Dial P for Popcorn: Último Artigo de 2010!

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Último Artigo de 2010!



Bem, por esta altura de resoluções de ano novo, de recordação do bom que tivemos em 2010, das memórias bem passadas deste ano que hoje finda e dos sonhos e desejos para o ano que aí vem, é costume fazer-se uma espécie de revisão de ano. 

Em termos cinematográficos, esta vai ser feita ao longo do mês de Janeiro. Já começámos com as bandas sonoras, seguir-se-ão os posters, as melhores cenas, entre outras coisas, culminando no anúncio dos nomeados para os nossos prémios em início de Fevereiro. Optamos por Fevereiro porque assim nos permite incluir todos os títulos da temporada cinematográfica de 2010.

Para fechar 2010, deixo cá os meus agradecimentos:





Não sei muito bem como caracterizar o cinema em 2010. Por um lado, parece um ano mau. Não tivemos um número elevado de filmes que nos deixassem verdadeiramente surpreendidos. Por outro lado, é capaz de ser dos anos que mais filmes adorei (também porque talvez foi o ano em que vi mais filmes; vamos em 104 e ainda não vi tudo o que queria de 2010). Portanto, tivemos menos filmes que me deixassem completamente siderado, mas um número maior de filmes que admirei do que, por exemplo, 2009.



Tenho que agradecer a várias pessoas por esse feito: agradecer a Danny Boyle (127 HOURS) e a Darren Aronofsky (BLACK SWAN) por continuarem a proporcionar experiências sempre interessantes de discutir e de conseguir retirar, desta vez, interpretações inesquecíveis dos seus actores (como, de resto, já haviam feito no passado). E a Gaspar Noé (ENTER THE VOID) que nunca pára de surpreender.


Agradecer a Christopher Nolan (INCEPTION) por conseguir o que poucos realizadores atingiram: ser mainstream mas manter o núcleo da sua essência como realizador, proporcionando sempre filmes culturalmente estimulantes, inteligentes e poderosos, sem nunca perder senso do que é um filme para as massas.



Agradecer também a realizadores consagrados da nossa praça que nunca desistem de procurar fazer melhor do que da última vez, como Joel e Ethan Coen (TRUE GRIT), como Alejandro Innaritú (BIUTIFUL), como Sofia Coppola (SOMEWHERE), que mantêm-se dentro do seu "niche" de alta qualidade e nos produzem obras de inegável valor.


2010 também nos trouxe uma boa quantidade de realizadoras femininas de quem vale a pena (continuar a) falar: Debra Granik (WINTER'S BONE) e Lisa Cholodenko (THE KIDS ARE ALL RIGHT) começaram por fazer um estrondoso sucesso em Sundance, de onde partiu um buzz estridente que ainda hoje, vários meses depois, em plena campanha de Óscares, se sente. Mas não só. Rubba Nada foi uma refrescante lufada de ar fresco este Verão, Claire Denis (WHITE MATERIAL) continuou a destacar-se como uma das melhores realizadoras do ramo, Nicole Holofcener (PLEASE, GIVE) veio tarde mas a tempo de ver o seu filme ser coroado com moderado sucesso.



