"The things the love of a mad man can do"
Há, para mim, poucos prazeres na vida e no cinema, que se equiparem ao prazer de ver um filme de Almodóvar. Mesmo aqueles de que não gostei (porque a história me pareceu mal preparada e às vezes incoerente), se tornam diferentes dos demais, pela marca pessoal a partir da qual Almodóvar define as suas longas-metragens, e que o tornaram um realizador, para muitos, de culto.
E La Piel Que Habito é seguramente o seu melhor filme desde os tempos áureos de Hablé con ella e Todo sobre mi madre, com um dos argumentos mais arriscados, delicados e controversos da sua carreira. Os elogios à pelicula são naturais e compreensíveis, e tornam-se ainda mais claros quando temos a oportunidade de ver o filme.
Robert Ledgard (Antonio Banderas) é um bem sucedido cirurgião plástico, especializado em cirurgias de redesignação sexual, que vive uma vida solitária, soturna e melancólica, ensombrado por um passado doloroso, marcado pela perda da sua esposa e da sua filha. Na sua gigantesca mansão, onde gasta grande parte das suas horas em pesquisas laboratoriais e onde, inclusivamente, se dá ao luxo de poder realizar operações plásticas, Robert controla com especial interesse a evolução de Vera Cruz (Elena Anaya), uma paciente que passa os dias entregue à solidão, à leitura e ao yoga. Sem contacto directo com nenhum dos empregados da casa (de onde se destaca, Marilia (Marisa Paredes), a mordoma com quem apenas fala por intercomunicador e que lhe satisfaz todos os caprichos), Vera é uma personagem misteriosa e o grande quebra-cabeças de todo o filme.
A história, que nos vai sendo contada de uma forma gradual, com visitas ao passado e regressos ao presente, é como um novelo que se desenrola lentamente e nos permite perceber o porquê da solidão, mágoa e dor que se vive na casa e na vida de Robert. É um filme brilhante, com uma banda sonora envolvente, uma fotografia que se destaca, não pela beleza das fotografias, mas pelo envolvimento natural e coerente com a atmosfera do filme. Tudo em La Piel Que Habito foi pensado, amadurecido, melhorado e aperfeiçoado. É Pedro Almodóvar no seu melhor.
E La Piel Que Habito é seguramente o seu melhor filme desde os tempos áureos de Hablé con ella e Todo sobre mi madre, com um dos argumentos mais arriscados, delicados e controversos da sua carreira. Os elogios à pelicula são naturais e compreensíveis, e tornam-se ainda mais claros quando temos a oportunidade de ver o filme.
Robert Ledgard (Antonio Banderas) é um bem sucedido cirurgião plástico, especializado em cirurgias de redesignação sexual, que vive uma vida solitária, soturna e melancólica, ensombrado por um passado doloroso, marcado pela perda da sua esposa e da sua filha. Na sua gigantesca mansão, onde gasta grande parte das suas horas em pesquisas laboratoriais e onde, inclusivamente, se dá ao luxo de poder realizar operações plásticas, Robert controla com especial interesse a evolução de Vera Cruz (Elena Anaya), uma paciente que passa os dias entregue à solidão, à leitura e ao yoga. Sem contacto directo com nenhum dos empregados da casa (de onde se destaca, Marilia (Marisa Paredes), a mordoma com quem apenas fala por intercomunicador e que lhe satisfaz todos os caprichos), Vera é uma personagem misteriosa e o grande quebra-cabeças de todo o filme.
A história, que nos vai sendo contada de uma forma gradual, com visitas ao passado e regressos ao presente, é como um novelo que se desenrola lentamente e nos permite perceber o porquê da solidão, mágoa e dor que se vive na casa e na vida de Robert. É um filme brilhante, com uma banda sonora envolvente, uma fotografia que se destaca, não pela beleza das fotografias, mas pelo envolvimento natural e coerente com a atmosfera do filme. Tudo em La Piel Que Habito foi pensado, amadurecido, melhorado e aperfeiçoado. É Pedro Almodóvar no seu melhor.
Nota Final:
A-
Trailer:
Informação Adicional:
Realização: Pedro Almodóvar
Argumento: Obra de Thierry Jonquet, adaptada por Pedro Almodóvar
Ano: 2011
Duração: 117 minutos
A-
Trailer:
Informação Adicional:
Realização: Pedro Almodóvar
Argumento: Obra de Thierry Jonquet, adaptada por Pedro Almodóvar
Ano: 2011
Duração: 117 minutos
5 comentários:
Este e A Dangerous Method já estão na minha lista a ver!
Abraço
Frank and Hall's Stuff
Bruno --- Recomendadíssimo. Depois diz o que achaste.
Carla --- Muitíssimo obrigado, como de costume aliás. Prometo que vamos passar a ter mais cinema clássico por estas bandas, é só deixar a época de exames passar.
Cumprimentos,
Jorge Rodrigues
Olá eu sigo o vosso blog há já algum tempo. Eu escrevi umas considerações sobre o filme. Gostava de ter a vossa opinião. :)
Já agora concordo plenamente com a vossa crítica :) Grande Filme :)
Cumprimentos cinéfilos
http://theporcupinelair.wordpress.com/2011/11/26/la-piel-en-que-habito-2011/
THE PORCUPINE -- Está respondido no teu blogue. Obrigado pelo comentário, continua a visitar!
Jorge Rodrigues
Este foi o meu primeiro filme de Almodóvar..e que bela extreia!
Em breve vou colocar a minha opiniao sobre o filme no meu blog.
Já agora convido a visitá-lo:
silenciosquefalam.blogspot.com
Literatura-cinema e música como temáticas principais.
Aguardo sua visita.
Cumprimentos
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