Dial P for Popcorn: CHRONICLE (2012)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

CHRONICLE (2012)




Muito daquilo que eu aqui escrever sobre este filme, o leitor já o viu recriado noutros filmes que envolvem super-heróis e o mundo fantástico dos poderes especiais. Claro, o nosso protagonista tinha que ser um rapaz ostracizado pela sociedade e pelos que o rodeiam, numa família destruída pelo álcool e pela doença, vivendo isolado no seu quarto, rodeado pelas suas ideias e atormentado pelas suas próprias fobias, numa personalidade volátil, que reprimiu emoções e atitudes ao longo de muitos anos.


Andrew (Dane DeHaan, acredito, um promissor actor) é o jovem que decide pegar numa câmara e filmar todos os seus dias. Determinado a combater a chacota geral, Andrew vai habituando os que o rodeiam à sua companheira e arrisca a sua (pouca) popularidade ao levar consigo a sua artesanal máquina de filmar para uma festa particular, num barracão abandonado, onde um grupo de jovens se juntaram para uma festa bastante alternativa. É a meio da noite, quando a festa está ao rubro, que Andrew é convidado pelo seu primo Alex e pelo popular Steve Montgomery a visitar um misterioso buraco, perdido no meio da floresta, onde a luz e o brilho de uma rocha vão para sempre transformar as suas vidas. Nos dias seguintes, os três jovens percebem que algo de diferente se passa com os seus corpos. Com o poder da mente conseguem controlar tudo aquilo que os rodeia e vão, de forma gradual, aumentando o grau de dificuldade das suas habilidades. Aquilo que começa por uma divertida brincadeira vai, aos poucos, acabar por se transformar em algo complexo, perigoso e que acabará por corroer os sentimentos e o lado mais humano destes jovens.


Até aqui, o leitor já percebeu que se trata de mais uma clássica e reciclada história de super-heróis. O que torna Chronicle um filme ligeiramente diferente e, até, interessante, é a forma arrojada com que se decidiu transportar esta história para o grande ecrã. Filmado no cada vez mais popular estilo self-camera (algo bem complexo de concretizar), existem neste filme alguns pormenores de originalidade que o distanciam, pouco, dos que existem dentro do género. Os efeitos especiais, uma parte importante do seu sucesso, cumprem os requisitos mínimos. A história não me surpreendeu, mas é sempre um filme que se vê de forma agradável e despreocupada. Aconselho, se gostar do género.

Nota Final: 
C+


Trailer:



Informação Adicional:
Realização: Josh Trank
Argumento: Max Landis e Josh Trank
Ano: 2012
Duração: 84 minutos

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