2010 também viu realizadores emergentes continuarem a subir na carreira, como o actor-virado-realizador Ben Affleck que consolidou o seu trabalho anterior com este THE TOWN, ou como John Cameron Mitchell que com RABBIT HOLE conseguiu, com sucesso, excelentes críticas para um filme em tudo diferente dos seus dois anteriores, ou Paul Greengrass que continuou a sua parceira bem-sucedida com Matt Damon em GREEN ZONE, ou Matthew Vaughn que nos trouxe uma abordagem diferente aos super-heróis com KICK-ASS, ou Noah Baumbach cujo estilo de escrita e relato nos continua a impressionar, desta vez com GREENBERG, ou mesmo David O'Russell que chega finalmente ao topo da lista dos melhores realizadores com THE FIGHTER, Tom Hooper que continua em crescendo com o seu THE KING'S SPEECH (novos projectos ambiciosos virão ter com ele, de certeza), Mark Romanek que com NEVER LET ME GO veio confirmar tudo aquilo que One Hour Photo já nos tinha mostrado, ou o também britânico Nigel Cole que nos ofereceu uma comédia tão pouco convencional como MADE IN DAGENHAM, na linha do que vem fazendo.  E também relembrar Rodrigo Cortés que nos trouxe um filme muito curioso, chamado BURIED, que nos apresentou um Ryan Reynolds como nunca tínhamos visto. Não esquecer ainda aqui o sr. Anton Corbjin que com THE AMERICAN provou que está cá para as curvas, como se costuma dizer, depois do bem-sucedido biopic de Ian Curtis em 2007. E, para fim, deixei o melhor dos realizadores emergentes: Edgar Wright e o seu SCOTT PILGRIM VS. THE WORLD, que quebraram barreiras impossíveis a nível visual e a nível humorístico.



E 2010 trouxe também novos grandes realizadores como Derek Cianfrance (BLUE VALENTINE) ou Gareth Edwards (MONSTERS) que ficam na retina para os tempos que vêm.

E não podemos esquecer que, pelo terceiro ano seguido, temos a Animação em grande, com quatro títulos brilhantes e únicos, cada um à sua maneira: L'ILLUSIONISTE o mais artístico e detalhado, TANGLED o mais fofinho e divertido, no retorno à boa velha forma da Disney, HOW TO TRAIN YOUR DRAGON o mais enriquecedor, tornando-se o filme mais bem criticado de sempre da Dreamworks e TOY STORY 3, que fecha com chave de ouro a mais bela e mais criticamente aclamada trilogia de sempre. E fora destes ainda tivemos bons filmes animados na forma de DESPICABLE ME e IDIOTS AND ANGELS.



Os documentários de 2010 também merecem o seu destaque, com EXIT THROUGH THE GIFT SHOP na cabeceira, um dos filmes mais originais que tive o prazer de ver este ano. Além deste, INSIDE JOB deitou um olhar importantíssimo nos "criadores" da crise financeira actual, JOAN RIVERS: A PIECE OF WORK é um estudo comportamental interessante de uma das mulheres mais conhecidas e bem-sucedidas dos mídia norte-americanos, RESTREPO e LAST TRAIN HOME impressionaram desde logo pelos temas que ostentam, de vital discussão hoje em dia e são, cada um à sua maneira, geniais na forma como nos abordam e nos tentam mudar a mentalidade.



Por cá, temos de agradecer a Raúl Ruiz pela mini-revitalização que fez do cinema português por território nacional, tornando o seu MISTÉRIOS DE LISBOA um inesperado sucesso. Além deste, também EMBARGO, O FILME DO DESASSOSSEGO, o habitual Manoel de Oliveira (O ESTRANHO CASO DE ANGÉLICA), NE CHANGE RIEN, JOSÉ Y PILAR e MORRER COMO UM HOMEM foram desafios interessantes para o espectador português apreciar. Há que dar parabéns aos esforços de dois grandes homens do nosso cinema, Fernando Fragata  CONTRALUZ) e António Pedro Vasconcelos (A BELA E O PAPARAZZO), pela tentativa de transformarem a visão do português para o seu cinema, com dois filmes claramente mais comerciais, mais "mainstream", do que o habitual. É um esforço digno de louvar.


E não podemos esquecer a panóplia de grandes filmes estrangeiros que o ano nos trouxe, a começar no vencedor do Óscar EL SECRETO DE SUS OJOS, passando pelos franceses UN PROPHÈTE e DES HOMMES ET DES DIEUX, chegando ao filipino LOLA, não olvidando os Kiarostami SHIRIN e COPIE CONFORME, o novo de Haneke, THE WHITE RIBBON, entre outros. Muito bom cinema estrangeiro que cá nos chegou.




