Há já alguns dias que penso falar-vos de Henry Spencer (Jack Nance), o protagonista da primeira grande obra de David Lynch. Eraserhead é seguramente um dos filmes mais surrealistas que algumas vez vi. Se Lynch é capaz de produzir cinema peculiar, Eraserhead será certamente um clássico dentro deste género. São muitas e distintas as opiniões sobre o que Lynch é capaz de fazer. Há quem o tome como um génio do cinema (e eu assino por baixo). Há quem o considere presunçoso e incompetente. Há quem o deteste. Há quem o admire.
Para mim, Lynch é único. E quando ouço dizerem-me que "O Black Swan é de uma complexidade admirável" é como se visse uma faca a apunhalar Lynch pelas costas.
Ninguém como ele consegue criar suspense. Não são precisos momentos de carnificina, de suspense previsível, de fantasmas computorizados. Lynch mexe com o espectador. Coloca a câmara num plano que limita a visão do público, junta-lhes a luminosidade e a música de fundo e por fim, o terrível e desesperante suspense do silêncio (algo tão raro no cinema dos dias de hoje). E tudo isto transforma filmes como Eraserhead, Mulholland Drive ou Lost Highway em obras eternas, que não deixam indiferente nenhum amante do cinema.
Eraserhead, e em especial Henry Spencer, é o primeiro heterónimo de um génio chamado David Lynch. Um impressor em período de férias, descobre que a sua namorada está grávida de uma aberração. Um bébé disforme, que destrói todos planos projectados num futuro feliz e próspero. A ausência da sua namorada, que o deixa sozinho com o seu "filho" levam Henry à loucura e ao delírio. Em diversos sonhos, Henry imagina situações bizarras, que transportam a atmosfera do filme para um clímax negro, trágico, dramático. O caminho de um homem pela estrada da loucura é penoso. E Eraserhead retrata-o de uma forma emblemática.
Para mim, Lynch é único. E quando ouço dizerem-me que "O Black Swan é de uma complexidade admirável" é como se visse uma faca a apunhalar Lynch pelas costas.
Ninguém como ele consegue criar suspense. Não são precisos momentos de carnificina, de suspense previsível, de fantasmas computorizados. Lynch mexe com o espectador. Coloca a câmara num plano que limita a visão do público, junta-lhes a luminosidade e a música de fundo e por fim, o terrível e desesperante suspense do silêncio (algo tão raro no cinema dos dias de hoje). E tudo isto transforma filmes como Eraserhead, Mulholland Drive ou Lost Highway em obras eternas, que não deixam indiferente nenhum amante do cinema.
Eraserhead, e em especial Henry Spencer, é o primeiro heterónimo de um génio chamado David Lynch. Um impressor em período de férias, descobre que a sua namorada está grávida de uma aberração. Um bébé disforme, que destrói todos planos projectados num futuro feliz e próspero. A ausência da sua namorada, que o deixa sozinho com o seu "filho" levam Henry à loucura e ao delírio. Em diversos sonhos, Henry imagina situações bizarras, que transportam a atmosfera do filme para um clímax negro, trágico, dramático. O caminho de um homem pela estrada da loucura é penoso. E Eraserhead retrata-o de uma forma emblemática.
1 comentário:
Eu assumo-me commo um fã de Lynch. Muito por causa de uma aparente insanidade mental com que muito me identifico.
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