Loong Boonmee raleuk chat, vencedor da Palma de Ouro da última edição do Festival de Cannes, é um dos filmes mais estranhos e bizarros que alguma vez vi. Tudo bem que homens-macaco, espíritos a fazerem diálises peritoneais e, possivelmente o ponto alto do filme, uma mulher a ser penetrada por um peixe, certamente representam metáforas de algo grandioso. No entanto, a minha imaginação tem limites e eu não consegui perceber qual era o interesse daquilo que acabei de ver.
O filme conta a história dos últimos dias de Boonmee (Thanapat Saisaymar), um homem na casa dos cinquenta anos, com uma insuficiência renal grave, que lhe limita a actividade e a saúde. Cedo, no filme, Boonmee percebe que os seus dias estão contados e a morte se aproxima. Para o acompanharem na sua jornada final, e aqui é que a "festa" começa, a sua falecida mulher Huay aparece subitamente, vinda do mundo dos espíritos e, juntamente com a sua irmã Jen e o seu sobrinho Thong, partilham um jantar e memórias do passado. É aí que aparece mais uma das surpresas de Apichatpong Weerasethakul: Boonsong, filho de Boonmee, que desaparecera aquando da morte da mãe e, regressa agora, transformado em homem-macaco e atraído pela sensação de morte que o pai libertava.
E no meio desta história, temos uma pequena referência a uma princesa desfigurada, Wallapa Mongkolprasert, que deseja uma imagem bonita e atraente. A sua vontade leva-a a criar ilusões de beleza num lago, de onde uma voz sai e a atrai com palavras românticas e sedutoras. Mongkolprasert entrega-se ao lago e é então possuída por um peixe, com o qual faz amor, numa cena bastante peculiar...
De resto, fico por perceber o porquê da Palma de Ouro, que habitualmente premeia filmes de grande qualidade, ter orientado a escolha, no meu ignorante entender, para um filme cuja componente subjectiva se encontra ao nível de poucos (mas certamente brilhantes) iluminados. Eu nem sei que nota hei-de dar a isto. O conselho que vos deixo é: vejam o filme, retirem as vossas conclusões e, por fim, deixem-nos aqui a vossa opinião. Eu vou adorar saber o que têm a dizer sobre o filme!
O filme conta a história dos últimos dias de Boonmee (Thanapat Saisaymar), um homem na casa dos cinquenta anos, com uma insuficiência renal grave, que lhe limita a actividade e a saúde. Cedo, no filme, Boonmee percebe que os seus dias estão contados e a morte se aproxima. Para o acompanharem na sua jornada final, e aqui é que a "festa" começa, a sua falecida mulher Huay aparece subitamente, vinda do mundo dos espíritos e, juntamente com a sua irmã Jen e o seu sobrinho Thong, partilham um jantar e memórias do passado. É aí que aparece mais uma das surpresas de Apichatpong Weerasethakul: Boonsong, filho de Boonmee, que desaparecera aquando da morte da mãe e, regressa agora, transformado em homem-macaco e atraído pela sensação de morte que o pai libertava.
E no meio desta história, temos uma pequena referência a uma princesa desfigurada, Wallapa Mongkolprasert, que deseja uma imagem bonita e atraente. A sua vontade leva-a a criar ilusões de beleza num lago, de onde uma voz sai e a atrai com palavras românticas e sedutoras. Mongkolprasert entrega-se ao lago e é então possuída por um peixe, com o qual faz amor, numa cena bastante peculiar...
De resto, fico por perceber o porquê da Palma de Ouro, que habitualmente premeia filmes de grande qualidade, ter orientado a escolha, no meu ignorante entender, para um filme cuja componente subjectiva se encontra ao nível de poucos (mas certamente brilhantes) iluminados. Eu nem sei que nota hei-de dar a isto. O conselho que vos deixo é: vejam o filme, retirem as vossas conclusões e, por fim, deixem-nos aqui a vossa opinião. Eu vou adorar saber o que têm a dizer sobre o filme!
Nota Final: C
Trailer:
Informação Adicional:
Realização: Apichatpong Weerasethakul
Argumento: Apichatpong Weerasethakul
Ano: 2010
Duração: 114 minutos.
Trailer:
Informação Adicional:
Realização: Apichatpong Weerasethakul
Argumento: Apichatpong Weerasethakul
Ano: 2010
Duração: 114 minutos.
5 comentários:
O que tenho a dizer é que não achei a componente subjectiva deste filme "ao nível de poucos (mas certamente brilhantes) iluminados" :)
Não me custou perceber que a princesa trata-se de uma vida anterior de Boonmee: basta ler o título do filme para lá chegarmos...
Quanto à minha opinião sobre o filme, vejo-o como uma interessante alegoria acerca da fragilidade e mortalidade humana.
Cumps cinéfilos.
Obrigado pelo teu comentário Sam! Eu não entendi o interesse do filme. Mas é bom para um filme criar opiniões e pontos de vista diferentes! ;)
Abraço!
Caro João, mais do que aconteceu com The Social Network, não sabes o prazer que me deu ler esta tua crítica. Finalmente, finalmente ! Finalmente alguém que percebe que este filme não vale absolutamente nada e que ninguém compreende como é que isto é elevado ao nível de obras como Wild at Heart, The Pianist, Barton Fink, etc etc (vencedores da Palma). Em breve deixarei a crítica no meu blog, no pack de críticas rápidas.
Abraço.
Tenho que ver o filme para poder tecer opiniões, mas normalmente até costumo gostar deste género de filme...
Diogo, muito obrigado pelo teu comentário. Fico feliz por saber que alguém com conhecimentos bem mais profundos do que os meus a nível cinematográfico concorda comigo. É na verdade, um alívio! É que senti-me um perfeito estupido a ver este filme e, ao contrário de outros de extrema complexidade com os casos de Fellini ou David Lynch, não percebi nunca se havia algum interesse por detrás de cenas soltas e atiradas ao acaso.
Ainda relativamente ao post do Sam, deixo a minha opinião sobre a cena da princesa: Na altura, a interpretação que fiz, foi a de que seria um sonho da Tia Jen, visto esta demonstrar alguns complexos com a sua imagem e estatuto de solteira e deixar sempre, ao de leve, a vontade de se envolver com rapazes mais novos.
Caro Tiago, é sempre bom ter-te por aqui. Espero que nos deixes a tua opinião sobre filme depois de o veres. E espero também que não te desiluda tanto como a mim!
Cumprimentos para todos!
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