E só nos falta, por fim, agradecer aos actores. Que este ano se transcenderam verdadeiramente. Natalie Portman e James Franco que explodiram nos seus papéis, Ryan Gosling e Michelle Williams que formaram um duo electrizante, Kristen Stewart e Dakota Fanning que provaram que afinal têm um lugar a ocupar em Hollywood, ao lado da irmã de Dakota, Elle Fanning, que foi surpreendentemente encantadora no novo filme de Coppola, ao lado do renascido Stephen Dorff, e de Saoirse Ronan, que se destacou num elenco recheado de grandes glórias de Hollywood



Ainda bem que grandes estrelas como Colin Firth, Annette Bening, Julianne Moore, George Clooney, Geoffrey Rush, Nicole Kidman, Mark Wahlberg, Naomi Watts, Sean Penn, Jeff Bridges, Robert Duvall, Sissy Spacek, Sally Hawkins, Patricia Clarkson, Stanley Tucci, Amy Adams, Melissa Leo, Christian Bale, Emily Blunt, Mark Ruffalo, Sam Rockwell, Ewan McGregor, Leonardo DiCaprio,  Matt Damon, Josh Brolin, Colin Farrell, Ed Harris, Kevin Spacey, Hilary Swank e tantos outros andam por cá para mostrar aos novatos como Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Carey Mulligan, Chloe Moretz, Aaron Johnson, Michael Cera, Jim Sturgess, Jennifer Lawrence, Emma Stone, Katie Jarvis e Cª como é que se faz.

Há que bater palmas a grandes estrelas como Jacki Weaver, Javier Bardem, Noomi Rapace e Tilda Swinton que mesmo sendo estrangeiros em filmes estrangeiros conseguem buzz e aclamação crítica para ganhar prémios do outro lado do Atlântico.



E congratular o retorno de nomes femininos importantes do cinema como Gwyneth Paltrow, Reese Witherspoon e Julia Roberts que têm estado afastadas de grandes produções há muito tempo. E ter-lhes sido oferecido um filme a cada uma para estrelarem é um enorme sinal de confiança quer no seu talento, quer na sua qualidade enquanto estrelas.
Depois de analisado tudo isto, tenho que admitir que, de facto, 2010 não foi mau. Não foi nada mau não senhor. Que 2011 seja pelo menos tão bom.

Em termos pessoais, só temos a agradecer a vossa preferência. Nunca, mas mesmo nunca, nos passou pela cabeça o nível de aceitação global que tivemos, quer em termos de fãs, quer em termos de blogosfera. Apenas cinco meses depois de termos criado o DIAL P FOR POPCORN, contarmos com mais de 300 fãs, mais de 12500 visitantes diferentes e um prémio prestigiante votado por todos vós, é algo que normalmente só em sonhos é que acontece. Por tudo isto, muito obrigado. Sem vocês, nada do que nos tem acontecido seria possível.

Que tenham um bom fim-de-ano e que 2011 nos traga grandes e inovadores projectos! E que o blogue continue a crescer convosco.




16 comentários:

DiogoF. disse...

Grande balanço, muito completo, muito bom de ler. Sublinho a maior parte dos nomes que vais buscar e louvo-os da mesma forma que tu, ainda que haja muitos que ainda anseio por ver e outros que me ficaram agora na cabeça, com a tua menção.

Passaram muito poucos meses desde a vossa chegada à blogsfera e parece-me óbvio que viram a partir tudo. Explosivos, verdadeiramente.

Não preciso de esperar que mantenham a qualidade nem de o manifestar, porque sei que é o que vai acontecer.

Para 2011, cá estaremos pelo menos os dois para fazer os nossos balanços "desfazadamente" e para trabalhos conjuntos que, estou certo, acabarão por ser bem mais do que essas dois ;)

Feliz 2011 !

