Como foi com ela que eu tive a ideia desta rubrica, é com ela que começamos efectivamente. ESPAÇO DE CULTO é uma nova rubrica do Dial P For Popcorn que se dedica semanalmente a valorizar, a idolatrar, a adorar uma das nossas actrizes favoritas, tanto pelo seu aspecto físico, como pela sua filmografia.
Então esta semana o objecto de adulação é, como mencionei...
MARION COTILLARD
Como já disse há alguns artigos atrás, estou completamente apaixonado por esta senhora. Acreditem. Paixão tal que era capaz de fundar um clube de fãs e passar a vida a olhar para ela, a ver filmes dela (e eu que não sou o maior amante de "La Vie en Rose"), a ouvi-la cantar... Tal é o poder dela. Claro que acho genuinamente que ela é a melhor importação que os Estados Unidos fizeram desde a Cate Blanchett e a Nicole Kidman. E claro que acho que ela, podendo, vai ultrapassar Deneuve e Binoche como a actriz francesa mais galardoada além-fronteiras de sempre.
E engraçado que esta minha devoção surgiu meio do nada. Não gostei muito do filme sobre Édith Piaf e sou daqueles que acha que o Óscar de Marion Cotillard, embora até merecido, ficava melhor na prateleira da Julie Christie. Mas não nego que é uma vitória que se pode justificar.
Contudo, nada - e digo mesmo NADA - me podia ter preparado para o "one-two-three punch" que se seguiria: Marion Cotillard apanhou-se desguardado em "Public Enemies", siderou-me em "Nine" (não é por nada que "My Husband Makes Movies" e "Take It All" são de longe as melhores cenas do filme, ao lado de todas em que ela aparece - na minha cabeça há uma luta renhida entre ela e Mo'Nique para Melhor Actriz Secundária do ano passado) e foi de vez, com a interpretação em "Inception", que ela me teve. Eu sou assim, fácil de conquistar por actrizes brilhantes.
E ela agora que anda pelas televisões internacionais no excelente anúncio publicitário para a Dior, que abaixo vos deixo:
E por aqui ficamos. Quem é que vocês querem ver no próximo "Espaço de Culto"? E que me dizem de Cotillard e da sua trajectória em Hollywood?
[fotos: Telegraph; GQ; Dior]
6 comentários:
Ainda me lembro dos Taxi...
Nos Enemies ela quase não tem tempo de tela o que está mal, no Nine concordo que está muito bem e é das poucas coisas que se aproveitam no filme. Concluo dizendo que no Inception é das melhores personagens do ano.
É mesmo uma excelente actriz! No filme Jeux d'enfants dá provas disso! é absolutamente fabulosa e é dona de um semblante ímpar. Boa escolha para começar esta rubrica:).
http://cinemaschallenge.blogspot.com/
NUNO:
Concordo em absoluto com os três pontos que referiste. PUBLIC ENEMIES devia ter-se focado um pouco mais nela, NINE é um desapontamento mas a culpa não é dela, interpretação extraordinária e que ela completa em INCEPTION, que me atirou da cadeira (fiquei absolutamente ga-ga nalguns momentos).
ANDREIA:
Sem dúvida que hoje em dia não há ninguém como ela, o que é muito bom sinal. E ela cabe em qualquer papel. Espero ansiosamente pelo que nos vai trazer a seguir (CONTAGION). E chovem-lhe mil ofertas...
E uma pergunta que até deixo aqui: que tal Cotillard para vilã no Batman, hein?
Obrigado pelos comentários,
Jorge Rodrigues
Bem, como sabes partilho inteiramente da tua devoção e admiração pela Marion, mas confesso que as razões, ou filmes que apontas como as que te fizeram apaixonar por ela, surpreenderam-me. Acho o PUBLIC ENEMIES um filme muito mediano e, como o Nuno diz, não faz rigorosamente nada lá a não ser olhar para o Johnny Depp com olhos de cachorrinho abandonado. Em relação ao NINE, sou daqueles que odiou o filme e o considerou um insulto autêntico, apesar de admitir que ela é de longe a parte melhor dele. A cena em que ela canta para o Day-Lewis (não sei que música) é mesmo o único momento em que o filme não é medíocre, em minha opinião. Mas não considerem este ódio de estimação sinal de snobismo, é simplesmente porque o 8 1/2 é um dos meus filmes favoritos, e achei aquilo simplesmente degradante.
O JEUX D'ENFANTS, que a Andreia mencionou, foi mesmo o que me fez apaixonar por ela. É um filme absurdamente romântico e ingénuo, e adoro cada minuto dele. Depois, fui seguindo o que ela foi fazendo (o pequeno papel no BIG FISH é adorável e até gostei dela no A GOOD YEAR) e tudo isso explodiu no LA VIE EN ROSE, que considero um biopic-quase musical e homenagem à Piaf fabuloso. Foi dos filmes em que mais me arrepiei em toda a minha vida. Como toda a gente, adorei-a em INCEPTION e espero que ela continue a saber escolher bem o que fazer em Hollywood.
Abraços.
PEDRO:
Penso que o Nuno concorda comigo, que ela devia ter tido mais tempo de tela (pelo menos acho que era o sentido do comentário dele) no PUBLIC ENEMIES - e eu também acho um filme mediano, só que eu não estava preparado para gostar tanto dela (ainda estava fresca a vitória em 2007 que, como expliquei no meu texto, embora reconheça justiça, preferia que tivesse sido a Julie Christie que é das minhas interpretações favoritas da década (além de ser das minhas actrizes favoritas). As poucas cenas em que Cotillard surge são todas destaques do filme.
Vamos ao NINE. Eu gostei bem mais do filme do que tu, já percebi. E o 8 1/2 também é dos meus filmes favoritos. A cena que falas ("My Husband Makes Movies") é lindíssima e sim é o melhor momento do filme.
E sim eu esqueci-me de falar do JEUX D'ENFANTS. Agora que reparo. E a Andreia mencionou também, sim. Ela e o Canet nesse filme são excelentes. Mas eu só o vi depois do LA VIE EN ROSE também. Que como disse não sou muito fã. Apesar de ter adorado a interpretação dela.
E se reparares nas fotos das interpretações dela em incluí também o BIG FISH.
De facto, ela está a construir um percurso sólido em Hollywood. Só espero que aproveite.
Obrigado pelo comentário,
Jorge Rodrigues
Ferrugem e Osso, foi um dos melhores. Merecia o Oscar.
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