“If I am King, where is my power? […] They think that when I speak, I speak for them.”
THE KING’S SPEECH acabou por se tornar, sem querer, no filme que mais me custou falar desta temporada de prémios (daí ter adiado esta crítica por tanto tempo; é-me muito difícil abordar este filme sem ser tendenciosamente malicioso). Transformado num vilão tão pouco convencional, um filme que até apreciei bastante – não tanto quanto outros, já francamente mencionados de novo e de novo aqui pelo blogue, como já sabeis – que, por ser tudo aquilo que é, acaba por ser o inevitável vencedor da maior noite do ano, os Óscares e roubar essa distinção ao filme que além de me ter enriquecido mais este ano, mais intelectualmente significativo, mais exemplarmente executado, com maior potencial para ser considerado o “nosso” clássico moderno e que mais requisitos tem para ser um dos clássicos eternos da história do cinema, THE SOCIAL NETWORK. Funciona como THE BLIND SIDE no sentido que defende e parte dos mesmos temas e situações e porque o contributo cinematográfico que dá é quase nulo; é no entanto bem diferente deste porque a produção e o elenco em jogo são de todo um outro nível.
E digo que era um vencedor inevitável porquê? Porque THE KING’S SPEECH é aquilo que é – uma película honesta, directa e sincera sobre o valor da amizade e sobre a forma como esta pode surgir das circunstâncias mais imprevisíveis. Sobre o valor do triunfo sobre a adversidade e a desadequação. Sobre o que é estar na mó de baixo e reerguer-se. É um tema que diz respeito a todos nós, que a cada um despertará emoções e sentimentos diferentes, é reconfortante, é familiar, é afável e agradável e depois de o vermos sentimo-nos melhores pessoas. É verdade. É tudo aquilo que a Academia busca para ser um vencedor de Melhor Filme. Uma obra que apele a valores universais, ao poder da Humanidade e à sua capacidade de superação. Se é uma obra-prima? Longe disso. Também não me parece que o tente ser.
A cena que mais me diz a mim – de todo o filme – é a cena inicial. THE KING’S SPEECH principia com o discurso do Príncipe Albert – que mais tarde se tornaria Rei George VI (Colin Firth) – na abertura da exposição do Império Britânico no estádio de Wembley. O discurso desastroso é apenas o mais pequeno detalhe em que se repara na cena; os nossos olhos estão mais focados na panóplia de emoções que George demonstra num curto espaço de segundos – a raiva, a tristeza, o medo, a exasperação, o sofrimento, a redenção, uma expressão de completa agonia e miséria – e na expressão facial da sua mulher, aquela que viria a ser Rainha Elizabeth (Helena Bonham-Carter), encobrindo o pior sentimento que uma mulher pode manifestar pelo seu homem, a pena, através de uma falsa simpatia e encorajamento que na realidade escondem a sua revolta por não poder fazer mais por ele senão estar ao seu lado.
Elizabeth decide então pôr mãos à obra e procurar os serviços de Lionel Logue (Geoffrey Rush), um australiano que tenta desesperadamente ter o reconhecimento dos britânicos, um homem frustrado pelo seu insucesso como actor, que aplica a sua teatralidade nos exercícios de terapia da fala que realiza com os seus pacientes. O pano de fundo do filme, o que lhe confere textura e ressonância emocional, se quisermos, advêm daqui, da relação entre Logue e George, no início bastante acidentada dada a resistência inicial do Príncipe aos métodos ortodoxos do australiano, que começa a evoluir a partir do momento em que Logue se torna, para George, mais do que o seu médico, o seu confidente, o seu amigo de todas as horas e ambos abandonam as diferenças de hierarquia e poder que existem entre eles.