Joana Vaz disse...

Que belíssimos 5 meses vocês tiveram.
Cresceram de vento em popa!:D
(Eu sempre acreditei no projecto!)
Muitos Parabéns!!:D
Que orgulho!

Desejo-vos um 2011 ainda com mais sucessos e prémios!:D
E muitos, muitos filmes.
E séries de qualidade, claro!;)

Quanto o ao cinema, realmente foi um ano diferente, mas surpreendente!:)

O ano em que mais vezes fui ao cinema.
Em que vi pela primeira vez um documentário no cinema.
Em que pude saborear uma sala praticamente vazia...;)

Que em 2011 possa ir o dobro das vezes...;)

Jorge Rodrigues disse...

DIOGO:

Também já te deixei a minha missiva no teu blogue! Espero que possam os dois blogues crescer em 2011 e tornar-se "uma espécie de" referências na nossa área. Seria óptimo.

Agradeço os elogios que nos deixaste, que te retribuo porque a mesma descrição "explosiva" que me deixaste também fica bem ao teu blogue, criticamente aclamado por todos quantos vêem e percebem cinema.

Espero sim que de facto cá estejamos daqui a um ano a festejar um ano cinematográfico em grande e as (muitas) colaborações que o AGNV e o DPFP possam ter tido ;)


Abraço e sinceros cumprimentos!


JOANA:

Bem, não podia terminar o ano sem agradecer à nossa fã #1, que comenta tudo o que eu escrevo, vá :)

Obrigado pela força que sempre nos deste no projecto, mesmo nas horas que nos consome a vida (portanto, na altura em que devíamos andar a estudar) e esperemos que estejamos cá para o ano em plena forma de novo!


Em termos pessoais, parabéns pelo melhor ano de cinema que tiveste! 2011, esperemos, será melhor! Mais documentários, mais filmes animados, mais filmes no geral.


Boas entradas :)


Obrigado pelos comentários,

Jorge Rodrigues

Filipe disse...

Vi apenas nas entrelinhas mas é um excelente artigo. No fim-de-semana releio melhor e depois comento mais detalhadamente... Um pormenor: já viste "Blue Valentine"?? Tenho as expectativas bem altas, apesar de não ser um filme tão aguardado como "The black swan", "127 hours" ou "The king's speech".

Tiago Ramos disse...

Caramba Jorge... não fazes por menos. :) Grande artigo - eu até gostei bastante do ano em termos cinematográficos - e muitos parabéns por este blogue que, para mim, é efectivamente um dos melhores blogues sobre cinema! Feliz 2011!

Filipe disse...

Já li o artigo com mais atenção. Um balanço muito completo. Tenho ainda muitos dos filmes referenciados por ver, o que faz deste post uma referência para os próximos meses.

Eu gostei bastante deste ano cinematográfico. Gostei muito da lista de jovens promessas referida. Eisenberg, Garfield, Mulligan e Stone (a minha descoberta do ano) são, para mim, as maiores promessas (ainda não vi Lawrance em "Winter's bone"). Dos filmes de animação comento apenas que achei o "Despicable me" muito muito fraquinho. Dos documentários, achei o "Inside job" um óptimo filme de terror e as restantes 3 propostas estão já na lista dos a ver. Em termos portugueses, vi apenas "José e Pilar" e "Mistérios de Lisboa" que são duas obras de excelência... Por fim, o cinema estrangeiro garante sempre algumas das melhores obras.

Estive a ver a lista de filmes que viram este ano e gostei muito de ver que também gostaram dos pouco conhecidos mas óptimos "Letters to Father Jakob", "Troubled Water" e "Samson & Delilah". O B+ atribuido a "Humpday" foi uma verdadeira surpresa positiva, apesar de que eu não lhe daria uma nota tão elevada.

De resto, muitos parabéns pelo excelente blog!

DialPForPopcorn disse...

