Confesso-vos desde já a minha ignorância para com o enorme mundo do cinema asiático. Vi poucos filmes asiáticos, mas praticamente todos os que vi guardo-os como dos que mais gostei até hoje.Algo que admiro bastante nos asiáticos é a facilidade com que colocam de parte o sentimento, o cliché, o politicamente correcto. A mestria com que lidam com as emoções provocadas pela morte, pela solidão, pela vingança.
O primeiro dos filmes asiáticos de que vos quero falar chama-se Battle Royale e é das ideias mais macabras que alguma vez vi uma mente conceber. Adorei-o, sem dúvida. Feito apartir do livro de Koushun Takami, recomendei-o durante semanas a todos os que estavam perto de mim. É um filme de um realizador e de um escritor corajosos, capazes de pôr no ecrã ideias que muitos tiveram receio de colocar no papel.
Este filme passa-se no início do século 21, numa altura em que o mau-comportamento, a irreverência e a falta de educação reinava nas escolas do Japão. Como forma de corrigir o que se passava, o governo japonês decide criar o programa Battle Royale.
Em que consiste este programa? É simples (e ao mesmo tempo terrivelmente macabro): Uma turma de 42 alunos (21 M e 21 F) (neste caso o 3.ºB) é seleccionada para aquilo que pensa ser uma "Viagem de Sonho". Ao entrarem para o autocarro, sem que se apercebam, são drogados e apenas acordam quando já estão numa sala de aula, aparentemente desconhecida. Reparam então que cada um tem ao pescoço uma coleira. Estranhando o que se passava, aparece então na sala Yonemi Kamon, o responsável pelo programa e que rapidamente lhes explica as regras do jogo:
- Os estudantes terão 3 dias para se matarem uns aos outros. Ao fim dos 3 dias apenas poderá haver um sobrevivente. Se no final dos 3 dias houver mais do que um sobrevivente, os que sobreviverem morrerão.- Ao fim de cada 24 horas tem que haver pelo menos 1 morto, se isso não acontecer, morreram todos.
- Cada um tem uma coleira que permitirá aos organizadores do jogo saber onde estão, impedindo assim que saiam da ilha. A coleira explode caso tentem sair da ilha ou a tentem retirar.
- É dado a cada aluno um mapa e uma arma. Podem recolher outras armas durante o percurso.
- A cada 6 horas é anunciado em megafones por toda a ilha quem foram os alunos que morreram nas ultimas 6 horas e quais as áreas onde é proibido entrar (evita assim que alunos se escondam em casas para não serem mortos, uma vez que, se entrarem nessas áreas, a coleira explodirá)
Um filme que explora os lados mais sombrios do ser humano. Um filme que expõe o quão frágil , o quão primata o ser humano pode ser, colocando de parte os seus valores e a racionalidade, quando colocado perante situações de vida ou morte. E tudo isto, representado em crianças de 14 e 15 anos. Se tivesse que resumir este filme numa palavra, utilizaria o termo inglês Insanely. Battle Royale é um filme que me enche, por completo, as medidas!
Nota Final: A!
Trailer:
Informação Adicional:Realização: Kinji Fukasaku
Argumento: Adaptação de Kenta Fukasaku do livro de Koushun Takami.
Duração: 114 minutos
Ano: 2000
O primeiro dos filmes asiáticos de que vos quero falar chama-se Battle Royale e é das ideias mais macabras que alguma vez vi uma mente conceber. Adorei-o, sem dúvida. Feito apartir do livro de Koushun Takami, recomendei-o durante semanas a todos os que estavam perto de mim. É um filme de um realizador e de um escritor corajosos, capazes de pôr no ecrã ideias que muitos tiveram receio de colocar no papel.
Este filme passa-se no início do século 21, numa altura em que o mau-comportamento, a irreverência e a falta de educação reinava nas escolas do Japão. Como forma de corrigir o que se passava, o governo japonês decide criar o programa Battle Royale.
Em que consiste este programa? É simples (e ao mesmo tempo terrivelmente macabro): Uma turma de 42 alunos (21 M e 21 F) (neste caso o 3.ºB) é seleccionada para aquilo que pensa ser uma "Viagem de Sonho". Ao entrarem para o autocarro, sem que se apercebam, são drogados e apenas acordam quando já estão numa sala de aula, aparentemente desconhecida. Reparam então que cada um tem ao pescoço uma coleira. Estranhando o que se passava, aparece então na sala Yonemi Kamon, o responsável pelo programa e que rapidamente lhes explica as regras do jogo:
- Os estudantes terão 3 dias para se matarem uns aos outros. Ao fim dos 3 dias apenas poderá haver um sobrevivente. Se no final dos 3 dias houver mais do que um sobrevivente, os que sobreviverem morrerão.- Ao fim de cada 24 horas tem que haver pelo menos 1 morto, se isso não acontecer, morreram todos.
- Cada um tem uma coleira que permitirá aos organizadores do jogo saber onde estão, impedindo assim que saiam da ilha. A coleira explode caso tentem sair da ilha ou a tentem retirar.
- É dado a cada aluno um mapa e uma arma. Podem recolher outras armas durante o percurso.
- A cada 6 horas é anunciado em megafones por toda a ilha quem foram os alunos que morreram nas ultimas 6 horas e quais as áreas onde é proibido entrar (evita assim que alunos se escondam em casas para não serem mortos, uma vez que, se entrarem nessas áreas, a coleira explodirá)
Um filme que explora os lados mais sombrios do ser humano. Um filme que expõe o quão frágil , o quão primata o ser humano pode ser, colocando de parte os seus valores e a racionalidade, quando colocado perante situações de vida ou morte. E tudo isto, representado em crianças de 14 e 15 anos. Se tivesse que resumir este filme numa palavra, utilizaria o termo inglês Insanely. Battle Royale é um filme que me enche, por completo, as medidas!
Nota Final: A!
Trailer:
Informação Adicional:Realização: Kinji Fukasaku
Argumento: Adaptação de Kenta Fukasaku do livro de Koushun Takami.
Duração: 114 minutos
Ano: 2000
3 comentários:
Um dos meus filmes asiáticos favoritos, já me pede nova (re)visualização!
Fico à espera dos próximos filmes asiáticos com expectativa.
mas que grande, grande filme! fico todo contento por ter um poster deste filme, acordar e ver as "trombas" do kitano
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