Eu admito que é francamente fácil enquadrar THE KING’S SPEECH como uma história simples mas poderosa de triunfo sobre as adversidades: afinal, é da história de um monarca que teve de ultrapassar um impedimento que o afligia e o inferiorizava para se tornar no líder que a Grã-Bretanha precisava na alvorada da II Guerra Mundial que estamos a falar. O seu discurso final, por tudo isto, seria sempre um agradável propulsor de alegria e êxtase na audiência que assiste ao filme. Que a história se torna muito mais do que isto é de agradecer a David Seidler, que não escrevendo um argumento tão intrinsecamente detalhado como Lisa Cholodenko ou tão imaginativo e complexo como Christopher Nolan ou tão expositivo como Mike Leigh consegue ainda assim pegar no maior desafio da vida deste homem e mostrar-nos que qualquer um de nós, face a algo que nos incomode, tem a obrigação de perceber que está dentro de nós a força para mudar a situação. A equipa de técnicos por detrás do filme está também de parabéns, seja o fotógrafo por optar por planos mais intimistas e profundos do que o que estamos habituados em outros filmes da realeza, seja a direcção artística por se ter divertido com certos cenários, seja o guarda-roupa com pormenores irrepreensivelmente correctos.
E falta falar de Tom Hooper, o realizador que é conhecido por ser, acima de tudo, um mestre de actores. Nota-se aqui. As interpretações de Rush e Firth funcionam como uma só, sendo que me é impossível dissociar o mérito de um e de outro. Firth terá certamente tido o papel mais exigente – numa interpretação meticulosa, controlada, cuidada mas refrescante e sincera, que tem o condão de comunicar e mostrar imenso sem usar palavras – mas não terá sido fácil a Rush diminuir o nível habitual de força e desenfreio que pautam nas suas performances. O elenco secundário (Helena Bonham-Carter, Timothy Spall, Guy Pearce, Eve Best, Claire Bloom e Michael Gambon) também brilha por entre estas duas interpretações, mas são essas duas que essencialmente constroem o filme.
THE KING’S SPEECH resume-se, afinal, a isto: a uma relação muito especial entre dois homens, que serve de base a Hooper e a Seidler para nos contar a história de um tempo no passado em que um homem, que viria a tornar-se rei, sofria de uma complicação que o impedia de ser aquilo que dele era esperado. E foi precisa a amizade de outro homem, tão longe em termos nobres dele, para que ele percebesse que ele possuía todas as armas que necessitava para poder ultrapassar tal complicação. É um filme para todos, que agrada a todos, que nos toca e nos comove, que nos faz sentir que o ser humano é extraordinário na forma como encara e supera os desafios que a vida lhe traz.
Nota Final:
B+
Informação Adicional:
Realizador: Tom Hooper
Argumento: David Seidler
Elenco: Geoffrey Rush, Colin Firth, Helena Bonham-Carter, Guy Pearce, Michael Gambom, Claire Bloom, Eve Best, Timothy Spall
Banda Sonora: Alexandre Desplat
Fotografia: Danny Cohen
Ano: 2010
Trailer:
7 comentários:
Impressionante...;)
À excepção do primeiro parágrafo conseguiste "controlar" a tua "ira".:)
Eu gostei muito do filme, embora também não seja o meu favorito.
Tal como disseste é uma história que a todos acaba por comover.
As interpretações são notáveis e Firth e Rush formam uma dupla fortíssima.
E apesar de passar um pouco despercebida, Elizabeth (Helena Bonham-Carter)impressionou-me bastante. É a grande mulher por detrás de um grande homem.
Gostei da crítica! Bom trabalho!;)
Eu gostei imenso do filme:) fiquei surpreendida pela positiva. A parte que mais me marcou foi quando o Rei afirmou "Because I have a voice!" e o Lionel: "Yes, you have"!
Caro Jorge, devo confessar que discordo completamente e quase integralmente com o primeiro parágrafo. E parece-me não estar a ver a "big picture".
Espero que não se importe que o cite, só para facilitar a minha exposição de ideias e lhe fazer as perguntas que me parecem inevitáveis.