Obrigado pelos elogios que, como tu sabes, eu mal acho que mereço, mas pronto ;)

Um feliz 2011 para ti também e para o teu blogue, que como tu também sabes, eu muito prezo :)

Jorge Rodrigues

DialPForPopcorn disse...

Caro Filipe,

Nem sei por onde começar. Vá, pelas jovens estrelas. Mulligan e Lawrence (aconselho vivamente que vejas o filme; ela é sensacional) já são estrelas consumadas na minha opinião, Garfield com o SPIDERMAN vai a caminho e Eisenberg já por cá anda há alguns anos (adorei-o no ADVENTURELAND e no THE SQUID & THE WHALE; também recomendo), sendo que vá, ao menos agora teve algum reconhecimento que o vai permitir conseguir melhores papéis.

A Emma Stone é que é a grande descoberta do ano. Já lhe tinha achado piada no THE HOUSE BUNNY (filme horrível mas ela e a Anna Faris são geniais) mas no EASY A... Que grande interpretação.

Quanto à animação, mencionei o DESPICABLE ME à custa da aceitação comercial que teve, não propriamente pelo valor que lhe dou, que eu também não gostei muito dele.

Dos documentários, recomendo vivamente todos os que mencionei - o JOAN RIVERS é o mais controverso, uma vez que nem toda a gente conhece em pormenor a pessoa abrasiva que ela é. Mas é um prazer de ver. Ela é uma espécie de... vá, Júlia Pinheiro portuguesa.

Os 3 filmes estrangeiros que ressalvas foram 3 descobertas do ano passado que tive muito prazer em ver (tenho pena que, em Portugal, devo ter sido dos poucos). A nota ao HUMPDAY prende-se muito com a minha admiração pelos irmãos Dupass. Mas é um B+ a cair para B (diferente de, por exemplo, o B+ do ANIMAL KINGDOM que é a cair para A-; não sei se me fiz entender bem...)

Bem, obrigado pelos elogios e pelo comentário, espero que voltes por cá.

Jorge Rodrigues

King Mob disse...

Ao ler o teu post não pude deixar de notar a quantidade de filmes de 2010 que ainda não tive oportunidade de ver, pura e simplesmente porque ainda não estrearam nas salas Portuguesas. Dos principais candidatos às nomeações dos óscares para melhor film, penso que apenas ainda estrearam cá três deles (Inception, Social Network and The Kids Are All Right). Por acaso já vi o Winter's Bone (até agora o meu preferido do ano), mas foi numa sessão "extra-curricular". Mais uma vez as distribuidoras nacionais estão à espera da cerimónia antes de liberar os filmes para as salas. E depois queixam-se da pirataria e que já ninguém vai ao cinema. Pois...

Espero que ao menos o façam imediatamente após o anúncio das nomeações.

Desculpa o desabafo aqui. Continua o excelente trabalho no blogue. Feliz 2011.

King Mob disse...

Filipe,

Mais que a Jennifer Lawrence em Winter's Bone (apesar de uma excelente prestação, sinceramente acho que não tem pernas suficientemente longas para chegar ao oscar) é o John Hawkes para actor secundário.

DialPForPopcorn disse...

King Mob,

É verdade. De facto, a distribuição de filmes no mercado português é sempre muito retardada, o que nos impede de apreciar os filmes ao mesmo tempo que boa parte da Europa.

E sim depois não se podem queixar da pirataria que assola depois as receitas dos cinemas.

Obrigado pelo elogio ao blogue e bom 2011 para ti também ;)

Jorge Rodrigues

DialPForPopcorn disse...

Neste momento, como a corrida está, é quase certo que Jennifer Lawrence seja nomeada, King Mob.

Ninguém está a prever o contrário. John Hawkes é que é o improvável.

Cumprimentos,

Jorge Rodrigues

Filipe disse...

