Dial P for Popcorn: SOURCE CODE (2011)

domingo, 17 de abril de 2011

SOURCE CODE (2011)


Depois da estreia de Moon, talvez a grande surpresa de 2009, as expectativas sobre o novo filme de Duncan Jones eram demasiado altas. Quem consegue criar um ambiente de suspense como o de Moon e empregar toda a carga dramática numa personagem como a de Sam Rockwell tem, necessariamente, que ser um tipo com talento.


E Source Code até nem é um filme mau de todo. Não acredito que compense o valor do bilhete de cinema, mas também não é uma total perda de tempo. Embora a sua ideia inicial seja bem conseguida, o seu final é totalmente despropositado, destruindo a lógica de um filme, a meu ver, ambicioso. Compreendo a dificuldade de se encontrar um final lógico para um filme assim, mas também acho que cada um só deve fazer aquilo que é capaz. Dar um passo maior do que a perna, acaba quase sempre em asneira.


O Capitão Colter Stevens (Jake Gyllenhaal) vê-se obrigado a viver os últimos oito minutos de vida de Sean Fentress, um Professor de História assassinado poucas horas antes num atentado ao comboio onde seguia com a mulher por quem se apaixonara, Christina Warren (Michelle Monaghan). Tendo como missão descobrir ao autor do massacre, Stevens viaja por diversas vezes até ao ponto inicial de toda a história e, aos poucos, vai organizando as peças de um puzzle que foi obrigado construir.


Durante as várias viagens no tempo, Stevens aproveita para tentar perceber o porquê da sua escolha para um trabalho tão amargo, o significado das conversas com Colleen Goodwin (Vera Farmiga) uma das responsáveis pelo projecto Source Code, que o coordena e orienta nas sua missão. O sucesso desta experiência significará a salvação de centenas de milhares de vidas e, o peso nos ombros de Stevens transforma-o num herói de circunstância, astuto e perspicaz.


Uma ideia interessante, com um péssimo final a lembrar as historias de fábrica feitas em Hollywood. Vale-se, em muito, da enorme qualidade de Jake Gyllenhaal, com uma interpretação de bom nível. Guarde os cinco euros do bilhete para outro filme. Ou então gaste-os em Tropa de Elite 2, seguramente o melhor filme em exposição nos cinemas portugueses.

Nota Final: C


Trailer:




Informação Adicional:
Relização: Duncan Jones
Argumento: Ben Ripley

Duração: 93 minutos

Ano: 2011

3 comentários:

Pedro disse...

Estoy de acuerdo con tu reseña. Un final tipo Hollywood, es decir, feliz, a pesar de cómo se desarrollaba la trama. Una pena, porque en mi opinión las actuaciones fueron muy buenas.

DiogoF. disse...

Quero muito ver isto, mas ainda não tive oportunidade.

RicardoRodrigues disse...

Não poderia estar mais de acorodo! Para mim o que mais pecou neste filme foi mesmo o final que, para agradar o público, acabou por contradizer todo o filme... Fiquei um pouco decepcionado...