Dial P for Popcorn: Revisão da Década: Melhores Bandas Sonoras (Parte 1)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Revisão da Década: Melhores Bandas Sonoras (Parte 1)

Não é uma rubrica per se, até porque não sei se vou fazer mais do género - este post ainda vem na continuação da Revisão da Década que eu andava a fazer no antigo blogue, em que falei dos meus Melhores Filmes da Década (aqui), nos Melhores Actores (aqui) e Melhores Actrizes (aqui). Talvez ainda pegue em realizadores (se bem que estava a pensar falar deles na rubrica "Pessoas da Década". E até porque ainda não tinha falado de música aqui no blogue novo, decidi que era altura.

Aviso desde já também que nisto só entram Bandas Sonoras Originais (daí a exclusão de algumas como "The Boat That Rocked" e "(500) Days of Summer").

Então cá vão, por ordem ascendente, as minhas 25 bandas sonoras favoritas dos anos 2000.

Nesta parte 1, vamos do #25 ao #13:


25. Alexandre Desplat, "The Painted Veil" (também por "Fantastic Mr. Fox", que não consegui colocar aqui na lista)


Quieta e emotiva, delicada e penetrante, a banda sonora de Desplat para a obra-prima de encanto visual de John Curran é belíssima. E o solo de piano de Lang é absolutamente celestial.

   


25. Thomas Newman, "Revolutionary Road" (também por "Road to Perdition")

Trabalho inestimável nos dois casos, bastante parecido nalguns aspectos, mas no geral a impressão que fica é de excelência. Potente, tocante e melodramática o quanto baste.




23. Elliot Goldenthal, "Frida"


Fresca, leve e com bastante musicalidade, a banda sonora de Elliot Goldenthal, premiada com o Óscar em 2002, é de sonho.

   


22. Air, "The Virgin Suicides"


Sofia Coppola disse que desde sempre soube que queria esta banda sonora feita pelos Air. O soft rock retro da banda combinou na perfeição com o tom dramático subtil do filme.




21. Michael Brook e Eddie Vedder, "Into The Wild"


Se Eddie Vedder dá um toque de sofisticação especial à banda sonora com as suas canções originais, como "Society", é Michael Brook que lhe dá alma com o seu toque mais rural, mais rústico, mais rude.




20. Howard Shore, trilogia "Lord of The Rings"


Imperial. Monumental. Poderosa. Fortíssima. Digna dos filmes a que pertence.




19. Clint Mansell, "The Fountain"


Divinal é a palavra que se pretende. Clint Mansell é um visionário, tal como o realizador com quem mais colabora, Darren Aronofsky. E esta banda sonora, efervescente e lustruosa iguala a beleza transcendente que transparece no ecrã.




18. Nick Cave e Warren Ellis, "The Proposition" (também por "The Road")


Porque são ambos dois filmes de John Hilcoat, ambos sombrios, deprimentes e opressivos e porque a ambos a banda sonora de Cave e Ellis dá uma importante ajuda. São o complemento ideal para digerar algumas das cenas mais viscerais.




17. Terrence Blanchard, "25th Hour"


Uma banda sonora meditativa, que se eleva nos momentos-chave, acompanhando a nossa corrente de emoções, desde a irritação, a frustração, a impotência, o incómodo, a rendição e a pena.




16. Michael Andrews, "Me and You and Everyone We Know"


Dizer que esta banda sonora é um dos principais motivos por o filme ser tão acarinhado é pouco. A simbiose de instrumentos criada por Michael Andrews é sublime, com cor e graciosidade para dar e vender.




15. Alberto Iglesias, "Volver"


As bandas sonoras dos filmes de Almodovar devem saber acompanhar bem a forma de fazer filmes do realizador. A música serve para nos fazer interiorizar melhor cada fala, cada cena, cada momento. E se há filme em que o compositor serviu na perfeição os preceitos de Almodovar, é em "Volver". Iglesias, um longo colaborador de Almodovar, pega no complexo melodrama familiar que o realizador espanhol idealizou e contruiu a partir daí uma banda sonora intricada, detalhada, complexa, como o próprio Almodovar gostaria.




14. Phillip Glass, "The Fog of War" (também por "The Hours")


As partituras de Glass são sempre muito ricas, seja para assuntos mais vivos como para assuntos mais depressivos - a de "The Hours", singela, silenciosa, sepulcral por vezes, tão diferente desta. Agora falo desta banda sonora para um documentário que eu só vi inicialmente para ouvir a banda sonora dele. Banda sonora fascinante, viva, furiosa, raivosa, com múltiplos clímaxes, bastante poderosa.




13. Carter Burwell e Karen O, "Where The Wild Things Are"


Ainda acho hoje um roubo sacrilegioso esta banda sonora não ter tido uma nomeação. Incrível a força como junta a alegria e a fantasia das crianças com uma imagem mais pálida, mais triste do mundo dos adultos. Harmoniosa, melodiosa e vibrante, mas também leve e melancólica.




1 comentário:

Roberto Simões disse...

Pois, mais uma série de grandes soundtracks. Daqui destacaria INTO THE WILD, THE HOURS, FRIDA, LOTR, THE FOUNTAIN.

Temos gostos musicais muito parecidos, no que a bandas sonoras diz respeito.

Cumps.
Roberto Simões
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