“Vocês engordaram o porco, agora nós vamos assar!”
Raras são as sequelas que superam os seus antecessores. No caso de Tropa de Elite 2, acredito estarmos perante um filme mais bem conseguido, trabalhado, elaborado e consistente do que o filme que em 2007 surpreendeu o público brasileiro com um retrato fiel da vida de um BOPE no combate ao tráfico e ao crime nas favelas do Rio de Janeiro.
Coronel Roberto Nascimento (Wagner Moura) regressa para o combate de um crime muito mais sofisticado, complexo e poderoso do que aquele que derrotou em Tropas de Elite. Como o título sugere, agora o inimigo é outro e a luta, que antes de caracterizava pelas intensas cenas de tiroteio nas poeirentas favelas, é transportada para as estratégias dos bastidores, para as jogadas de escritório, para o crime em grande escala. Neste filme, o grande inimigo do BOPE e do Coronel Nascimento é a corrupção. Desde os polícias de favela aos mais altos cargos políticos, a corrupção ataca a credibilidade de um estado que se quer justo e responsável e a luta de um só homem contra um império inviolável, preparado e profundamente difundido pela sociedade brasileira, transforma-se numa desigual luta de David contra Golias.
Diogo Fraga (Irandhir Santos) é um ativista brasileiro, popular no Brasil pela sua defesa em prol de um Brasil justo e igual, crítico feroz da violência praticada pela política em relação aos mais desfavorecidos. Casado com a ex-mulher de Roberto Nascimento, rapidamente se transformou numa das mais populares vozes contra as medidas de Nascimento, levando a que o mesmo acabasse despedido da direcção do BOPE depois de um mal sucedido trabalho na Prisão de Bango 1.
Arrastado para fora do trabalho (que se tornou inevitavelmente a sua vida), sozinho, abandonado, Roberto Nascimento recebe um convite do Governador do Rio de Janeiro (o mesmo que havia despedido) para ingressar no Departamento de Segurança Interna e, com a entrega e dedicação pela justiça que o levaram a liderar uma das forças policiais mais mortíferas do mundo, rapidamente promove alterações no seu Departamento e inicia a sua perseguição aos criminosos da cidade.
Aos poucos, Roberto começa a perceber o significado da sua demissão. Começa a perceber o significado de duvidosas promoções. Começa a perceber a verdadeira utilidade que as favelas têm e, aos poucos, a função dos pequenos traficantes de rua que o BOPE prende às centenas e que parecem nunca acabar. Roberto começa, aos poucos, a perceber a verdadeira lei das favelas. Juntamente com Diogo Fraga, começam uma batalha que tem tudo para ser inglória. Uma batalha que, vista de fora, muitos rejeitariam e ignorariam, pela estrondosa dificuldade de combater uma rede criminosa tão poderosa. Mas felizmente para o Brasil que a personagem de Roberto não se fica pelo ecrã de cinema. Tropa de Elite 2 levanta-nos o véu de algo que ultrapassa a nossa imaginação. De algo tão enraizado na sociedade brasileira que, só muito tempo, dedicação e coragem conseguirão destruir. É um filme trabalhado ao pormenor, revelador de uma dedicação e coragem enormes por parte de quem o escreve, realiza, produz e edita. E Wagner Moura revela-se muito mais do que um grande actor. A personagem do Coronel Nascimento é a personificação de um homem de ideais, cujo exemplo certamente impulsionará o combate ao crime organizado no Brasil.
Coronel Roberto Nascimento (Wagner Moura) regressa para o combate de um crime muito mais sofisticado, complexo e poderoso do que aquele que derrotou em Tropas de Elite. Como o título sugere, agora o inimigo é outro e a luta, que antes de caracterizava pelas intensas cenas de tiroteio nas poeirentas favelas, é transportada para as estratégias dos bastidores, para as jogadas de escritório, para o crime em grande escala. Neste filme, o grande inimigo do BOPE e do Coronel Nascimento é a corrupção. Desde os polícias de favela aos mais altos cargos políticos, a corrupção ataca a credibilidade de um estado que se quer justo e responsável e a luta de um só homem contra um império inviolável, preparado e profundamente difundido pela sociedade brasileira, transforma-se numa desigual luta de David contra Golias.
Diogo Fraga (Irandhir Santos) é um ativista brasileiro, popular no Brasil pela sua defesa em prol de um Brasil justo e igual, crítico feroz da violência praticada pela política em relação aos mais desfavorecidos. Casado com a ex-mulher de Roberto Nascimento, rapidamente se transformou numa das mais populares vozes contra as medidas de Nascimento, levando a que o mesmo acabasse despedido da direcção do BOPE depois de um mal sucedido trabalho na Prisão de Bango 1.
Arrastado para fora do trabalho (que se tornou inevitavelmente a sua vida), sozinho, abandonado, Roberto Nascimento recebe um convite do Governador do Rio de Janeiro (o mesmo que havia despedido) para ingressar no Departamento de Segurança Interna e, com a entrega e dedicação pela justiça que o levaram a liderar uma das forças policiais mais mortíferas do mundo, rapidamente promove alterações no seu Departamento e inicia a sua perseguição aos criminosos da cidade.
Aos poucos, Roberto começa a perceber o significado da sua demissão. Começa a perceber o significado de duvidosas promoções. Começa a perceber a verdadeira utilidade que as favelas têm e, aos poucos, a função dos pequenos traficantes de rua que o BOPE prende às centenas e que parecem nunca acabar. Roberto começa, aos poucos, a perceber a verdadeira lei das favelas. Juntamente com Diogo Fraga, começam uma batalha que tem tudo para ser inglória. Uma batalha que, vista de fora, muitos rejeitariam e ignorariam, pela estrondosa dificuldade de combater uma rede criminosa tão poderosa. Mas felizmente para o Brasil que a personagem de Roberto não se fica pelo ecrã de cinema. Tropa de Elite 2 levanta-nos o véu de algo que ultrapassa a nossa imaginação. De algo tão enraizado na sociedade brasileira que, só muito tempo, dedicação e coragem conseguirão destruir. É um filme trabalhado ao pormenor, revelador de uma dedicação e coragem enormes por parte de quem o escreve, realiza, produz e edita. E Wagner Moura revela-se muito mais do que um grande actor. A personagem do Coronel Nascimento é a personificação de um homem de ideais, cujo exemplo certamente impulsionará o combate ao crime organizado no Brasil.
Nota Final: B+
Trailer:
Informação Adicional:
Realização: José Padilha
Argumento: José Padilha
Ano: 2010
Duração: 116 minutos
Realização: José Padilha
Argumento: José Padilha
Ano: 2010
Duração: 116 minutos
1 comentário:
Deve estar qualquer coisa este filme! Ainda não tive oportunidade de vê-lo, though.
Sarah
http://depoisdocinema.blogspot.com
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