos da altura, que tinha protagonizado os dois filmes com maior receita de bilheteira de sempre ("The Sound of Music" e "Mary Poppins", sem ajuste do preço do bilhete obviamente), que tinha protagonizado o maior sucesso de sempre da Broadway ("My Fair Lady") e que tinha estrelado o maior sucesso televisivo da época (o telefilme "Cinderella", pelo qual foi nomeada para os Emmys). Tudo isto apenas aos 34 anos de idade.


Que ela não tenha parado aí é o que faz de Julie Andrews uma mulher, uma actriz e uma estrela tão especial. Ela que continuou a desafiar-se ao longo dos tempos (como com "S.O.B."), que ousou fazer regressar o musical, um dos mais gloriosos géneros cinematográficos da era de Ouro e que se encontrava ostracizado nos anos 80 ("Victor/Victoria", que lhe valeu mais uma nomeação para os Óscares), que procurou sempre novas oportunidades (como a sua série de variedades na ABC, "The Julie Andrews Hour", vencedora de sete Emmys), que nunca esqueceu o bichinho pelo teatro (tendo voltado à Broadway com "Victor/Victoria", adaptando o seu filme - e do seu marido Blake Edwards - para peça) e que nunca esmoreceu com as dificuldades (perdeu a sua voz de canto em 1997, após uma cirurgia para remoção de nódulos nas cordas vocais). E ela também que se soube adaptar em Hollywood e arranjar forma de ganhar uma nova legião de fãs com as suas aparições em "Shrek" e "The Princess Diaries", prova que é realmente impossível, no fim de contas, não nos apaixonarmos por ela.


Esta, meus senhores e minhas senhoras, é Julie Andrews. E eu nunca me vou esquecer que foi esta enorme senhora, belíssima mulher, extraordinária e versátil actriz e estonteante estrela que ofereceu ao mundo momentos tão inesquecíveis quanto estes três que decidi ressalvar abaixo:




Feliz aniversário, Julie! 
E que pensam vocês de Julie Andrews?

2 comentários:

Waldemar Lopes disse...

Penso exatamente como você lindamente escreveu e acrescento: Julie Andrews é uma inspiração! Seu talento, beleza, elegância, charme, graça e gloriosa voz tornam-a um mito admirado e querido por gerações! Seu trabalho nas artes e suas ações humanitárias são verdadeiros legados para um mundo que precisa de cultura e bondade. Uma grande e bela mulher, uma verdadeiramente bela Dama, ou melhor, rainha.

Jorge Rodrigues disse...

WALDEMAR: Faço minhas as suas palavras, ela é uma inspiração, que deixou um legado impressionante!

Obrigado pelo comentário!

Jorge Rodrigues