"e roubar essa distinção ao filme que além de me ter enriquecido mais este ano"
De que forma é que o The Social Network o enriqueceu mais este ano? Tendo perfeita noção que a forma e a intensidade com a qual cada filme "enriquece" uma pessoa é completa e totalmente subjectiva, não poderia discordar mais. Mas como disse, isto é algo completamente subjectivo, suponho que compreenda isso, e como tal que aceite que outras pessoas, nomeadamente outros cinéfilos, possam achar o The King's Speech incrivelmente mais enriquecedor do que um filme sobre a criação de uma rede social. Para além disso, lembre-se que a cerimónia dos oscares não existe para premiar os filmes que o enriqueceram mais a si.
"mais intelectualmente significativo"
Aqui é que você diz bastante asneira, deixe-me que lhe diga. De que forma é que o The Social Network é mais intelectualmente significativo? Por ser mais actual? Por retratar um tipo incrivelmente inteligente que criou uma uma empresa de sucesso? Pela realização? De facto concordo que a realização do filme é fenomenal, mas não há filme sem conteúdo. E perdoe-me a "ofensa" mas a história base do filme é fraca e desinteressante, e podia-se aplicar a qualquer empresa bem sucedida: "X tem a ideia, inicia processo com Y e criam um negócio milionário; com o dinheiro a jorra Z e W decidem achar que tiveram a ideia primeiro e X dá uma facada nas costas de Y porque lhe convém". O que faz o The Social Network um filme IMPRESSIONANTE é o facto de o Fincher ter oegado numa história super desinteressante sobre um tipo conhecido, e ter feito um filme que deixa a audiência colada do principio ao fim. E por mais que isso seja impressionante e de louvar, o filme não é "mais intelectualmente significativo" que The King's Speach de forma nenhuma. E eu nem tenho de lhe explicar porque, uma vez que você o mesmo o disse. Passo a citar:
"...é uma película honesta, directa e sincera sobre o valor da amizade e sobre a forma como esta pode surgir das circunstâncias mais imprevisíveis. Sobre o valor do triunfo sobre a adversidade e a desadequação. Sobre o que é estar na mó de baixo e reerguer-se. É um tema que diz respeito a todos nós, que a cada um despertará emoções e sentimentos diferentes, é reconfortante, é familiar, é afável e agradável e depois de o vermos sentimo-nos melhores pessoas. É verdade."
Continuando...
"mais exemplarmente executado"
Aqui tenho de concordar inteiramente consigo, e é por este motivo que esperava sinceramente ter visto o oscar de melhor realização nas mãos de David Fincher. E é aqui que a academia erra, ao achar que o melhor filme tem de ter necessariamente a melhor realização.
"com maior potencial para ser considerado o “nosso” clássico moderno e que mais requisitos tem para ser um dos clássicos eternos da história do cinema"
Quer dizer com maior potencial para ser o SEU clássico moderno, não? Porque claramente há bastante gente por aí a discordar...
Não consigo ver de forma alguma como é que o filme pode se um classico eterno da história do cinema. Não compreendo sinceramente. Se houvesse um dicionário do Cinema, concordo que ao lado de realização perfeita estivesse o nome do The Social Network. Mas um clássico? Como? Porquê? Tenho 23 anos e não identifico a minha geração com este filme de forma alguma.
"Funciona como THE BLIND SIDE"
A comparação dos dois filmes é das coisas mais absurdas que já li no seu blogue. Está a comparar um líder de um país, que guiou uma nação em tempos tão duros, que aceitou um cargo que inicialmente não lhe dizia respeito, que ultrapassou uma gaguez a fim de poder ser um líder capaz de guiar o seu povo à guerra com um desportista originalmente sem abrigo que teve sorte? Está a comparar a Sandra Bullock com o Colin Firth?
"contributo cinematográfico que dá é quase nulo"
Desculpa, mas você deve ser um perito para poder dizer que um filme como este tem um contributo cinematografico quase nulo. Eu gosto sinceramente deste blog por serem 2 pessoas comuns a escrever sobre cinema. Não venho aqui à procura de críticos de cinema snobes e arrogantes que de 0 a 10 o máximo que dão a um filme é 8, que só sabem criticar negativamente 85% dos filmes que vêem e para quem à partida qualquer comédia romântica começa com uma pontuação de -2.
