Não sou adeptos de filmes de terror. Já aqui o escrevi anteriormente. E é sempre assim que gosto de começar uma análise a um filme do género. Admito que encaro este tipo de filmes de um modo diferente, que precisam de muito mais para me convencer. Porque não vejo o medo como algo gratuito. O medo, o suspense, o frenesim de uma cena num filme de terror precisa de vir de dentro do próprio espectador. Precisa de ser algo incontrolável. Algo que nos faça perder a respiração, perder a noção do tempo e do espaço. Já aqui o disse, também, que David Lynch (para quando o seu regresso?!) é um mestre neste negócio. Como tal, filmes que se apresentem com moto-serras e catanas a cortar ao desbarato, com mangueiras de sangue por todo o lado, conseguem aborrecer-me de morte.
No caso deste filme, este caso não se coloca. As cenas mais sangrentas não se tornam fastidiosas. O problema é a sua previsibilidade e a forma como não me conseguiu cativar um único momento. Não me desiludiu, mas também não me surpreendeu. É uma história engraçada, copiada e remisturada algures por aí, que foi americanizada para o grande ecrã. Assim se resume o argumento de The Cabin in The Wood. Num breve resumo, conhecemos a história de cinco amigos que decidem passar o fim-de-semana numa cabana perdida no meio de uma floresta (tão clássico, não?) e que, com o passar do tempo, acabam por se aperceber que foram atraídos para algo monstruoso, do qual não vão conseguir escapar.
Uma das melhores qualidades do filme está no facto de ser curto, sucinto, directo. Seria penoso se o realizador optasse por explorar melhor cada personagem. É um filme que se desenrola numa cadência muito acelerada, sempre com acção, sempre com acontecimentos importantes, decisivos no desenvolvimento do argumento. São atributos que, no entanto, não me convenceram. Senti como perdido o tempo que gastei para ver este filme. Recomendo-o se for um adepto do género. Se não, há outros filmes bem melhores para ver.
Nota Final:
C-
Trailer:
Informação Adicional:
Realização: Drew Goddard
Argumento: Joss Whedon, Drew Goddard
Ano: 2011
Duração: 95 minutos
1 comentário:
Também não me convenceu. Tem uma parte final e toda uma abordagem interessante, mas pouco mais que isso, não sabendo depois explorar essas valências da melhor forma, inclusive ao entrar numa espiral de clichés e estereótipos do género que em nada o dignificam. Talvez se foca-se mais na sua essência (toda a parte final entre o terror e a ficção científica) tivesse ganho bem mais.
Cumprimentos,
Jorge Teixeira
Caminho Largo
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