Jorge,

as minhas expectativas para o "Winter's bone" e a interpretação de Lawrence estão bastante elevadas, estou a tentar resistir até que o filme saia no cinema mas duvido que consiga aguentar... Se houvesse alguma justiça na Academia, Mulligan já teria um Óscar na bagagem, a melhor interpretação de entre as 5 nomeadas do ano passado. Também gostei do Eisenberg no "Adventureland", mas ainda não vi o "The squid and the whale".

Vi 3 filmes da Emma Stone este ano e em cada um me impressionou mais... Se em "Zombieland" me agradou bastante mas sem me surpreender, em "Easy A" tem uma interpretação notável (o filme em si é, dentro do género, muito bom), super carismática. Ganhei ali uma nova actriz a seguir atentamente. Faltava apenas provar qualidade numa personagem mais dramática. Foi então que vi "Paper man" (a pensar que era uma comédia) e fiquei totalmente deslumbrado. O filme está longe de ser perfeito (é bom mas o argumento derrapa por vezes), mas a interpretação dela e a química com o Jeff Daniels são brilhantes!!! Recomendado!

Eu percebi a questão das notas... Eu até gostei do "Humpday", a história podia ser pegada por muitos lados disparatados com a premissa inicial que tinha mas acabou por se sair bem no assunto escolhido e na forma de o tratar... Um pequeno filme que, por nunca ter pretensões de ser mais do que aquilo que poderia ser, resulta bem. Mas nunca daria um B+, um B seria justo. Por falar em "Animal Kingdom", esse é outro dos filmes em que estou numa luta constante: tirar o filme da net vs esperar que o filme vá para as salas.

Quanto aos Óscares, Portman, Bening e Lawrance têm, a meu ver, nomeações garantidas. Para as restantes duas vagas apenas torço para que a Michelle Williams consiga a nomeação.

Obrigado pela resposta ao comentário. Já visito o blog regularmente e irei começar a comentar mais regularmente.

Jorge Rodrigues disse...

FILIPE:

Caro Filipe, não me tinha esquecido de comentar, tinha-me escapado na confusão de Ano Novo inteiramente.

Obrigado por dizer que vai manter a preferência pelo nosso "estaminé", por assim dizer.

Aconselho que veja mesmo o WINTER'S BONE, é mesmo impressionante. Debra Granik produz ali um belo de um filme. E a Jennifer Lawrence - e o John Hawkes e a Dale Dickey - são brilhantes.

Pois, eu sou daqueles que também defendia acerrimamente a interpretação de Mulligan em AN EDUCATION, que é extraordinária.


Aconselho IMENSO o THE SQUID AND THE WHALE. O Jeff Daniels é um primor nesse filme.

E sim, a Emma Stone tem vindo a subir no gabarito. O novo SPIDERMAN vai catapultá-la para a A-List, sem dúvida. E ela é excelente no ZOMBIELAND.

E vou ver o PAPER MAN, que não conhecia.

Quanto ao HUMPDAY, ainda bem que está esclarecido ;) É uma questão algo ambígua... É um B+ como poderia ser um B.

O ANIMAL KINGDOM é imperdível, seja por que "meio" :)

E junto-me a si na esperança que a Michelle Williams ganhe a nomeação. Seria uma bela prenda.

Obrigado pelo comentário,

Jorge Rodrigues

Ozpinhead disse...

Acabei agora de ver a lista de nomeados e...

John Hawkes para actor secundário

Quanto então improvável não era?

Desculpa mas não consegui resistir LOL

Claro que também fiquei contente com nomeação da Jennifer, embora tivesse dúvidas que lá conseguisse chegar face à concorrência, mas não deixa de ser muito merecida.

Jorge Rodrigues disse...

KING MOB:

Ah ah, é verdade, mas eu nunca disse que não ia ser nomeado. Estava-se a desenhar, digamos, mas era ainda assim improvável, ainda para mais por ter arrumado quem arrumou.

Cumprimentos,

Jorge Rodrigues