Será que não consegue ver a piada que o filme consegue ter ao tratar um assunto e uma época tão sensível? Acha que isso é fácil de se alcançar?
Para terminar:
"É tudo aquilo que a Academia busca para ser um vencedor de Melhor Filme. Uma obra que apele a valores universais, ao poder da Humanidade e à sua capacidade de superação."
E é MESMO isso que a academia tem de procurar. Porque é mesmo DISSO que nós precisamos: de apelar aos valores universais, ao humanismo e tolerância e de acreditarmos que nos podemos superar. Veja a notícias e vai perceber que +e disso mesmo que nos precisamos. E a academia FAZ MUITO BEM em premiar estas obras. Porque o cinema não passa de um meio para passar uma mensagem. O The King's Speech passa uma muito bem importante através de uma realização muito boa, o The Social Network tem uma mensagem com uma importância nula, mas faz-lo através de uma realização soberba.
JOANA:
Concordo com tudo o que disseste, em particular com "a história que a todos acaba por comover", que é obviamente a razão pela qual acabou por vencer como venceu.
THE SOCIAL NETWORK é perfeito e intocável, mas é frio e desprovido de emoções. Não é propriamente alimento para a alma, não nos faz sentir melhor connosco próprios. THE KING'S SPEECH tem esse dom. Pronto.
MARIANA:
Eu também gostei muito do filme. Só acho que encontro um punhado de filmes da categoria de Melhor Filme que são melhores.
EMA:
Bem, tenho que lhe agradecer desde logo um comentário tão extensivo, é sinal que leu e que está disposta a discutir comigo a minha opinião. Agradeço imenso esse feedback.
Vamos lá então ao que referiu.
Primeiro que tudo, já percebi que não gostou do THE SOCIAL NETWORK como eu gostei, tal como gostou do THE KING'S SPEECH como eu não gostei (e eu gostei bastante do filme, atenção, como se vê pela crítica e pela generosa nota final).
1 - Nunca disse, cara amiga, que não era a mim que enriquecia mais. É claro que quando eu digo que foi o filme que mais me enriqueceu, estou a falar de mim. E claro que se tenho um favorito, vou defendê-lo. Este é um blogue pessoal, não é uma revista como a PREMIERE ou a MAGAZINE que tem que ser imparcial, logo posso fazer os juízos de opinião que bem me entender e comentar nas minhas críticas de forma intimista, aliás coisa que quem lê o blogue muito elogia.
E mesmo sendo subjectivo tenho a certeza absoluta que 99% das pessoas que viram os dois filmes lhe dirão que o filme com mais substância é o THE SOCIAL NETWORK, não o outro. THE KING'S SPEECH é muitas coisas, mas enriquecedor em termos de qualidade cinematográfica não o é certamente. Podia tão bem ser um filme como uma mini-série na televisão.
2 - Intelectualmente significativo, minha cara, não é o mesmo que emocionalmente satisfatório. Mesmo os críticos nacionais que não gostaram nada de THE SOCIAL NETWORK lhe elogiam o facto de ser pertinente para a altura em que estamos, para a nossa geração, para o nosso tempo. De ser inteligente, incisivo e divertido mas ao mesmo tempo sério.
THE SOCIAL NETWORK é escrutinizador, satiriza a forma como as personagens lhe são apresentadas, consegue ser tão moralmente ousado que nos é impossível, no final, não simpatizar com todas aquelas personagens, por mais horríveis e cheias de defeitos e imperfeições que são. É tão mais do que uma simples história sobre a concepção de uma ideia, é tão mais que o relato da história da maior rede social do mundo.
