Dial P for Popcorn: Takeshi Kitano - FIREWORKS (1997)

sábado, 11 de setembro de 2010

Takeshi Kitano - FIREWORKS (1997)


E em Fireworks, Takeshi Kitano "mostrou as suas garras"! Que filmaço! Desde a intensidade de todas as cenas até pose do próprio Takeshi Kitano (que escreve, realiza e actua como principal personagem) que se caracteriza por se expressar, quase sempre, por pequenos monossílabos imperceptíveis, escondendo um misterioso olhar por detrás dos seus óculos escuros.


Fireworks é um filme que ocorre, durante todo o tempo, em dois espaços temporais distintos que se misturam e envolvem, exigindo a atenção do espectador. No mais antigo, Yoshitaka Nishi (Takeshi Kitano) é parceiro de Horibe (Ren Ohsugi) e ambos são polícias distintos e admirados. Até que Horibe se envolve numa cena de tiroteio e fica paraplégico. Aí, somos transportados para o outro espaço temporal. Neste, ao qual podemos chamar de presente, Nishi já não é polícia e vive para a sua mulher tentando dar alguma luz à vida da mesma, a qual está em grande risco devido a uma doença terminal. Horibe, antes homem de família, é agora um homem abandonado e Nishi, com sentimentos de culpa vai dando-lhe uma mão e tentanto que a sua vida melhore.


Takeshi Kitano percebe os dramas sociais de uma forma tocante e expressa as suas ideias sem rodeios, com uma frieza e uma clarividência que deixam o espectador completamente sentido com os problemas das suas personagens e solidário com as suas dificuldades. Gostei imenso de Fireworks, um drama policial que tantas vezes se repete por esse mundo fora, onde os intervenientes são anónimos que sofrem e lutam em silêncio.


Nota Final: A-

Trailer:




Informação Adicional:
Realização: Takeshi Kitano
Argumento: Takeshi Kitano
Ano: 1997
Duração: 103 minutos.

2 comentários:

Jorge Rodrigues disse...

A tua imagem não dava, por isso troquei-a ;)

Olha, gosto da ideia do filme e portanto cada vez mais me intrigas com estes títulos asiáticos ;)

P.S. - O post sobre THE DEPARTED chegará amanhã :)

Abraço!

Axel disse...

Este filme é algo que altera a realidade de quem o vê. Nunca mais se vê um filme hollywoodesco da mesma maneira, todas as mensagens parecem pequenas, todas as cenas vazias de sentido. Este é um filme denso, um filme que devia ensinar aos realizadores do ocidente que maior parte das coisas que fazem não passam muitas vezes de lugares comuns e ideias rebatidas.