Dial P for Popcorn: Discutindo os Emmy 2011: Melhor Actor e Melhor Actriz - Drama

terça-feira, 12 de julho de 2011

Discutindo os Emmy 2011: Melhor Actor e Melhor Actriz - Drama

A contar os dias para o anúncio dos nomeados para os Emmy 2011 - que ocorrerá esta quinta-feira 14 de Julho, venho oferecer a minha opinião sobre quais os candidatos mais fortes nas principais corridas e tentar a minha sorte no jogo preditivo, tal e qual como faço para os Óscares. Já depois de termos falado de duas categorias, cá vão mais duas: Melhor Actor e Melhor Actriz - Drama.

MELHOR ACTOR - DRAMA


PREVISÃO:
Steve Buscemi, Boardwalk Empire
Kyle Chandler, Friday Night Lights
Michael C. Hall, Dexter
Jon Hamm, Mad Men
Hugh Laurie, House
 William H. Macy, Shameless

Um bom abanão era do que esta categoria menos precisa e assim sendo todos os nomeados anteriores voltam este ano em princípio, excluindo apenas Matthew Fox ("Lost") cuja série acabou e Bryan Cranston ("Breaking Bad"), triplo vencedor desta categoria (2008, 2009, 2010), cuja série falhou a temporada televisiva que terminou e só retorna este Verão. Assim, Jon Hamm ("Mad Men") conseguirá a sua quarta nomeação e posiciona-se, sem Bryan Cranston no caminho, para conseguir finalmente vencer o Emmy, ainda para mais se submeter "The Suitcase" como o seu episódio. Não terá tarefa fácil, porque nenhum dos outros homens que se mantém na categoria venceu ainda e todos são igualmente merecedores; Michael C. Hall ("Dexter") venceu o Globo de Ouro em 2010 mas não conseguiu juntar-lhe o Emmy; e Hugh Laurie ("House") venceu dois Globos de Ouro nas longínquas épocas de 2006 e 2007 mas o Emmy fugiu sempre. Deverão retornar à lista de nomeados em 2011, mas sem grandes hipóteses de vencer. 

O real competidor de Hamm vem de uma série nova e titânica chamada "Boardwalk Empire", tendo já vencido o Globo de Ouro em 2011 para Melhor Actor - Steve Buscemi. Ele, em quem ninguém apostava um chavo que iria ser convincente no papel de Nucky Thompson, surpreendeu tudo e todos e está agora à beira de vencer mais um prémio por uma interpretação excepcional - aliás, como todas são na carreia de Steve Buscemi. Quem terá uma tarefa hercúlea para se manter na lista é Kyle Chandler ("Friday Night Lights"). No entanto, como o treinador Taylor nada teme e como este ano foi a sua despedida em glória da série, que termina na DirecTV/NBC, parece-me que vai aguentar mais um ano e conseguir nova nomeação.
Finalmente, para o último lugar da tabela estavam vários - e meritórios - candidatos: os antigos nomeados Peter Krause ("Parenthood"), Bill Paxton ("Big Love"), Michael Imperioli ("Detroit 1-8-7"), Denis Leary ("Rescue Me"), Tom Selleck ("Blue Bloods"), Jeremy Irons ("The Borgias") e Gabriel Byrne ("In Treatment") e ainda os surpreendentes Andrew Lincoln ("The Walking Dead") e Sean Bean ("Game of Thrones") que infelizmente estão mais numa série de elenco do que numa série que os deixe brilhar por si só. O carisma de Nathan Fillion ("Castle") e David Boreanaz ("Bones") também não lhes deve valer muitos pontos e votos, por muito boas audiências tenham os seus procedurais.

A FX está a puxar a sério pela nomeação de Charlie Hunnam ("Sons of Anarchy") e a USA faz o mesmo por Jeffrey Donovan ("Burn Notice"), mas provavelmente sem efeito. Desses canais, contudo, vêm duas fortes possibilidades para o sexto e último lugar: falo de Timothy Olyphant ("Justified") e Matt Bomer ("White Collar"), ambos enormemente merecedores dessa nomeação - o primeiro já a merecia o ano passado. Não obstante isto, penso que quem tem o buzz todo é quem prevalece no fim e esse é William H. Macy que se transforma completamente no patriarca Frank Gallagher de "Shameless" e que em teoria ocupará o último lugar da lista.