O filme, tal como o seu protagonista, é rude, confiante, arrogante e prepotente, sabe do que fala, sabe o que se espera dele. É não só brilhante e inteligente como incisivo e excitante e perceptivo. Pleno de humor negro, ambivalência e ironia. Mas melancólico e depressivo. É toda uma experiência fascinante.
Já THE KING'S SPEECH... Limita-se muito bem àquilo que você transcreveu do que eu disse. E não tem mal nenhum. É um grande filme que sucede em grande nesse objectivo que referi.
3 - O caso do 'clássico moderno' já o discuti noutro artigo, "O Rei e as Redes Sociais", mais recente que este, que não sei se viu. Achei por bem fazer esse artigo porque achei que não tinha sido claro nesse aspecto. Tenho firme crença - como o tem a maior parte da blogosfera nacional e internacional - que THE KING'S SPEECH será esquecido. E THE SOCIAL NETWORK sempre lembrado. Sabe quantas pessoas gostavam de CITIZEN KANE em 1945? Sabe quantas gostam agora? Pois.
4 - Eu não teci comparação nenhuma com THE BLIND SIDE, não entendeu bem o objectivo da menção. Eu disse que funcionava como ele na medida em que o objectivo era o mesmo (alimento para a alma, triunfo da Humanidade, capacidade de superação de dificuldades) mas que não podia ser comparado com ele pois era muito melhor em todos os níveis. Está lá. Não sei onde viu a comparação.
5 - Não percebi o criticismo aqui (perito?), ainda por cima sendo a minha crítica francamente positiva (é um B+, coisa que poucos filmes aqui no blogue conseguem!). A Ema tem de perceber que o filme, por muito giro e interessante e bonito e simpático e inspirador que seja, não mudaria nada se tivesse outro elenco, outro realizador, outro fotógrafo, outro compositor, outro editor, etc. Não é um filme para o panteão do cinema porque como ele há muitos - daí: contributo cinematográfico = nulo. Não estamos aqui a falar do contributo pessoal para cada um de nós; estamos a falar do interesse do filme para a história do cinema.
É a mais pura verdade. Como já disse, se este filme tivesse sido feito para TV em vez de cinema, era igual. Não perdia nada em conteúdo nem qualidade. E não há nada de mal com isso. Agora é preciso que entenda que não estou com isto a dizer mal do filme. É a verdade. Não é um filme que vá mudar nada no cinema de hoje.
Não é o que se passa com THE SOCIAL NETWORK. Tenho pena se não é assim que vê as coisas mas aí quem está a ser quadrado é você e não eu.
6 - Não concordo nada consigo nesse aspecto da Academia. A Academia tem que premiar o melhor filme do ano, aquele que dentro de 20 anos melhor vai representar o que de melhor se fez em 2010. E esse não é, infelizmente, THE KING'S SPEECH. THE KING'S SPEECH é um filme feito para ganhar Óscares e que os ganharia fosse em 1940, 1960, 1980 ou 2010. Iria sempre ganhar Óscares. E não é por ser lindo e simpático e contar uma história bonita que nos aquece o coração que merece ser mais premiado que outros que são verdadeiros sinónimos de puro cinema - e aqui já nem falo só de THE SOCIAL NETWORK.
E nem vou dizer o quão ridículo eu acho que você não tenha captado sequer UMA mensagem importante de THE SOCIAL NETWORK. Ou não estava com atenção ao filme ou então está a ser mázinha e teimosa. De uma assentada consigo dar-lhe logo cinco.
Génese de uma ideia. A força que uma ideia pode ter. Vantagens e desvantagens do sucesso. Escolha entre amigos e dinheiro. O mundo actual como mundo virtual. A forma como Zuckerberg, ao criar a maior forma de intercomunicação que o mundo conhece hoje, foi perdendo as suas amizades ao mesmo tempo que nos as proporcionava a nós. As relações no mundo de hoje.
E muitas outras coisas.
O tempo nos dirá qual dos dois terá razão.
Cumprimentos e obrigado pelos comentários,
Jorge Rodrigues
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