Bem-vindos à primeira edição dos Dial A For Awards, a cerimónia de prémios de cinema do nosso blogue, Dial P For Popcorn. Iremos revelar, categoria a categoria, os nossos seis nomeados e três vencedores entre aqueles que foram, para nós, os melhores filmes de 2010.
Temos que ver se aceleramos esta entrega de prémios que anda tudo a ficar atrasado. Vá, então, continuando com os nossos prémios, hoje é dia de anunciarmos os nossos nomeados para Melhor Documentário. Como sabem, decidimos deixar a nossa crítica de doze dos quinze documentários que integraram a lista longa da Academia, por isso teceremos grandes considerações na altura. De qualquer forma, nada me impede de divulgar quais são, para mim os seis melhores do ano. Cá estão os nomeados para Melhor Documentário:
E para vocês: quais foram os documentários que vos encheram as medidas?
Temos que ver se aceleramos esta entrega de prémios que anda tudo a ficar atrasado. Vá, então, continuando com os nossos prémios, hoje é dia de anunciarmos os nossos nomeados para Melhor Documentário. Como sabem, decidimos deixar a nossa crítica de doze dos quinze documentários que integraram a lista longa da Academia, por isso teceremos grandes considerações na altura. De qualquer forma, nada me impede de divulgar quais são, para mim os seis melhores do ano. Cá estão os nomeados para Melhor Documentário:
CATFISH
EXIT THROUGH THE GIFT SHOP - #1
INSIDE JOB - #3
JOAN RIVERS: A PIECE OF WORK
LAST TRAIN HOME
RESTREPO - #2
Tenho a dizer, primeiro que tudo, que me foi dificílimo restringir só a estes seis. Não fazem ideia. Isto porque o ano foi mesmo riquíssimo em documentários de valor, seja portugueses ("Pare, Escute, Olhe" e "Lisboa Domiciliária", com "José e Pilar" fica a merecer uma especial consideração, porque é o que me falta ver - dentro de dias tratarei disso, que ele estará em Coimbra no TAGV dia 15 de Março - fica já o aviso para quem é da zona não faltar - e que sei que talvez merecia um lugar entre estes seis), seja estrangeiros ("GasLand", "Wasteland", "Prodigal Sons", "The Tillman Story", "Waiting for Superman", todos merecedores de uma vista de olhos). Contudo, no fim de contas, eram estes os seis que vos queria urgir a ver.
CATFISH é inexplicável. Não dá para explicar sem dar informações sobre o filme, por isso deixo-vos apenas com isto: vale sem qualquer dúvida o tempo empregue em vê-lo. Um estudo interessante sobre o nosso comportamento no mundo tecnológico de hoje, em que o nosso diálogo muitas vezes se resume apenas ao que escrevemos através de telemóveis e redes sociais. EXIT THROUGH THE GIFT SHOP é, mais do que inventivo e original, divertido. Um passeio pelos trabalhos de inestimável qualidade feitos nas ruas do mundo, vale certamente a pena espreitar (crítica do João aqui). INSIDE JOB é uma belíssima obra-prima que assusta tanto quanto encanta. Charles Ferguson pega em tudo aquilo que nos têm escondido acerca da crise financeira e aponta o dedo aos culpados, apanhando-nos desprevenidos em entrevistas e procurando focar a sua atenção nos pequenos e simbólicos genuínos momentos de reacção extemporânea deles até que de repente voltam a assumir o seu impenetrável, imperturbável eu. Incrível. JOAN RIVERS: A PIECE OF WORK é capaz de ser o menos convencional dos meus nomeados, mas é possivelmente aquele que mais vos recomendo verem. Mesmo não sendo propriamente fãs da comediante/apresentadora. Joan Rivers é uma personagem indissociável da televisão norte-americana dos últimos cinquenta anos. Além disso, é uma das maiores comediantes femininas que já existiram. Ainda por cima, é daquele tipo de gente famosa que faz de tudo para continuar famosa, como se pode ver no documentário. De tudo mesmo. É fascinante ver o que move, o que está verdadeiramente por detrás de uma das caras que a América melhor conhece. LAST TRAIN HOME e RESTREPO foram dois títulos que assisti de seguida e que me apaixonaram sentidamente. RESTREPO mostra-nos o lado duro da guerra e o poder da camaradagem entre soldados. É lindo ver como uma "família" se forma perante os nossos olhos e como, ao longo do ano, as diferentes pessoas vão alternando de estado de espírito, sendo que aquele que hoje consola amanhã é consolado e vice-versa. Um ano bastante complicado passado longe das suas vidas normais em casa. Isto já sem contarmos com o facto que estavam enfiados numa trincheira sob ataque de Talibãs. LAST TRAIN HOME proporciona-nos uma visão genial sobre o ressurgir da China como grande candidata a maior potência mundial através das suas classes hierárquicas mais baixas, acompanhando os mais de duas centenas de milhões de chineses que todos os dias apanham o seu comboio de casa para o trabalho e do trabalho para casa.
4 comentários:
Jorge,
eu muito provavelmente escolheria o Inside Job. Mas ainda não o vi. Dentro de dias quero vê-lo e quero muito ver o Last Train Home. Mas o meu voto irá quase certamente para o Inside Job.
Dos seis o único que vi foi Inside Job, que me surpreendeu bastante.
Pelo tema pensei que seria um pouco ou quanto aborrecido, mas não. Posso até dizer que aprendi com ele.;)
Fiquei curiosa em relação aos restantes, sobretudo pela tua discrição e também pela crítica do João.:)
Eu apenas ainda vi "Inside job" (9/10) e "Exit through the gift shop" (8/10) e, como se pode ver pelas notas, gostei bastante de ambo...
Este é um género do qual gosto muito mas que não aprecio ver de uma forma muito seguida daí que ao longo do ano é que vou vendo estes documentários que andaram na corrida aos Óscares. Vou guardar e3sta página para ver se não me esqueço de nenhum... :P
Desde já, obrigado pelos comentários :)
JOÃO,
Os dois que referiste são excelentes, mas entre o INSIDE JOB e o EXIT THROUGH THE GIFT SHOP é-me difícil escolher. O LAST TRAIN HOME é soberbo, aliás até acho que é o que mais vais gostar.
JOANA,
Aposto que agora não te arrependes de te ter obrigado a ver INSIDE JOB. E claro que te aconselho a ver todos os outros que ressalvei aí.
FILIPE,
Também partilho da tua admiração pelos dois títulos. E agradeço o apreço que me dás ao dizer que vais guardar esta página para veres os restantes. Aconselho vivamente :) Os documentários, cada vez mais, são um dos géneros mais vivos e originais do cinema.
Cumprimentos a todos,
Jorge Rodrigues
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