MELHOR ACTRIZ - DRAMA


PREVISÃO:
Connie Britton, Friday Night Lights
Mariska Hargitay, Law & Order: Special Victims' Unit
Julianna Margulies, The Good Wife
Elizabeth Moss, Mad Men
Katey Sagal, Sons of Anarchy
Kyra Segdwick, The Closer

Começamos por Mariska Hargitay. Todos os anos toda a gente prevê que "este vai ser o ano em que Hargitay não é nomeada". E todos os anos ela acaba por ser. É uma daquelas instituições que referi na publicação anterior que não consegue ser arrumada para canto. É como se fosse uma boa amante que nos traz sempre boas memórias de tempos passados enquanto jovens descuidados na flor da idade. Ou pelo menos deve ser por isso que a Academia não a consegue esquecer. Assim, em vez de irremediavelmente voltar a ser corrigido (se for corrigido, será agradavelmente assim), cá está ela de novo a marcar presença - pelo menos assim o espero até 2012, quando ela sair de vez do ar. A vencedora do ano passado (pese tudo o que tenho contra ela) também está de pedra e cal na categoria - Kyra Segdwick encerra a sua cruzada em "The Closer" em 2012 e também ela me parece prontinha para receber segunda estatueta por trabalho medíocre no próximo ano, quando inevitavelmente desaparecer da TNT. Finalmente, do ano passado transitam duas actrizes que pelas suas respectivas interpretações já deviam ter tido Emmy na mão em 2009 e 2010, respectivamente. Connie Britton é tão excelente no que fez em "Friday Night Lights" que juro que vou ficar de queixo caído se depois de a Academia ter feito bem em nomeá-la em 2010, voltar a errar e deixá-la de fora em 2011. É inadmissível dar um passo em frente e dois para trás. Depois, o outro erro a ser corrigido é, claro, finalmente dar a estatueta de Melhor Actriz a Julianna Margulies (para ela juntar ao SAG e ao Globo de Ouro que já possui), que é absolutamente fantástica em "The Good Wife" e que só falhou o prémio em 2010 porque submeteu um episódio em que a sua interpretação nada impressiona (pelo menos, não mais do que o costume).

De resto, o lugar habitual de "Mad Men" que Elizabeth Moss elegantemente desocupou em 2010 para dar lugar a January Jones que detinha maior tempo de ecrã na terceira temporada da série voltará a ser reavido pela mesma Elizabeth Moss nesta quarta temporada - mesmo com January Jones também submetendo-se como Melhor Actriz Principal, naquela que é das maiores anedotas desta corrida. Não só estará de volta como potencialmente poderá sair vencedora, se Margulies afrouxar de novo na selecção de episódio e Moss escolher o brilhante "The Suitcase". Finalmente, resta-nos o último lugar e não temos gente muito qualificada para o ocupar além de Katey Sagal, que só por esquecimento ou burrice não foi ainda nomeada pelo ser impressionante trabalho em "Sons of Anarchy" que, felizmente, começou a dar frutos este ano com a vitória nos Globos de Ouro. Será provavelmente a sexta nomeada, até porque este ano não temos Glenn Close ("Damages" só estreia este Verão), Lauren Graham ("Parenthood"), Piper Perabo ("Covert Affairs") e Emmy Rossum ("Shameless") não parecem ter o buzz requerido para deitar abaixo nenhuma destas senhoras e as outras opções, de Sarah Wayne Callies ("The Walking Dead"), Melissa Leo ("Treme"), Anna Paquin ("True Blood") e Mary McCormack ("In Plain Sight") não parecem ter poder suficiente para se impor na corrida.

Os dois pesos pesados que faltam - Dana Delany ("Body of Proof") e Kathy Bates ("Harry's Law") - poderão ter que esperar mais um ano ou dois até possivelmente serem incluídas. Isto se durarem tanto tempo. Também não podemos propriamente excluir Sally Field ("Brothers & Sisters") e Patricia Arquette ("Medium") das possibilidades, até porque ambas venceram em 2005 e 2006, respectivamente, mas a verdade é que ambas as séries estão há muito ultrapassadas.

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