Juntar os irmãos Coen a um Western é o equivalente a colocar uma cereja no topo de um enorme e delicioso bolo. Para mim, esta combinação é o equivalente a um sonho que se torna realidade. Já o disse aqui, por diversas vezes, que estes são os meus realizadores favoritos, em actividade, e como tal, sendo eu um fan de Westerns, vê-los a colocar a sua magia num género cada vez mais esquecido e ostracizado, deixa-me indescritivelmente feliz.
Saí feliz, contente, realizado e convencido da sala de cinema. Todos os actores de True Grit estão a um nível altíssimo: Jeff Bridges espalha charme e versatilidade pelo ecrã, numa prestação de grande qualidade e que, infelizmente, não será devidamente recompensada com o Óscar de melhor actor; Hailee Steinfeld, justifica a nomeação e deixa no ar a perspectiva de uma grande carreira, com uma natural propensão para papéis carismáticos e intensos; Matt Damon, certamente num dos papéis mais divertidos de toda a sua carreira, o meu favorito deste filme, e a prova de que os Coen fazem o que querem de um actor; Por fim, Josh Brolin, com apenas 10 ou 15 minutos de protagonismo, num papel diferente daquele a que nos habituou, mas pleno de oportunismo e extremamente bem aproveitado.
Ora bem, fui ao cinema sem sequer ver o trailer de True Grit. E fiquei, como já vos disse, verdadeiramente agradado. Não existisse uma obra-prima chamada Biutiful, e True Grit seria certamente o meu favorito deste ano.
Adaptado do livro de Charles Portis, Ethan e Joel Coen não deixam os créditos por mãos alheias. A magia de um filme dos Coen é a imprevisibilidade dos acontecimentos. A qualquer momento, uma cena emocionante de verdadeira partilha de amor entre duas pessoas, pode natural e espontaneamente, dar lugar a uma cena do humor negro e ácido com que os Coen me conquistaram.
A base da história, vou tentar resumi-la em poucas linhas: Ao ver o seu pai ser assassinado às mãos do cruel oportunista Tom Chaney (Josh Brolin), Mattie Ross (Hailee Steinfeld) decide vingar a morte do seu progenitor e partir à procura do responsável pela sua morte. Para a ajudar, contrata um temível e impiedoso Marshal, Reuben J. "Rooster" Cogburn (Jeff Bridges) e partem no encalço de Chaney. Cedo percebem que não são os únicos a quererem a cabeça do fora-de-lei: LaBoeuf (Matt Damon), um Ranger do Texas, persegue o mesmo assassino há diversos meses a mando de uma abastada família do Texas. Juntos, partem numa atribulada aventura, onde serão diversos os obstáculos a ultrapassar e constantes as dificuldades com as quais se irão deparar.
True Grit é um filme cheio de garra, cheio de personalidade, cheio dos Coen, cheio de humor negro, cheio de carisma, cheio de momentos únicos. True Grit é um filme que os fans dos Coen vão amar. True Grit é a prova de que os Coen nunca falham: são uma máquina de fazer cinema com qualidade, um fenómeno da sétima arte e uma das poucas razões pelas quais ainda vale a pena ver o Cinema produzido nos Estados Unidos.
Informação Adicional:
Realização: Joel e Ethan Coen
Argumento: Adaptação de Joel e Ethan Coen, a partir do livro de Charles Portis
Ano: 2010
Duração: 110 minutos.
Saí feliz, contente, realizado e convencido da sala de cinema. Todos os actores de True Grit estão a um nível altíssimo: Jeff Bridges espalha charme e versatilidade pelo ecrã, numa prestação de grande qualidade e que, infelizmente, não será devidamente recompensada com o Óscar de melhor actor; Hailee Steinfeld, justifica a nomeação e deixa no ar a perspectiva de uma grande carreira, com uma natural propensão para papéis carismáticos e intensos; Matt Damon, certamente num dos papéis mais divertidos de toda a sua carreira, o meu favorito deste filme, e a prova de que os Coen fazem o que querem de um actor; Por fim, Josh Brolin, com apenas 10 ou 15 minutos de protagonismo, num papel diferente daquele a que nos habituou, mas pleno de oportunismo e extremamente bem aproveitado.
Ora bem, fui ao cinema sem sequer ver o trailer de True Grit. E fiquei, como já vos disse, verdadeiramente agradado. Não existisse uma obra-prima chamada Biutiful, e True Grit seria certamente o meu favorito deste ano.
Adaptado do livro de Charles Portis, Ethan e Joel Coen não deixam os créditos por mãos alheias. A magia de um filme dos Coen é a imprevisibilidade dos acontecimentos. A qualquer momento, uma cena emocionante de verdadeira partilha de amor entre duas pessoas, pode natural e espontaneamente, dar lugar a uma cena do humor negro e ácido com que os Coen me conquistaram.
A base da história, vou tentar resumi-la em poucas linhas: Ao ver o seu pai ser assassinado às mãos do cruel oportunista Tom Chaney (Josh Brolin), Mattie Ross (Hailee Steinfeld) decide vingar a morte do seu progenitor e partir à procura do responsável pela sua morte. Para a ajudar, contrata um temível e impiedoso Marshal, Reuben J. "Rooster" Cogburn (Jeff Bridges) e partem no encalço de Chaney. Cedo percebem que não são os únicos a quererem a cabeça do fora-de-lei: LaBoeuf (Matt Damon), um Ranger do Texas, persegue o mesmo assassino há diversos meses a mando de uma abastada família do Texas. Juntos, partem numa atribulada aventura, onde serão diversos os obstáculos a ultrapassar e constantes as dificuldades com as quais se irão deparar.
True Grit é um filme cheio de garra, cheio de personalidade, cheio dos Coen, cheio de humor negro, cheio de carisma, cheio de momentos únicos. True Grit é um filme que os fans dos Coen vão amar. True Grit é a prova de que os Coen nunca falham: são uma máquina de fazer cinema com qualidade, um fenómeno da sétima arte e uma das poucas razões pelas quais ainda vale a pena ver o Cinema produzido nos Estados Unidos.
Notal Final: A-
Trailer:
Informação Adicional:
Realização: Joel e Ethan Coen
Argumento: Adaptação de Joel e Ethan Coen, a partir do livro de Charles Portis
Ano: 2010
Duração: 110 minutos.
4 comentários:
Eu estou cheia de curiosidade de ver este filme:)
Também gostei muito deste filme, João! Está uma boa crítica sim senhor.
Os irmãos Coen raramente desapontam. Não daria uma nota tão alta mas sim concordo com o que disseste.
Cumprimentos!
Obra prima dos Coen. Supera!
Abs.
RODRIGO
Que pena ... eu adoro os Cohen mas para mim este filme é incompreensível. Porquê fazer um filme que é uma réplica de um filme já existente (o john whine ganhou um óscar com a sua interpretação!!!)é o fim de uma era ... não há dúvida. Claro que o filme é mt bem feito, a realização é fantástica, a interpretação é excelente, mas porquê repetir o mesmo filme??? expliquem-me, por favor.
ana
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