Dial P for Popcorn: DAFA TV 2011: Melhor Série - Drama

sexta-feira, 6 de abril de 2012

DAFA TV 2011: Melhor Série - Drama


Finalizo os meus prémios com as nomeações - e vencedores - para MELHOR SÉRIE - DRAMA. Habitualmente, atribuo estes prémios no final da temporada de televisão de 2011 (Verão). Este ano, decidi fazer diferente e copiar, por assim dizer, o modelo dos Globos de Ouro, só atribuindo os prémios depois das novas estreias de 2011. 

Os meus nomeados são:

MELHOR SÉRIE - DRAMA:



"Breaking Bad"   #1
"Friday Night Lights"
"Justified"
"Mad Men"   #3
"The Good Wife"  #2
"Treme"

"Breaking Bad" melhora mais a cada temporada que passa. A sua quarta temporada foi tão ou mais genial que a sua antecessora, já de si brilhante, com um estilo, um ambiente e diálogo inconfundível, inequívoco e um confronto final épico. Uma série excepcional, explosiva, tempestuosa, onde a expressão "sem respeito às regras" se aplica completamente. Vince Gilligan tem monstruosas expectativas para domar quando este Verão a série regressar para concluir a história de Walter White, contudo penso que o criador não terá qualquer dificuldade em terminar a série em grande, com um final surpreendente e excitante, como já nos habituou. "Friday Night Lights" foi embora do pequeno ecrã de vez e um misto de tristeza e satisfação pela conclusão de uma das séries mais recompensadoras de seguir de sempre invade os nossos corações. "Always" foi o culminar perfeito de cinco anos em que habitamos Dillon, que nos mostrou Dillon cresceu em nós e nós crescemos com Dillon. "Clear eyes, full hearts, can't lose". "Justified" já era óptimo na sua primeira temporada, mas eleva o nível na segunda e, agora, na terceira temporada. Falemos da segunda que foi a que esteve para consideração nestes prémios, aquela que contou com a soberba Margo Martindale a dar luta, com Boyd e Dickie ao exausto Raylan Givens. Além da escrita fantástica e do fabuloso elenco de que dispõe - a maioria deles encaixa nos seus papéis como se fossem eles naturalmente - a série consegue impressionar porque se mantém única e igual a si mesma, proporcionando entretenimento de qualidade ao mesmo tempo que nos oferece, semana após semana, obras-primas de ficção em vez de meros episódios. "The Good Wife" exibe um nível de qualidade só visto em canais de cabo de excelência. A sobriedade e elegância com que desenvolve as suas histórias, o nível de complexidade narrativa e o talentoso elenco de que dispõe fazem de "The Good Wife" a série que mais admiração merece dos últimos tempos. Ainda para mais se contarmos que tem 10% da liberdade que o cabo dá a séries como "Breaking Bad", "Shameless" ou "Mad Men". Já que falamos dela... Disse de "Mad Men" em 2010: "bem sei que não se deve falar em perfeição porque normalmente esse é um objectivo inatingível, mas a terceira temporada de "Mad Men" foi, sem dúvida, perfeita". A quarta temporada mantém o nível da terceira. Uma série que mudou os nossos tempos ao explorar a vida nos anos 60, uma série inigualável no panorama televisivo e uma série de um calibre e magnitude tais que qualquer novo drama que estreie com raízes em épocas passadas é inevitavelmente comparado com esta besta de série que estreou recentemente a quinta temporada e mostra ter vida e pernas para durar muitos mais anos. Voltando ao que disse em 2010: "Esta vai ser uma série que vai ganhar o Emmy de Melhor Drama até ao dia em que decidir terminar". Mantenho a minha opinião. Falta falar de "Treme". Após revolucionar o mundo dos policiais televisivos com "The Wire", David Simon fez o mesmo com "Treme", ao dar voz e vida às pessoas de Nova Orleães no pós-Katrina e deixá-las contar a sua história. Quem vê "Treme" e via "The Wire" notará logo algumas semelhanças, principalmente a nível da ambição e da visão, das temáticas envolvidas (tal como em "The Wire", "Treme" também mistura sociologia, política, antropologia e religião, entre outros temas, num só episódio), do arrojado toque visual, do ambiente rico e variado em que somos inseridos e da enorme qualidade das histórias. "Treme" conta a verdade, nua e crua, através de um colorido leque de personagens que nos dão conforto (e música alegre, evocativa da região e um incrível complemento ao ambiente da série) quando a série tomba para o seu lado mais depressivo.


FINALISTAS: "Game of Thrones", "Southland", "Parenthood" e "Sons of Anarchy" ficaram perto destes seis finalistas mas, no fim de contas, não consegui ver lugar para nenhum destes quatro acima dos meus nomeados.

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